Miriam Leitão quer vender a Amazônia

Depois de um bom tempo sem postar nada por conta da correria do Congresso Municipal, trago uma matéria feita pelo Paulo Henrique Amorim, onde analisa a cara de pau da Miriam Leitão que praticamente disse que a Amazônia não é do Brasil. Em mais uma demonstração do facismo midiatíco da globo.
Em breve vou trazer as fotos e falar do Congresso da UJS Caxias.


DESMATAMENTO ? MIRIAM QUER VENDER A AMAZÔNIA
Paulo Henrique Amorim



O “Bom (?) Dia Brasil” desta terça feira, dia 27 de maio, defendeu a tese de que “a Amazônia NÃO é nossa”.
. Renato Machado perguntou à Miriam Leitão, a Controladora Geral da República: a Amazônia é nossa ?
. A Miriam respondeu: só se o Brasil acabar com o desmatamento.
. Ou seja, se não acabar com o desmatamento, as tropas do Al Gore podem invadir.
. E a Miriam vai achar ótimo.
. Não é isso ?
. A Miriam fez um levantamento “completo” do desmatamento nos 5 anos do Governo Lula: Lula desmatou um estado de Pernambuco.
. Desmatou ?
. A ex-ministra Marina Silva, defensora da teoria do “Criacionismo”, concorda com a Miriam: um Pernambuco.
. Será isso mesmo ?
. O Inpe, que fornece os números do “Pernambuco” da Miriam, do PIG e da ex-ministra resolveu suspender a divulgação dos cálculos de 2008.
. Da última vez, ao divulgar dados alarmantes, a então Ministra Marina Silva encampou com a rapidez de fogo que sobe morro acima, e os utilizou para consolidar a posição dos xiitas de seu Ministério.
. O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, o vilão da Ministra, da Miriam, e do novo Ministro, Carlos Minc, deu uma entrevista ao Conversa Afiada, em que, então, contestava os dados do Inpe clique aqui para ler.
. Mas, o Governador é o maior plantador de soja do mundo e, portanto, tem um viés na questão.
. Hoje, o respeitado jornal inglês Financial Times cita um especialista e diz que os dados do Inpe não prestam. (clique aqui para ler).
. Que horror !
. Não prestam ?
. “...os dados do Inpe não deveriam ser usados neste tipo de verificação (sobre o desmatamento) porque OS PIXELS PRODUZIDOS PELAS IMAGENS DO SATELITE SÃO GRANDES DEMAIS PARA PERMITIR UMA MEDIDA PRECISA”, diz Daniel Nepstad, da “Woods Hole Reasearch Center”, que há 20 anos estuda a floresta amazônica.
. É o que dizia Maggi.
. Na edição de domingo - – o New York Times já tratava da controvérsia.
. (Como sempre, caro leitor, quando puder, fuja do PiG e vá à imprensa estrangeira, se precisar compreender um assunto complexo da realidade brasileira. O PiG é inepto, em primeiro lugar; e, em segundo, é golpista até na previsão do tempo – lembra da falta de chuva e do iminente apagão ?)
. Já o New York Times mostra com clareza o centro da divergência – é correto medir um “desmatamento progressivo” – como querem os “verdes” ?: this slower-paced deforestation, where parts of the forest are thinned out little by little rather than at once, can be just as devastating (esse desmatamento mais lento, em que partes da floresta desaparecem pouco a pouco e, não, de uma vez só, pode ser igualmente devastador.)
. Para Maggi, segundo o New York Times, esse procedimento é o mesmo que “mentir”.
. Na entrevista ao Conversa Afiada, Maggi conta que levou técnicos aos pontos desmatados no satélite do Inpe e não viu desmatamento.
. A questão, portanto, não é preto no branco.
. Ao contrário do que diz a Miriam Leitão, a Amazônia é brasileira.
. E o Inpe e o Blairo Maggibrasileiríssimos - têm o mesmo direito de defender suas idéias – e seus pixels...
. Quem não tem direito a defender opiniões e fazer editoriais numa rede de televisão aberta é ela, Miriam Leitão.
. Uma televisão aberta é uma concessão, é um bem público, do povo brasileiro, explorado por uma empresa privada, sob concessão – quer dizer, o povo brasileiro CONCEDE, PROVISORIAMENTE, à família Marinho o direito de explorar o éter em que se transmite o “Bom (?) Dia Brasil”.
. Opinião ela tem o direito de dar onde ela quiser, sob o amplo e impune guarda-chuva da Globo.
. Mas, no “Bom (?) Dia Brasil” ela não pode defender – subliminarmente – a idéia de que a Amazônia não é brasileira.

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Bombing contra a Veja

Está rolando na blogosfera um manifesto contra a Veja, que aliás, muito merecido. Todos sabem que imparcialidade não é uma das características deste blog, até porque ele é um blog! Assim sendo, compadecí-me da idéia e contribuo fazendo a minha parte.A história é a seguinte: Luis Nassif, economista e blogueiro, descontente com o que a Veja lhe aprontara, resolveu soltar o verbo e disse que tudo o que sabia sobre os podres da Veja. O problema é que ele resolveu fazer isso numa Google Page escondido a sete chaves lá no fundo do oceano.E aí entra o manifesto bloguístico: tornar isso público para que todos saibam a verdade sobre a Veja. Para isso, utilizaremos nosso velho conhecido google bombing. Funciona assim, toda vez que utilizar a palavra “veja“, linka lá para a página que o Nassif escreveu. Vou repetir, toda vez que escrever “veja” linka para a página do Nassif.Dessa forma, os robôs de pesquisa do google, também conhecidos como googlebot, entenderá que Veja é a página do Nassif (ou algo extremamente relacionado a) e quando um cidadão de bem for procurar por veja no Google, os googlebots se encarregarão de posicionar melhor a tão escondida página do Nassif, aumentando a possibilidade do nosso cidadão de bem descobrir as verdades sobre a Veja.Entendeu né, toda vez que usar a palavra “veja” linka para a página do Nassif


original em http://luishpenha.wordpress.com/2008/03/07/bombing-contra-a-veja/)

Dica do camarada Marcus ex-dirigente da UJS e agora estudante da Escola Latino Americana de Medicina em Cuba.

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190 anos do nascimento de Marx



Na pagina Nacional da UJS saiu um texto em homenagem aos 190 anos do nascimento de Karl Marx, estou trazendo para o Blog com um dia de atraso, mas não podíamos deixar passar, afinal se trata do maior referencial teórico da UJS e como afirma o texto a seguir 'pai do Socialismo Científico'.


No dia 05 de maio de 1818 nascia Karl Heinrich Marx. Há 190 anos a cidade de Tréveris na Alemanha, transformava-se em berço do economista, fundador dos ideais sociológicos e "pai do comunismo".
E foi no final da década de 40 do século XIX, Marx e Friedrich Engels tornaram-se os representantes das posições políticas e teóricas do proletariado e a partir daí fundaram uma nova ciência, o marxismo. Por meio da publicação do Manifesto Comunista, em fevereiro de 1848, os ideais da teoria da luta de classes e do papel revolucionário do proletariado tomaram grande proporção principalmente na demonstração de como o modelo econômico conhecido por capitalismo é falido.
Resumo - A construção do Homem no Jovem Marx (capítulo I)
Por Augusto Buonicore

Em fins da década de 1960 o problema do humanismo passou a ser o centro de acaloradas discussões no interior do marxismo. Nesse confronto de idéias podemos distinguir duas grandes correntes, dois grandes partidos teóricos. De um lado aqueles que, como Garaudy, acreditavam que o humanismo marxista (ou socialista)era o fruto de uma evolução natural, e necessária, do humanismo clássico – um humanismo sob novas condições históricas. De outro, os que, como Altusser, se recusavam a estabelecer qualquer ponto de contato entre o humanismo (enquanto construção ideológica da burguesia) e o marxismo (enquanto visão científica de mundo, e não ideológica).
A resolução desse intricado problema passava, necessariamente, pela compreensão de outros problemas não menos intrincados: que papel desempenham as obras da juventude no conjunto da construção teórica de Marx? O que era negado e o que era mantido das obras posteriores? Até que ponto Marx acertou suas contas com seu passado juvenil?
Diante dessas questões formaram-se, novamente, dois blocos. O primeiro buscava ver uma solução de continuidade, mais ou menos acentuada, entre o jovem Marx e o Marx maduro das obras clássicas – seja vendo o "velho" Marx soba a ótica jovem, seja vedo o jovem Marx e suas obras sob o poto de vista do marxismo amadurecido. O segundo propunha um corte, uma ruptura radical, entre as obras da juventude e as da maturidade, construindo entre elas uma verdadeira muralha da China.
O objetivo deste ensaio é penetrar um pouco nesse debate e para isso me vi obrigado a voltar minhas atenções para a leitura das chamadas obras da juventude. Era preciso ir às fontes. Não poderia assim ficar reduzido ao estudo dos autores contemporâneos e suas leituras das obras do Marx. Era preciso ter as minhas próprias experiências, minhas próprias leituras e opiniões, não importando a originalidade das conclusões a que chegasse, com tanto que chegasse a algumas conclusões. E foi, justamente, a leitura do conjunto de obras da juventude, pelo menos no que elas têm de mais significativo, que me permitiu traçar um perfil, ainda que provisório, do desenvolvimento teórico de Marx, e em particular do desenvolvimento do humanismo.l
Partindo de um Marx idealista e liberal, embora revolucionário, em cuja obra o Homem ainda era visto como uma individualidade isolada do mundo, passando por um Marx cuja visão do Homem já era social, embora ainda preso a uma essência em geral, chegamos finalmente ao período de amadurecimento de sua compreensão, quando Marx passa a enxergar o Homem não mais como um ser abstrato com uma essência em geral, mas como um ser concreto, historicamente determinado. Essa trajetória criou as bases de um novo humanismo, um humanismo de classe, proletário, que começou a surgir, embrionariamente, nos Anais Franco-Alemães e se consolidou nos manuscritos econômicos e filosóficos.
Este caminho trilhado por Marx, do ponto de vista de sua construção teórica, nem sempre foi um caminho tranquilo, sem tensões. Pelo contrário, foi um caminho por vezes conturbado, quesó poderá ser plenamente compreendido se ao processo de formação teórica sobrepusermos o estudo de sua vida, de suas influências e, principalmente, de sua ligação orgânica e militante com o jovem movimento operário de sua época que tanto lhe impressionava e do qual acabou por se constituir no principal teórico e dirigente.
Os primeiros anos da vida de Marx transcorreram em meio às agitações políticas desencadeadas pela Revolução Francesa. Um período política e socialmente rico, no qual os abomináveis princípios franceses ganhavam o mundo – pela vida dos propagandistas revolucionários ou pelas botas dos exércitos napoleônicos. A própria província Renana, onde se encontrava Triers natal de Marx, foi anexada à França entre 1794 e 1815.
A derrota de Napoleão abriu uma nova época. Um fantasma desceu sobre a Europa – o fantasma da Santa Aliança, uma coligação reacionária chefiada pela Rússia tzarista.
Essa e muitas outras situações influenciariam o jovem Marx. Infiltravam-se nele idéias mais avançadas do seu tempo: o revolucionarismo francês e o humanismo radical. Sem dúvida, a primeira grande influência foi exercida por seu próprio pai, Henrich Marx. Os primeiros estudos de Marx foram feitos no Liceu de Triers, onde também se podia sentir as influências das idéias liberais, através de professores. Desde cedo, em trabalhos escolares podia-se sentir esta influência.
Depois Marx seguiu para a universidade de Bonn e matriculou-se no curso de direito, porém pouco a pouco ele foi "arrastado" para a vida agitada e boêmia dos estudantes e acabou sendo eleito presidente de uma de suas associações. Aderiu à União dos Jovens Escritores e depois de algum tempo pediu transferência para a austera Universidade de Berlim. Na nova universidade entrou em contato com os jovens hegelianos e acabou, definitivamente, desviando suas atenções da ciência prática para uma ciência não prática.
E foi a partir deste clima que nasceu a primeira obra de Marx, a sua tese de doutoramento intitulada Diferenças entre as filosofias da natureza de Epicuro e Demócrito .
Esta tese era fruto do ambiente efervescente das universidades alemãs e do convívio profícuo com os "jovens hegelianos". Também neste período Marx estava impregnado das idéias dos revolucionários franceses que buscavam liberdade no indivíduo e não no social.
A filosofia de Epicuro instrumentalizou Marx num período em que ele e todos os jovens hegelianos, voltavam suas atenções para a crítica da religião e para o estudo das obras de Strass, Bauer e dos radicais Hess e Ruge.
Augusto Buonicore é historiador e mestre em Ciência Política pela Unicamp.

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Reunião de executiva da UNE define diretrizes do 56º CONEG

Conselho já tem data e local definidos e traz algumas mudanças em relação ao ano anterior
Nesta segunda-feira (5), houve uma a reunião da executiva da UNE na sede em São Paulo. O principal assunto do encontro foi o Conselho de Entidades Gerais (CONEG), que foi oficialmente convocado e ocorrerá de 19 a 22 de junho, na Universidade de Brasília (UnB), com o mote: "Mudar a universidade para mudar o Brasil".
Durante o CONEG acontecerá Seminário de Educação, que tem por objetivo fazer a minuta do projeto de universidade da UNE.
Até o final de maio será produzido um documento base sobre a educação pública e privada, que ficará disponibilizado aqui no EstudanteNet, para que os DCE’s, UEE’s e Executivas de Curso possam levantar debates e acrescentar emendas ao documento, que será votado no Seminário de Educação.
Na programação do Conselho está incluída a aprovação da plataforma eleitoral, que definirá as propostas, sugestões e expectativas da UNE para as eleições municipais. Além de oficinas e atividades culturais que já são tradição.
Ao longo do Conselho haverá dois lançamentos: a 6ª Bienal de Arte e Cultura da UNE, que deve ocorrer em fevereiro de 2009 e a Campanha pelo voto consciente e pela participação política da juventude. O Fórum também tem como pauta a convocação do 12º Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB).
Pela primeira vez o CONEG vai ter uma ata padrão para as entidades participantes, assim ficará mais fácil organizar os processos.
As entidades que desejam participar devem apresentar os seguintes documentos: Ata de posse; ata de eleição da entidade com a gestão em dia; ata padrão do CONEG preenchida com pelo menos 50% mais um de assinaturas da diretoria da entidade geral e o comprovante de matrícula do delegado/delegada e do suplente.
Os valores já estão definidos, para o estudante que pretende ir apenas como observador o valor é de R$80,00 (estudantes com carteirinha de estudante da UNE pagam R$40,00). O preço inclui o alojamento e a participação das atividades.
Na reunião também foram deliberados informes sobre a data e a formação de comitês da Caravana da Saúde, informes sobre a Caravana da Anistia pela abertura dos arquivos da ditadura militar e definiram a participação da UNE no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.
Fonte: Estudantenet

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Reflexões de Fidel



Em mais uma de suas reflexões, Fidel lembra a ameaça cada vez maior representada pelo império do norte que novamente vira seus gananciosos olhos para a Nossa América.


A 4ª Frota de Intervenção dos Estados Unidos surgira em 1943, para combater os submarinos nazistas e proteger a navegação durante a 2ª Guerra Mundial. Foi desativada em 1950, como desnecessária: o Comando Sul supria as necessidades hegemônicas dos EUA nesta área. No entanto, 48 anos depois, acaba de renascer, e não é preciso demonstrar seus fins intervencionistas. Os próprios chefes militares o divulgam em suas declarações, de forma natural, espontânea e até direta.
Por Fidel Castro*



As preocupações com os problemas do preço dos alimentos, da energia, do intercâmbio desigual, da recessão econômica no mercado mais importante para seus produtos, da inflação, das mudanças climáticas e dos investimentos requeridos por seus sonhos consumistas consomem o tempo e as energias de dirigentes e dirigidos.
O real é que a decisão de restabelecer a 4ª Frota foi anunciada na primeira semana de abril, um mês depois que o território do Equador foi atacado por bombas e tecnologia dos Estados Unidos, e por pressão destes, matando e ferindo cidadãos de diversos países, o que causou profunda repulsa entre os líderes latino-americanos na reunião do Grupo do Rio, que teve lugar na capital da República Dominicana.
Pior ainda: o fato ocorre quando é quase unânime o repúdio à desintegração da Bolívia promovida pelos EUA. Os próprios chefes militares explicam que terão sob sua responsabilidade mais de 30 países, cobrindo 15,6 milhões de milhas quadradas nas águas adjacentes à América Central do Sul, Mar do Caribe com suas 12 ilhas, México e os territórios europeus deste lado do Atlântico.
Os EUA possuem dez porta-aviões do tipo Nimitz, cujos parâmetros a grosso modo são: deslocamento de 101 mil a 104 mil toneladas de carga máxima; convés de 333 metros de comprimento e 76,8 metros de largura; dois reatores nucleares; velocidade que pode chegar a 56 quilômetros por hora; e 90 aviões de guerra. O último deles leva o nome de George H. W. Bush, pai do atual presidente; já foi batizado com champanhe pelo próprio homenageado; dentro de dois meses deve estar pronto para se somar às outras naves.
Nem um só país do mundo possui um único navio semelhante a estes, todos equipados com sofisticadas armas nucleares, que podem se aproximar até poucas milhas de qualquer um dos nossos países. O próximo porta-aviões, o USS Gerald Ford, será de novo tipo: tecnologia Stealth invisível a radares e armas eletromagnéticas.
A principal armadora de ambos os modelos é a Northrop Grumman, cujo atual presidente também faz parte da junta diretora da petroleira estadunidense, a Chevron-Texaco. O custo do último Nimitz foi de US$ 6 bilhões, sem incluir os aviões, os mísseis e os gastos operacionais, que também podem subir a bilhões. Parece um conto de ficção científica. Com esse dinheiro seria possível salvar a vida de milhões de crianças.
Qual é o objetivo declarado da 4ª Frota? ''Combater o terrorismo e as atividades ilícitas, como o narcotráfico''. Assim como enviar um recado à Venezuela e ao resto da região. Anuncia-se que ela entrará em operação no próximo 1º de julho.O chefe do Comando Sul dos EUA, almirante James Stavrides, declarou que seu país precisa trabalhar com mais força no ''mercado das idéias, para ganhar os corações e mentes'' das populações da região.
Os EUA contam com a 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e 7ª frotas, deslocadas para o Atlântico Ocidental, Pacífico Oriental, Oriente Médio, Mediterrâneo e Atlântico Oriental, Pacífico Ocidental. Só faltava a 4ª Frota para patrulhar todos os mares do planeta.Total: nove porta-aviões Nimitz, em atividade ou muito perto de entrar em plenas condições de combate, como o George H. W. Bush. Dispõe de uma reserva suficiente para triplicar ou até quadruplicar o poderio de qualquer uma de suas frotas em determinado teatro de operações.
Os porta-aviões e bombas nucleares que ameaçam nossos países servem para semear o terror e a morte, mas não para combater o terrorismo ou as atividades ilícitas. Deveriam servir também para envergonhar os cúmplices do império e multiplicar a solidariedade entre os povos.


* Reflexão do líder histórico da Revolução Cubana, publicada nesta segunda-feira pelo Granma
Fonte: Vermelho

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Uma prova de fogo para a Bolívia

Enquanto nosso povo desfruta com júbilo neste 1º de Maio, Dia dos Trabalhadores, o ano em que se completará meio século da Revolução e 70 anos da criação da CTC (Central de Trabalhadores de Cuba), a República irmã da Bolívia, dedicada a preservar a saúde, educar e garantir a segurança de seu povo, encontra-se a dias, talvez horas, de acontecimentos dramáticos.
Por Fidel Castro Ruz, no Granma*

Enquanto de todas as partes do mundo chegam notícias horripilantes sobre a escassez e carestia dos alimentos, o preço da energia, as mudanças climáticas e a inflação, problemas que pela primeira vez se apresentam em conjunto como questões vitais, o imperialismo se empenha em desintegrar a Bolívia, em submete-la a um trabalho alienante e à fome.Quatro dos departamentos economicamente mais fortes desse país, com os oligarcas de Santa Cruz na vanguarda, aspiram declarar-se independentes e projetaram, com apoio do império, seu programa de consultas populares,. Os meios de comunicação de massas prepararam o terreno e a opinião dos votantes com todo tipo de ilusões e enganos.As forças armadas, em virtude de suas funções históricas em um país agredido, despojado do mar e de outros recursos vitais, não desejam a desintegração da Bolívia. Mas o plano ianque, perfidamente concebido, é usar alguns setores militares antipatrióticos para se livrar de Evo (Morales) a pretexto da unidade, que seria meramente formal caso as transnacionais se apropriem dos ramos produtivos básicos. O lema do imperialismo é castigar e descartar Evo.É chegado o momento da denúncia e da verdade.Por não se ter previsto ou meditado sobre os fatores que conduziam a uma profunda crise internacional, o grito que parece ecoar em muitas partes do mundo parece ser: salve-se quem puder!Para os povos e governos da América latina ser'a uma prova de fogo. Para nossos médicos e educadores, qualquer coisa que aconteça no país onde realizam seu nobre e pacífico trabalho também o será. Em situações de perigo, eles não abandonarão seus pacientes e alunos.

Fonte: http://www.prensa-latina.cu/

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UJS saúda todos os trabalhadores nesse dia 1º de Maio

Como uma grande saudação ao dia do trabalhador, postamos hoje aqui o texto do professor e ex-dirigente da União da Juventude Socialista Saulo Velasco.

Coluna: Histórias de Luta*1º de MaioO dia 1º de Maio é dia do Trabalhador e deve servir para reavivar a memória dos trabalhadores, todo ano, em relação àqueles que morreram para conquistar condições dignas de trabalho. O dia 1º de maio é dia do Trabalhador e não dia do trabalho. A diferença é muito grande, diferença política, não de grafia.O dia 1º de maio é feriado internacional. É dia de luta e luto em vários países do mundo, dia de lembrar dos trabalhadores operários de Chicago que foram assassinados por reivindicar uma jornada de trabalho de 8 horas diárias. Dia de lembrar que os setores privilegiados se utilizam de mecanismos variados para preservar suas benesses.É preciso estarmos constantemente preocupados em preservar nossa memória, a memória social, a nossa história. Nesse caso a necessidade é maior ainda, uma vez que existe, há muito tempo, um movimento deliberado para distorcer essa memória; uma distorção lenta, subliminar, pois executada não só pelos setores mais reacionários da sociedade. Para muitos o Primeiro de Maio é dia de show e de sorteio de prêmios, e durante essa manifestação, ninguém fala de exploração, organização, luta, ninguém fala da história que originou o feriado.As Origens"Declaramos que a limitação da jornada de trabalho é a condição prévia, sem a qual todas as demais aspirações de emancipação sofrerão inevitavelmente um fracasso."Esta frase é de Karl Marx, “pai” do socialismo científico, quando da fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores em 1866. Há pelo menos duas décadas os trabalhadores europeus se organizavam e lutavam por reivindicações trabalhistas.As primeiras lutas operárias se desenvolveram na Inglaterra, a partir do início do século 19, primeiro com o movimento Ludista e posteriormente com o movimento cartista, reunindo várias categorias profissionais e transformando a luta por reivindicações econômicas em lutas políticas. Foi nesse contexto que se desenvolveram os primeiros sindicatos e a primeira Federação de Trabalhadores Ingleses.O “cartismo” nasceu em 1837, quando foi redigida a “Carta ao Povo”, documento que continha seis pontos de reivindicação: sufrágio universal, igualdade dos distritos eleitorais, supressão do censo, eleições anuais, voto secreto, pagamento aos deputados do Parlamento.Desde a década de 30 os cartistas fizeram conquistas consideráveis para a classe operária como: 1º lei de proteção ao trabalho infantil (1833), lei de imprensa (1836), reforma do Código Penal (1837), regulamentação do trabalho feminino e infantil (1842), lei de supressão dos direitos sobre os cereais e lei permitindo as associações políticas (1846), lei da jornada de trabalho de 10 horas (1847).Em 1842, auge do movimento foi feita uma petição que exigia o sufrágio universal e a resolução de problemas econômicos. Apesar das três milhões de assinaturas que a acompanhavam, a petição foi recusada pelo Parlamento. Em 1848, organizou-se nova manifestação de apoio à petição, com cinco milhões de assinaturas. Londres foi ocupada pelo exército, que impediu a manifestação. No entanto, até o ano de 1858 vários movimentos grevistas serviram para organizar e dar maior consciência à classe operária inglesa.O ano de 1848 foi importante não só na Inglaterra, mas em vários países do mundo, marcado por uma onda revolucionária conhecida como a “Primavera dos Povos”. Normalmente o movimento de 1848 é apresentado sob a ótica das idéias liberais e nacionalistas, particularmente nas regiões italianas e alemãs. Porém, como justificar então o nome dado ao movimento? Essa situação é bastante desigual nos países europeus. Se, é verdade que o sentimento nacionalista predomina na Alemanha e Itália, e que a burguesia lidera o movimento contra os governos absolutistas, a classe operária, mesmo de forma incipiente faz seu aparecimento de forma independente, com suas próprias reivindicações e formas de organização.Na França a Revolução de 1848 foi um momento de importante ascensão e organização independente da classe operária, seu apogeu ocorreu quando do movimento conhecido como “Comuna de Paris” em 1871, porém não só o movimento operário inglês e francês estavam em ascensão, em outros países europeus e também nos EUA surgiam movimentos de trabalhadores, principalmente imigrantes, que viviam em condições de super-exploração.O 1º de MaioAs origens do 1° de maio se relacionam com a proposta dos trabalhadores organizados na Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) de declarar um dia de luta pelas oito horas de trabalho. Também conhecida como “Primeira internacional”, foi fundada em Londres, sob influência das idéias de Karl Marx. Porém foram os acontecimentos de Chicago, de 1886, que vieram a dar-lhe o seu definitivo significado de dia internacional de luta dos trabalhadores.Nos Estados Unidos a classe operária era formada principalmente por imigrantes europeus, alemães, tchecos, irlandeses e de outras nacionalidades. A exploração do trabalho operário soma-se à exploração do imigrante, daquele que é considerado um não cidadão e, portanto, sem qualquer tipo de direitos. Foram essas condições que estimularam o desenvolvimento do movimento sindical no país. Grande parte dos operários era influenciada pelos ideais socialista ou anarquista.As incipientes organizações operárias passaram a reivindicar dos patrões o respeito à lei, o fim do trabalho infantil e, principalmente, a redução da jornada para oito horas diárias e quatro horas aos domingos. Na segunda metade do século XIX a organização sindical conheceu aumento expressivo e se processou de forma autônoma, independente do Estado e muitas vezes, contra o Estado. A proposta das 8 horas de jornada máxima tornou-se um dos objetivos centrais das lutas operárias, e se tornou o eixo principal de reivindicação dos trabalhadores, tema de maior destaque na imprensa alternativa que se desenvolveu, formando a cultura operária durante décadas em que foi importante fator de mobilização. Ao mesmo tempo a luta pela redução da jornada de trabalho foi responsável por violenta repressão e marcada por prisões e morte de trabalhadores.Apesar da pressão de governo e patrões, foi criada, nos Estados Unidos, em 1885, a Federação dos Sindicatos Operários, comandada por lideranças operárias inspiradas por idéias anarquistas e socialistas. Sua primeira resolução foi convocar uma greve geral em todo o país para o dia 1º de maio de 1886, tendo como eixo à redução da jornada de trabalho. Em diversas cidades dos EUA a paralisação, principalmente na região nordeste, reuniu milhares de trabalhadores e foi acompanhada por comícios, sendo alvo da repressão policial.Em Chicago a adesão à proposta da Federação foi massiva e cerca de 400 mil operários das fábricas cruzaram os braços. Aparentemente surpreendidos patrões e governo deixaram que o movimento transcorresse pacificamente. A repressão se iniciou no dia seguinte e a partir de então foi marcada por fortes conflitos envolvendo a polícia, capangas de empresas e a própria justiça de Estado.No dia 2 de maio, domingo, a polícia entrou em choque com os grevistas numa pequena cidade vizinha de Chicago, deixando um saldo de nove mortos. No dia 3, os grevistas dirigiram-se à fábrica MacCormick, a única indústria da região que funcionava, pois os trabalhadores haviam sido demitidos e substituídos por desempregados fura-greves. Além disso, os empresários haviam contratado 300 agentes da Pinkerton para protegê-la. Os trabalhadores reagiram fazendo comícios do lado de fora dos portões, e mais uma vez houve confronto com a polícia, que disparou, provocando seis mortos e uma centena de feridos.Ao mesmo tempo em que aumentava a repressão, aumentava o vigor da greve a o estado de ânimo dos trabalhadores. Um dos líderes da greve, August Spies, convocou para o dia seguinte, dia 4 de maio, um ato público contra a repressão policial na Praça do Mercado de Feno, centro de Chicago, que reuniu cerca de quinze mil pessoas e foi cercada pela polícia, fortemente armada. Quando o último orador, Samuel Fielden, iniciava seu discurso, o chefe de polícia exigiu que ele descesse do palanque e enquanto discutiam uma bomba explodiu entre os policiais, matando oito homens. A polícia revidou, abrindo fogo e provocando a tragédia: 80 operários foram assassinados e mais de uma centena ficou ferida no massacre de Chicago.A (in) Justiça BurguesaVários manifestantes, mas em especial os lideres da greve e organizadores do comício foram presos. O processo, reconhecido posteriormente como uma grande farsa pela própria justiça estadunidense, voltou-se contra os militantes August Spies, Adolf Fischer, Luis Lingg, Albert Parsons, George Engel, Michael Schwab, Oscar Neebe e Samuel Fielden, sendo que três deles, Spies, Parsons e Fielden, estavam entre os oradores do encontro.A sentença, ditada a 20 de Agosto de 1886, condenou à morte os oito réus, embora posteriormente Schwab e Fielden vissem a pena comutada para prisão perpétua e Neebe para quinze anos de prisão. A execução dos condenados foi marcada para 11 de Novembro de 1887. Na antevéspera, Lingg suicidou-se, numa última tentativa de salvar a vida dos companheiros. Mas as autoridades não recuaram, os quatro ativistas foram executados, enquanto a tropa se encarregava de conter a multidão nas ruas.O crime do Estado americano, idêntico ao de muitos outros Estados, que continuaram durante muitas décadas a reprimir as lutas operárias, inclusive as manifestações de 1° de maio, era produto de sociedades onde os interesses dominantes não necessitavam sequer ser dissimulados. Na época, o Chicago Times afirmava: "A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social", mas outros jornais eram ainda mais explícitos como o New York Tribune: "Estes brutos [os operários] só compreendem a força, uma força que possam recordar durante várias gerações..."Em 1891, a Internacional Socialista decreta que o 1º de maio seja comemorado todo o ano como Dia Internacional dos Trabalhadores.No ano de 1893, a condenação seria anulada e reconhecido o caráter político e persecutório do julgamento, sendo então libertados os réus ainda presos, numa manifestação comum do reconhecimento tardio do terror de Estado.As últimas palavras de Spies, antes do enforcamento, vão estar presentes em todas as lutas operárias do passado, do presente e, com certeza, do futuro: “Adeus, o nosso silêncio será muito mais potente do que as vozes que vocês estrangulam”.A partir daquela data, todo o ano, no mundo inteiro, os trabalhadores concentrarão suas lutas por melhores condições de vida e de trabalho.Viva o 1º de Maio.
* Historiador, professor universitário de Historia e Sociologia.

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© 2008 Por Giovane D. Zuanazzi , Douglas T. Finger