Estudantes lotam Câmara de Caxias do Sul para debater Lei da Meia-Entrada


Segue na integra a a matéria públicada no Vermelho, a galera da UCES tá de parabéns, mostrou que em Caxias temos uma das entidades com maior poder de mobilização do estado. Gostaria aqui de agradecer Michael, Letícia, Ocrtávio, Diego, André e demais dirigentes da UCES que fizeram um garnde esforço e permitiram a realização desse ato pela Meia Entrada. Fazer um agradecimento especial também ao Carlo que mesmo sendo avisado de ultima hora reailizou um grande show.


Carrion respondeu perguntas de estudantes

O Deputado Estadual Raul Carrion (PCdoB) participou, nesta segunda-feira (27/4), de debate com a UCES, União Caxiense dos Estudantes Secundaristas em Caxias do Sul. A meia-entrada foi o tema do Ciclo de Debates UCES: rumo aos 60 anos, etapa caxiense da Jornada Nacional de Lutas da UBES e da UNE.

Confira AQUI a íntegra da Lei.

A Câmara de Vereadores ficou lotada de estudantes de escolas como Cristóvão de Mendoza e Aristides Germani, entre outras. Os alunos lotaram cinco ônibus para participar do debate. “Sou estudante cara-pintada, vou pra rua defender a meia-entrada”, bradavam enquanto aguardavam o início das atividades.

O evento teve a participação da presidente da UCES, Letícia de Araujo Busnello, e do Diretor de Escolas Públicas da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Diego Hamester. O vereador Assis Melo também participou da atividade.

O autor da Lei de Meia-Entrada, Deputado Raul Carrion, explicou o funcionamento, respondeu perguntas e destacou que é necessário o cumprimento da lei. “Precisamos fazer valer a carteirinha de estudante. Lutar para que esta lei funcione,” falou Carrion.

No final da discussão, foi distribuído um material com o texto da Lei N° 13.104, de 22 de Dezembro de 2008, que assegura aos estudantes matriculados em estabelecimentos de ensino regular e aos jovens com até 15 anos o direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e esportivas.

De Caxias do Sul,


Marcio Schenatto

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José Saramago: sobre Eduardo Galeano

Grande alvoroço nas redações dos jornais, rádios e televisões de todo o mundo. Chávez aproxima-se de Obama com um livro na mão, é evidente que qualquer pessoa de bom senso achará que a ocasião para pedir um autógrafo ao presidente dos Estados Unidos é muito mal escolhida, ali, em plena reunião da cúpula, mas, afinal, não, trata-se antes de uma delicada oferta de chefe de Estado a chefe de Estado, nada menos que "As veias abertas da América Latina de Eduardo Galeano".


Claro que o gesto leva água no bico. Chávez terá pensado: "Este Obama não sabe nada de nós, quase que ainda não tinha nascido, Galeano lhe ensinará".


Esperemos que assim seja. O mais interessante, porém, além de se terem esgotado "As veias" na Amazon, as quais passaram num instante de um modestíssimo lugar na tabela de vendas à glória comercial do "best-seller", de cinquenta e tal mil a segundo na classificação, foi o rápido e parecia que concertado aparecimento de comentários negativos, sobretudo na imprensa, tratando de desqualificar, embora num caso ou noutro com certos matizes benevolentes, o livro de Eduardo Galeano, insistindo em que a obra, além de se exceder em análises mal fundamentadas e em marcados preconceitos ideológicos, estava desatualizada em relação à realidade presente.


Ora, As veias abertas da América Latina foi publicada em 1971, há quase quarenta anos, portanto, a não ser que o seu autor fosse uma espécie de Nostradamus, só com um hercúleo esforço imaginativo seria capaz de adiantar a realidade de 2009, tão diferente já dos anos imediatamente anteriores.


A denúncia dos apressados comentadores, além de mal intencionada, é bastante ridícula, tanto como o seria a acusação de que a História verdadeira da conquista da Nova Espanha, por exemplo, escrita no século 17 por Bernal Díaz del Castillo, abunda, também ela, em análises mal fundamentadas e em marcadíssimos preconceitos ideológicos.


A verdade é que quem pretender ser informado sobre o que se passou na América, naquela América, desde o século 15, só ganhará em ler o livro de Eduardo Galeano. O mal daqueles e outros comentadores que enxameiam por aí é saberem pouco de História. Agora só nos falta ver como aproveitará Barack Obama da leitura de "As veias abertas". Bom aluno parece ser.

Fonte: O Caderno de Saramago, blog do escritor José Saramago.



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Altamiro Borges: TV Globo e jagunços disparam contra o MST

O Fantástico, da TV Globo, disparou covardemente contra o MST na noite de domingo (19). Ao noticiar os violentos confrontos na Agropecuária Santa Bárbara, na região de Xinguara, no sul do Pará, ele acusou os sem-terra de terem invadido a fazenda, atirado em “seguranças” da empresa e de terem feito jornalistas de “reféns”, usando-os como “escudo humano” no meio de um tiroteio. Num espetáculo deprimente, a emissora exibiu cenas de sangue, agressões e humilhações. Só faltou acusar os líderes do MST de “terroristas” e “bandidos”. As imagens induziram a isto!

Por Altamiro Borges


A TV Globo só não realçou que a fazenda ocupada desde fevereiro por 120 famílias de sem-terra pertence ao Banco Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, investigado por crimes financeiros e que se jacta da sua influência sobre a mídia. Também não explicou porque os quatro jornalistas chegaram ao local num avião fretado pela Santa Bárbara, o que poderia indicar a encenação de uma emboscada. E não esclareceu que os tiros diante das câmeras de TV foram disparados por jagunços contratados pela empresa — e não meros seguranças. Os jornalistas ficaram sempre atrás dos jagunços. Nem sequer entrevistaram os líderes do MST para entender as razões do conflito.


Uma emboscada televisionada

Diante desta abjeta manipulação, a coordenação do MST-Pará emitiu nota oficial, que também não foi divulgada pela emissora privada. Ela comprova que a violência neste final de semana foi provocada pelos jagunços de Daniel Dantas. “Os sem-terra não pretendiam fazer a ocupação da sede da fazenda e nem fizeram reféns. Nenhum jornalista nem a advogada do grupo foram feitos reféns pelos acampados”. Ela informa que na manhã do sábado, quando 20 sem-terra recolhiam palha para reforçar seus barracos, jagunços chegaram fortemente armados e passaram a provocar. “O trabalhador Djalme Ferreira foi obrigado a deitar no chão, enquanto os outros conseguiram fugir. Ele foi preso, humilhado e espancado pelos seguranças da fazenda de Daniel Dantas”.

No retorno ao acampamento, as sem-terra decidiram em assembléia realizar uma marcha. “Os jornalistas, que estavam na sede da Agropecuária Santa Bárbara, acompanharam o final da caminhada. Não havia a intenção de fazer os jornalistas de ‘escudo humano’, até porque os trabalhadores não sabiam como seriam recebidos pelos seguranças. Aliás, os jornalistas que estavam no local foram levados de avião pela Santa Bárbara, o que mostra que ela tinha tramado uma emboscada”. A própria Polícia Militar negou as notícias sobre “reféns” e “escudo humano”.

Segundo a direção estadual, “os trabalhadores do MST não estavam armados e levavam apenas instrumentos de trabalho e bandeiras do movimento. Apenas um posseiro, que vive em outro acampamento da região, estava com uma espingarda. Quando a marcha chegou à guarita dos seguranças, os sem-terra foram recebidos à bala e saíram correndo — como mostram as imagens veiculadas pela TV Globo. Não houve um tiroteio, mas uma tentativa de massacre. Nove trabalhadores rurais ficaram feridos pelos seguranças da Agropecuária Santa Bárbara. O sem-terra Valdecir Nunes Castro, conhecido como Índio, está em estado grave. Levou quatro tiros. Depois de atirar contra os sem-terra, os seguranças ainda fizeram três reféns”.


Queda de audiência e de credibilidade

Mais esta manipulação grosseira da TV Globo, desta vez a serviço do banqueiro Daniel Dantas, até poderia motivar a abertura de processo jurídico. Os sem-terra foram exibidos como bandidos, enquanto os verdadeiros bandidos permanecem em liberdade — inclusive com a ajuda de habeas-corpus do STF.

A edição do Fantástico, “a revista eletrônica da Globo”, foi totalmente distorcida, um exemplo do pior jornalismo. Isto talvez ajude a explicar a queda constante de audiência deste programa, que perde credibilidade a cada semana. Neste mesmo domingo, ele teve o pior Ibope desde que foi levado ao ar pela primeira vez em 1973. Alcançou apenas 19 pontos em São Paulo.

* Altamiro Borges é jornalista, editor da revista Debate Sindical e autor do livro As encruzilhadas do sindicalismo (Editora Anita Garibaldi, 2ª edição).


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Os pilares e a coluna mestra do Governo Lula

Diante da queda do Presidente Lula nas pesquisas de popularidade, podemos observar a influência que a crise poderá trazer às eleições de 2010. Partindo desse ponto estaremos trazendo mais freqüentemente para o blog as opiniões de uma série de intelectuais que procuram analisar o tema. Segue a ótima avaliação do Antônio Augusto de Queiroz em sua coluna do Vermelho.

O Governo do Presidente Lula, ao longo dos últimos seis anos, passou por grandes crises políticas e por escândalos que derrubariam qualquer governante, mas superou todas, tendo sido reeleito em meio à denúncia do chamado ''mensalão''. Sua popularidade e capital político, mesmo com oscilações, sempre foram altos comparativamente com FHC.

O carisma de Lula, seus programas sociais e a identidade que mantém com os mais humildes são pilares importantes que lhe dão sustentação, mas a coluna vertebral do Governo foi, é e, dependendo da superação da crise, continuará sendo a economia, que nesses seis anos cresceu com democracia, estabilidade de preços (inflação sob controle), distribuição de renda e geração de emprego.
As crises políticas, que foram muitas nesse período, não foram capazes de interromper a trajetória vitoriosa do Governo na área social e na economia, mas uma crise econômica de longa duração, com recessão e desemprego, mesmo que não tenha sido originada no Brasil, poderá abalar os demais pilares de sustentação do presidente.

O Governo sabe disso e não é por outra razão que o presidente tem dito que a crise foi gerada nos países centrais (Estados Unidos e Europa) e tem feito um esforço reconhecido por todos para aquecer a economia brasileira, com liberação de linhas de crédito, manutenção e ampliação dos programas do PAC, criação de programas habitacionais e preservação dos programas sociais, como o Bolsa Família e os ganhos reais do salário mínimo.

O Brasil, ninguém nega isto, está em melhor situação do que outros países nessa crise mundial – que se iniciou no sistema financeiro, e atingiu a economia real de modo sistêmico – porque no momento de sua eclosão estava com o sistema financeiro saneado, tinha e têm elevadas reservas cambiais, sua economia estava em franca expansão, o Governo gastava menos do que arrecadava (superávit primário) e a inflação e o câmbio estavam sob controle.

Esta constatação louvável, entretanto, não é garantia de que o Governo Lula, mesmo que o País tenha sido o último a sentir os efeitos da crise e eventualmente seja o primeiro a sair dela, sairá fortalecido desse processo. As mazelas dos outros não diminui as nossas, ainda que as nossas sejam menos intensas.

Aliás, a queda de popularidade do presidente já é reflexo da desaceleração da economia, com redução da produção e aumento de demissões, apesar das medidas governamentais adotadas, sobretudo a liberação de crédito e desoneração do setor produtivo, com isenções e renúncias fiscais de grandes proporções, e, mais tardiamente, a redução gradual das taxas de juros.

Estes comentários são apenas para dizer que o momento é delicado e o julgamento que a população fará do presidente Lula dependerá do resultado da crise, portanto do desempenho da economia, tenha ou não o Governo brasileiro responsabilidade pelo seu surgimento e duração. A popularidade do Governo será inversamente proporcional à intensidade da crise. Quando mais intensa for, menor será a popularidade do Governo.

Isto significa que a capacidade do presidente de fazer seu sucessor, mediante a transferência de votos, depende da avaliação de seu Governo, que por sua vez depende do resultado da crise. Os programas sociais ajudam, mas eles, em grande medida, dependem do desempenho da economia, que deverá ser sólida o suficiente para que o Governo possa se apropriar do excedente por meio de cobrança de tributos.

Em conclusão, pode-se a firmar que a economia é a variável-chave da legitimidade e popularidade dos governantes. Se a economia vai bem, o governo é bem avaliado. Portanto, nesta conjuntura, será o resultado da crise que dirá se o presidente continuará muito popular e com capacidade de fazer seu sucessor ou se concluirá sua gestão enfraquecido e sem a capacidade de eleger o sucessor.


Antônio Augusto de Queiroz, Jornalista


Fonte: Vermelho

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Reflexões do Companheiro Fidel

O líder da revolução cubana, Fidel Castro, comentou, hoje, em artigo publicado no site CubaDebate, o início da reunião do G-20, ontem. Segundo ele, cada participante estava ali defendendo seus próprios interesses. Fidel considerou natural o fato do opresidente dos Estados Unidos, Barak Obama ter sido o centro das atenções. Disse que o objetivo principal do novo presidente é mudar a imagem negativa de seu país. E classificou como possivelmente a notícia mais importante do G-20 o acordo de coopreação firmado entre EUA e China.

Reflexões do Companheiro Fidel


O início da Cúpula

Hoje (ontem) se iniciou a Reunião da Cúpula do G-20. Os especialistas em temas econômicos realizaram um esforço enorme. Alguns com experiência em importantes cargos internacionais; outros, como estudiosos pesquisadores. O tema é complexo, a linguagem é nova e exige familiaridade com os termos, os dado econômicos, os organismos internacionais e os líderes políticos de maior peso na cena internacional. Porisso, a nossa vontade de simplificar e explicar de modo inteligível o que acontece em Londres, tal como eu vejo.

Ninguém se surpreende por Obama ser a estrela da reunião de Londres. Representa o mais poderoso e mais rico país do mundo. O favorecem circunstâncias especiais. Não está lá Bush, mentiroso, cínico, belicista e odioso. Tampouco está McCain, mediocre e ignorante, graças precisamente à assombrosa vitória de Obama, negro no país da discriminação racial, onde a maioria dos eleitores brancos votou em McCain, mas não foi o surficiente para compensar o voto de mais de 90% dos negros e mestiços norte-americanos, pessoas de origem hispânica, os pobres e os afetadas pela crise.

Obama acaba de ser eleito, quando outros líderes do G-20 estão a ponto de concluir seu mandato, e será, provavelmente, o presidente dos Estados Unidos durante oito anos.Então nada tem de estranho no fato de as notícias de Londres girarem em torno dele.

O que importa ao mundo é o que, dali, sairá, se é que sairá algo. Cada um dos participantes tem seus próprios objetivos nacionais e inclusive pessoais, como líderes políticos que serão julgados pela história.

O objetivo de Obama é, em primeiro lugar, mudar a imagem de seu país, responsável principal por essa tragédia pela qual está passando o mundo, e a quem a opinião internacional culpa pela devastadora crise econômica atual, sobre a qual não tem responsabilidade política nenhuma.

Como salienta o ex-chefe econômico do Fundo Monetário Internacional (FMI) e atual professor do Instituto Tecnológico de Massachusett, Joseph Stiglitz: "Eu deveria chegar a dizer que ele não tem culpa de nada e que está tratando de resolver o mais rápido que pode".

Seu principal aliado europeu, o primeiro ministro Gordon Brown, é o anfitrião da Cúpula e aspira modificar a tendência ati-trabalhista desatada pelos disparates de seu antecessor, Tony Blair. A Obama oferece as honras do Palácio de Buckingham, onde ele foi recebido com sua esposa, Michele. O presidente presenteou a veterana rainha com um reprodutor digital, fruto da sofisticada tecnologia norte-americana, um Ipod com canções e imagens da visista da rainha aos Estados Unidos, em 2007, e com um livro de partituras, assinado por Richard Rogers. Com sua majestadenão tinha que trocar palavras sobre a mundana reuniãp do G-20.

Brown, porém, arrisca tudo com a crise. Aspira mudar a regulação do sistema bancário, impulsionar o crescimento econômico, aumentar a cooperação e acabar com o protecionismo. Ele reconhece que as negociaçõpes serão difíceis.

Seu lema: "É melhor olhar adiante que para trás." É evidente que, se os eleitores olham para trás, teria muitos poucos votos. O desejo de ambos os aliados no âmbito do G-20 é minimizar as diferenças com a França e a Alemanha.

Sarkozy não esconde o seu descontentamento com a política dos Estados Unidos. É explosivo. Recentemente, ameaçou abandonar a reunião. Ontem, disse à rádio Europe 1 que, até agora, não há nenhum acordo satisfatório sobre a cúpula, embora tenha suavizado sua ameaça de levantar-se da mesa se não avançar uma maior regulação: "Não me associarei a uma cúpula que não termine com uma maior regulação." Ele assegura que os negociadores ainda não chegaram a qualquer acordo.

O projeto de comunicado da cúpula, que circula entre os jornalistas, fala de medidas para restaurar o crescimento mundial, manter a abertura de mercados e promover o comércio global. "Temos de obter resultados, não há escolha", Sarkozy insistiu ontem.

Obama anunciou faz uns dois dias que os Estados Unidos se propõem a introduzir mudanças em seu sistema de regulação e supervisão, com a esperança de que esta declaração cumpra com uma parte das exigências européias, arebatando-lhes uma dessas bandeiras.

Sarkozy respondeu que seu empenho em acabar com os paraísos fiscais é sério. A chanceler alemã, Angela Merkel, muito perto das posições de Sarkozy, exige que o acordo não inclua nem a exigência de um plano de estímulo fiscal para os países avançados, nem que seja aberto um debate sobre o anúncio de uma nova divisa internacional, que é uma demanda dos países emergentes ao G-7.

"O mundo está em uma encruzilhada", disse Merkel, "temos de fazer todo o possível para assegurar que a crise não se repita.""Temos que ir além do que é falado em Washington", disse, acrescentando que tudo esteja acordado em Londres deve ter garantia de ser aplicado. "Não deve ficar nenhum lugar, nenhum produto, nenhuma instituição, sem supervisão e transparência.

Merkel manifestou o seu apoio para aumentar a dotação do Fundo Monetário Internacional e para aumentar a ajuda aos países em desenvolvimento que sofrem o impacto da crise.

A ampliação dos recursos do FMI agora parece ser já uma realidade. O presidente do México disse, em sua chegada em Londres, que negocia com o fundo uma linha de crédito de 26 mil milhões de euros. Ontem, o número dois do Fundo Monetário Internacional, John Lipsky, informou, em Londres, que o FMI facilitará para o México uma linha de crédito de de US $ 47 bilhões para garantir a disponibilidade de liquidez, em caso de agravamento da situação dos mercados por causa da crise. É um valor maior do que o solicitado pelo México.

Como, no FMI, os Estados Unidos possuem a maioria das ações, sem seu apoio não seria possível tal crádito, que aponta a influência de Obama na Cúpula de Londres.
As agências anunciavam que Obama se reuniria com Dimitri Medvedev e Hu Jintao, presidentes da Rússia e da China, para discutir os delicadas problemas que enfrentam os dois países com os Estados Unidos.

Em reuniões bilaterais da superpotência das as duas grandes potências, serão abordados problemas económicos, ou, talvez, serão anunciados acordos pacientemente discutidos e aprovados pelos seus representantes diplomáticos.

Hoje, 2 de Abril, li um longo e detalhado despacho da Agência de Notícias Xinhua, datado do dia 1, o qual relata que "o presidente da China Hu Jintao e dos Estados Unidos, Barack Obama, concordaram hoje que seus países vão trabalhar juntos para construir uma relação positiva, cooperativa e global no século XXI ".

"Os presidentes decidiram igualmente criar o mecanismo bilateral de Diálogos Estratégicos e conômicos". "O novo compromisso, assumido por ambos os chefes de Estado, durante seu encontro em Londres, irá traçar o rumo e dará um forte impulso ao desenvolvimento sutentável, sólido e estável das relações entre as duas nações".

"A relação entre a China e os Estados Unidos continua a ser uma das mais importantes relações bilaterais no mundo no século XXI, época em que a humanidade enfrenta enormes desafios e oportunidades. Na nova era, as duas nações têm importantes responsabilidades em relação à paz, à estabilidade e ao desenvolvimento global, além de partilharem amplos interesses."

"Os dois lado devem manter o rítimo da época e manejar sempre os laços bilaterais até uma perspectiva etsratégica e de longo prazo".

"Eles têm de respeitar e ter em consideração os interesses fundamentais da outra parte e aproveitar as oportunidades, além de que devem trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios do século."

"A criação do mecanismo de Diálogos Estratégicos e Econômicos China-EUA é um passo importante para reforçar as relações bilaterais. Com isso, o anterior diálogo estratégico entre os dois países foi elevado a um novo patamar."

"No momento em que a crise financeira internacional continua a se expandir, as duas nações devem se apoiar mutuamente e trabalharem juntas para superar a tempestade, o que irá promover os interesses comuns de China e Estados Unidos."

"China e Estados Unidos devem não só mlehorar o intercâmbio e a coopreação em áreas como a economia, a luta contra o terrorismo, o crime transnacional, as mudanças climáticas a energia e o meio ambiente, mas também têm que fortalecer a comunicação e a coordenação de temas regionais e mundiais".

Esse acordo não pode ser discutido em uma reunião de 60 minutos. Estava já preparado com todos os seus detalhes.

A China, cujos aliados atuais no continente asiático a invadiram e saquearam há apenas sete décadas, avança hoje até um posto ascendente da economia global.

É o maior credor dos Estados Unidos, e calmamente discute com o presidente deste poderoso país as regras que irão reger as relações entre as duas nações em um mundo cheio de riscos.

Talvez, a agência Xinhua transmita uma das mais importantes notícias associadas à cúpula do G-20.

Hoje começou e terminou quando escrevia essas linhas! Assombroso!

Fidel Castro Ruz

2 de Abrl de 2009


Fonte: Vermelho

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Entrevistado acusa fraude em matéria da 'Folha' sobre Dilma


A Folha de S.Paulo preparou uma “armadilha” para a Dilma usando uma entrevista que concedi a uma das suas repórteres da sucursal de Brasília.

Por Antonio Roberto Espinosa*

Encaminhei a carta abaixo à redação. E peço que todos os amigos que a façam chegar a quem acharem necessário: redações de jornais, revistas, emissoras de TV e pessoas que talvez possam ser afetadas ou se sintam indignadas pela má fé dos editores do jornal. Como sabem, sou favorável à transparência, por achar que a verdade é sempre o melhor caminho e, no fundo, revolucionária.

À coluna “Painel do leitor”

Seguem cópias para o Ombudsman e para a redação. Vou enviar cópias também a toda a imprensa nacional. Peço que esta carta seja publicada na próxima edição. Segue abaixo:

Prezados senhores,
Chocado com a matéria publicada na edição de hoje (domingo, 5), páginas A8 a A10 deste jornal, a partir da chamada de capa “Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Neto”, e da repercussão da mesma nos blogs de vários de seus articulistas e no jornal Agora, do mesmo grupo, solicito a publicação desta carta na íntegra, sem edições ou cortes, na edição de amanhã, segunda-feira, 6 de abril, no “Painel do Leitor” (ou em espaço equivalente e com chamada de capa), para o restabelecimento da verdade, e sem prejuízo de outras medidas que vier a tomar. Esclareço preliminarmente que:

1) Não conheço pessoalmente a repórter Fernanda Odilla, pois fui entrevistado por ela somente por telefone. A propósito, estranho que um jornal do porte da Folha publique matérias dessa relevância com base somente em “investigações” telefônicas;

2) Nossa primeira conversa durou cerca de três horas e espero que tenha sido gravada. Desafio o jornal a publicar a entrevista na íntegra, para que o leitor a compare com o conteúdo da matéria editada. Esclareço que concedi a entrevista porque defendo a transparência e a clareza histórica, inclusive com a abertura dos arquivos da ditadura. Já concedi dezenas de entrevistas semelhantes a historiadores, jornalistas, estudantes e simples curiosos, e estou sempre disponível a todos os interessados;

3) Quem informou à Folha que o Superior Tribunal Militar (STM) guarda um precioso arquivo dos tempos da ditadura fui eu. A repórter, porém, não conseguiu acessar o arquivo, recorrendo novamente a mim, para que lhe fornecesse autorização pessoal por escrito, para investigar fatos relativos à minha participação na luta armada, não da ministra Dilma Rousseff. Posteriormente, por e-mail, fui novamente procurado pela repórter, que me enviou o croquis do trajeto para o sítio Gramadão, em Jundiaí, supostamente apreendido no aparelho em que eu residia, no bairro do Lins de Vasconcelos, Rio de Janeiro. Ela indagou se eu reconhecia o desenho como parte do levantamento para o sequestro do então ministro da Fazenda Delfim Neto. Na oportunidade disse-lhe que era a primeira vez que via o croquis e, como jornalista que também sou, lhe sugeri que mostrasse o desenho ao próprio Delfim (co-signatário do Ato Institucional número 5, principal quadro civil do governo ditatorial e cúmplice das ilegalidades, assassinatos e torturas).

Afirmo publicamente que os editores da Folha transformaram um não-fato de 40 anos atrás (o sequestro que não houve de Delfim) num factóide do presente (iniciando uma forma sórdida de anticampanha contra a ministra). A direção do jornal (ou a sua repórter, pouco importa) tomou como provas conclusivas somente o suposto croquis e a distorção grosseria de uma longa entrevista que concedi sobre a história da VAR-Palmares. Ou seja, praticou o pior tipo de jornalismo sensacionalista, algo que envergonha a profissão que também exerço há mais de 35 anos, entre os quais por dois meses na Última Hora, sob a direção de Samuel Wayner (demitido que fui pela intolerância do falecido Octavio Frias a pessoas com um passado político de lutas democráticas). A respeito da natureza tendenciosa da edição da referida matéria faço questão de esclarecer:

1) A VAR-Palmares não era o “grupo da Dilma”, mas uma organização política de resistência à infame ditadura que se alastrava sobre nosso país, que só era branda para os que se beneficiavam dela. Em virtude de sua defesa da democracia, da igualdade social e do socialismo, teve dezenas de seus militantes covardemente assassinados nos porões do regime, como Chael Charles Shreier, Yara Iavelberg, Carlos Roberto Zanirato, João Domingues da Silva, Fernando Ruivo e Carlos Alberto Soares de Freitas. O mais importante, hoje, não é saber se a estratégia e as táticas da organização estavam corretas ou não, mas que ela integrava a ampla resistência contra um regime ilegítimo, instaurado pela força bruta de um golpe militar;

2) Dilma Rousseff era militante da VAR-Palmares, sim, como é de conhecimento público, mas sempre teve uma militância somente política, ou seja, jamais participou de ações ou do planejamento de ações militares. O responsável nacional pelo setor militar da organização naquele período era eu, Antonio Roberto Espinosa. E assumo a responsabilidade moral e política por nossas iniciativas, denunciando como sórdidas as insinuações contra Dilma;

3) Dilma sequer teria como conhecer a ideia da ação, a menos que fosse informada por mim, o que, se ocorreu, foi para o conjunto do Comando Nacional e em termos rápidos e vagos. Isto porque a VAR-Palmares era uma organização clandestina e se preocupava com a segurança de seus quadros e planos, sem contar que “informação política” é algo completamente distinto de “informação factual”. Jamais eu diria a qualquer pessoa, mesmo do comando nacional, algo tão ingênuo, inútil e contraproducente como “vamos sequestrar o Delfim, você concorda?”. O que disse à repórter é que informei politicamente ao nacional, que ficava no Rio de Janeiro, que o Regional de São Paulo estava fazendo um levantamento de um quadro importante do governo, talvez para sequestro e resgate de companheiros então em precárias condições de saúde e em risco de morte pelas torturados sofridas. A esse propósito, convém lembrar que o próprio companheiro Carlos Marighela, comandante nacional da ALN, não ficou sabendo do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick. Por que, então, a Dilma deveria ser informada da ação contra o Delfim? É perfeitamente compreensível que ela não tivesse essa informação e totalmente crível que o próprio Carlos Araújo, seu então companheiro, diga hoje não se lembrar de nada;

4) A Folha, que errou a grafia de meu nome e uma de minhas ocupações atuais (não sou “doutorando em Relações Internacionais”, mas em Ciência Política), também informou na capa que havia um plano detalhado e que “a ação chegou a ter data e local definidos”. Se foi assim, qual era o local definido, o dia e a hora? Desafio que os editores mostrem a gravação em que eu teria informado isso à repórter;

5) Uma coisa elementar para quem viveu a época: qualquer plano de ação envolvia aspectos técnicos (ou seja, mais de caráter militar) e políticos. O levantamento (que é efetivamente o que estava sendo feito, não nego) seria apenas o começo do começo. Essa parte poderia ficar pronta em mais duas ou três semanas. Reiterando: o Comando Regional de São Paulo ainda não sabia com certeza sequer a frequência e regularidade das visitas de Delfim a seu amigo no sítio. Depois disso seria preciso fazer o plano militar, ou seja, como a ação poderia ocorrer tecnicamente: planejamento logístico, armas, locais de esconderijo etc. Somente após o plano militar seria elaborado o plano político, a parte mais complicada e delicada de uma operação dessa natureza, que envolveria a estratégia de negociações, a definição das exigências para troca, a lista de companheiros a serem libertados, o manifesto ou declaração pública à nação etc. O comando nacional só participaria do planejamento , portanto, mais tarde, na sua fase política. Até pode ser que, no momento oportuno, viesse a delegar essa função a seus quadros mais experientes, possivelmente eu, o Carlos Araújo ou o Carlos Alberto, dificilmente a Dilma ou Mariano José da Silva, o Loiola, que haviam acabado de ser eleitos para a direção; no caso dela, sequer tinha vivência militar;

6) Chocou-me, portanto, a seleção arbitrária e edição de má-fé da entrevista, pois, em alguns dias e sem recursos sequer para uma entrevista pessoal – apelando para telefonemas e e-mails, e dependendo das orientações de um jornalista mais experiente, no caso o próprio entrevistado –, a repórter chegou a conclusões mais peremptórias do que a própria polícia da ditadura, amparada em torturas e num absurdo poder discricionário. Prova disso é que nenhum de nós foi incriminado por isso na época pelos oficiais militares e delegados dos famigerados Doi-Codi e Deops e eu não fui denunciado por qualquer um dos três promotores militares das auditorias onde respondi a processos, a Primeira e a Segunda auditorias de Guerra, de São Paulo, e a Segunda Auditoria da Marinha, do Rio de Janeiro.

Osasco, 5 de abril de 2009

Antonio Roberto Espinosa

* Antonio Roberto Espinosa é jornalista, professor de Política Internacional, doutorando em Ciência Política pela USP, autor de Abraços que Sufocam — E Outros Ensaios sobre a Liberdade e editor da Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe.

Fonte: Vermelho

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Dilma reage à 'Folha': 'Não pode falar em ditabranda, viu?'


A quem serve a manchete que o jornal pôs hoje em sua primeira página? "Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto", diz o jornal da família Frias.

Vejam: trata-se de uma afirmação. O jornal não atribui a informação, no título, a ninguém. Afirma. E ponto.
No texto da primeira página, e na matéria interna, há a negativa de Dilma. Mas, a manchete está aí: prontinha pra ser usada no programa eleitoral em 2010.
Outro dia, eu disse aqui que as aparições seguidas de FHC na mídia, nas últimas semanas, tinham um sentido claro: o PSDB sabe que o ex-presidente será associado a Serra na campanha do ano que vem; sabe que FHC é impopular; sabe que ele é um peso difícil de carregar. Então, o mais inteligente não é escondê-lo (como fez Alckmin em 2006), mas “trabalhar” desde já para criar uma imagem melhor para FHC. A mídia amiga está aí pra isso mesmo.

A matéria sobre Dilma na "Folha" segue a mesma lógica. Trata-se de constranger Dilma, e gerar material pro horário político. Serra sabe que não poderá atacar Lula (o presidente seguirá popular até 2010). O negócio é desconstruir Dilma. Colar nela a imagem de "guerrilheira".
Não acho difícil que, nesta segunda-feira, a “reportagem” esteja na tela da Globo. Podem esperar!
Ah, dirão alguns: a "Folha" fez só o seu trabalho. Expôs fatos. Trouxe de volta a "memória da ditadura". Esse é o "chapéu" (pequeno título) que aparece acima da matéria, nas páginas internas da "Folha".
Louvo o objetivo do jornal. A "Folha" quer vasculhar a "memória da ditadura"? Ótimo! Mas, queremos memórias completas. Não pedaços de dossiês, vazados sob interesse eleitoral. Queremos memórias completas também sobre a atuação de empresários como Otávio Frias no apoio a torturadores aqui no Brasil. Material e testemunhas não faltam.
Mas, voltando à “reportagem” sobre Dilma: por que começar a relembrar a "memória da ditadura" justamente com a candidata que aparece em segundo (ou terceiro) lugar nas pesquisas?
Serra também teve militância durante a ditadura. Por que os leitores não foram brindados com a ficha dele no DEOPS? Ele será submetido a perguntas constrangedoras - como a que fez a repórter à ministra Dilma? A jornalista chega a perguntar sobre pessoas que Dilma (sob tortura) teria "entregue" aos algozes.
Quero ver se a "Folha" tem coragem de perguntar a Serra por que ele fugiu do Brasil depois do golpe de 64? Era liderança estudantil, e escafedeu-se, fugiu. Agiu bem?
Em 2002, Serra ajudou a desconstruir Roseana Sarney (lembram-se do caso Lunus? Sarney pai até hoje não perdoa Serra - atribui a ele a operação policial que inviabilizou a candidatura da filha). Também ajudou a torpedear Ciro.
Tudo isso contando com a imprensa amiga.
Na campanha de 2006, quando Serra ainda disputava a indicação com Alckmin, dentro do PSDB, uma reportagem da revista Época trouxe detalhes sobre o envolvimento de Alckmin com a organização católica Opus Dei. Nos bastidores da politica paulista, atribui-se a reportagem ao "esquema de inteligência" serrista.
Dessa vez, o alvo é Dilma. A ministra reagiu à repórter e ao jornal. Dilma não é besta. Sabe o que se arma contra ela. Gostei de uma das respostas que ela deu à repórter. "minha filha, esse seu jornal não pode chamar a ditadura de ditabranda, viu? Não pode, não. Você não sabe o que é a quantidade de secreção que sai de um ser humano quando ele apanha e é torturado (...) Não dá pra chamar de ditabranda, não."
A moça da “Folha” também perguntou se Dilma faz “mea culpa” por ter feito guerrilha.
A “Folha” quer “mea culpa” dos outros. E o “mea culpa” do jornal sobre seu apoio a torturadores?
“Cidadão Boilesen” ganhou prêmio de “melhor filme no festival “É tudo Verdade”. Agora, falta um outro filme: “Cidadão Frias”.
Material não falta.
Dilma foi constrangida pelo jornal. Ao menos, teve a dignidade de tratar do assunto (inclusive das torturas que sofreu). E o jornal? Vai tratar de seu passado? Humildemente, disponho-me a ajudar...

Fonte: O Escrevinhador


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Altamiro Borges: ditabranda da 'Folha' tortura Dilma

Grupo de Dilma planejou o sequestro de Delfim Netto. Com esta manchete espalhafatosa, que lembra os veredictos dos verdugos do regime militar, a Folha de S.Paulo deu início à campanha de baixarias contra a candidata preferida de Lula. O jornal, que se desgastou e perdeu assinantes ao qualificar a sanguinária ditadura de “ditabranda”, não recua. Ele utilizará todos os meios sujos para “torturar” a ministra Dilma Rousseff, visando fustigar a sua campanha à sucessão de 2010.


Por Altamiro Borges


A reportagem, inclusive com a “ficha policial” de Dilma, parece ter sido feito sob encomenda para a campanha publicitária do tucano José Serra – que, apesar de ter vivido no exílio durante o regime militar, preferiu se omitir diante do neologismo “ditabranda”, reforçando seus laços com o que há de mais reacionário na sociedade. A ministra é apresentada como assaltante de bancos e planejadora de operações de assassinatos. A imagem construída é de uma “terrorista perigosa”.


A família terrorista dos Frias


A atual ministra até foi entrevistada e negou, de forma taxativa, qualquer participação no plano de sequestro do ex-ministro Delfim Netto, tzar da economia no regime militar. Mesmo assim, o jornal da Famiglia Frias preferiu estampar na capa o título espalhafatoso, sabendo que milhares de leitores são deformados na leitura instantânea das manchetes e na visualização das fotos. A grosseira manipulação até permitiria a abertura de um processo jurídico por danos morais.


A reportagem, como é comum neste “jornalismo canalha”, também peca por não contextualizar o fato. A ministra fica com a pecha de “terrorista”, já a Famiglia Frias, que apoiou o golpe militar, cedeu suas peruas para transportar presos políticos à tortura e respaldou o setor “linha dura” dos generais fascistas, surge como partidária do jornalismo investigativo e independente. Um engodo que dá ânsia de vomito – ou azia, conforme afirmou o presidente Lula sobre a leitura de jornais.


A nova baixaria da Folha pode, porém, trazer frutos positivos. Mais leitores enojados com tanta manipulação poderão cancelar as suas assinaturas, afetando o bolso e atiçando as brigas entre os herdeiros da Famiglia Frias.


Ela também revelou uma ministra que não se intimida diante do terrorismo midiático. Provocada pela repórter, Dilma não vacilou em criticar a Folha. “Minha filha, esse seu jornal não pode chamar a ditadura de ditabranda, viu? Não pode, não. Você não sabe o que é quantidade de secreção que sai de um ser humano quando ele apanha e é torturado”.

Fonte: Vermelho


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Enem substituirá vestibular nas universidades federais

Um novo modelo de ingresso às instituições de ensino superior foi apresentado nesta terça-feira (31), pelo ministro da educação, Fernando Haddad, em entrevista coletiva em Brasília.



A proposta, já encaminhada à Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), pretende substituir os atuais vestibulares por uma avaliação única, a partir da reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a fim de estimular a capacidade crítica dos alunos e a conseqüente reorientação dos currículos do ensino médio.


"Hoje o vestibular desorienta mais do que orienta a organização curricular do ensino médio", disse Haddad.


Segundo o ministro, os atuais processos seletivos privilegiam a memorização excessiva de conteúdos e tornam a passagem da educação básica para a superior "estressante e traumática".


Entre as vantagens do novo modelo, segundo o ministro, estão a possibilidade de descentralizar os exames seletivos, democratizar o acesso a todas as universidades; aumentar a mobilidade estudantil; além de reorientar o currículo do ensino médio para que o aluno passe a compreender e analisar mais profundamente o conteúdo estudado.


Com a prova única, o candidato poderia usar sua nota para concorrer a vagas em todas as universidades que aderirem ao sistema. A intenção é evitar que apenas os estudantes com mais alto poder aquisitivo possam concorrer a mais vagas e, assim, democratizar o acesso a todas as instituições, além de aumentar a mobilidade acadêmica, permitindo que instituições longe dos grandes centros também recebam alunos com alto grau de proficiência.


Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que apenas 0,04% dos estudantes matriculados no primeiro ano do ensino superior vêm de regiões diferentes de onde estudam. "Em países desenvolvidos, esse número é bem mais expressivo", afirmou Haddad. Nos Estados Unidos, chega a 20%.


Nova prova


A proposta do Inep é reformular o Enem para que o exame possa ser comparável no tempo e abranja todo o currículo do ensino médio. O objetivo é aplicar quatro grupos de provas diferentes em cada processo seletivo, além de redação. O novo exame seria composto por testes de cada área do conhecimento, assim estruturadas: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; matemáticas e suas tecnologias. Cada grupo de testes seria composto por 50 itens de múltipla escolha aplicados em dois dias: cem itens a cada dia.


Os estudantes poderão concorrer com a nota de uma única prova em processos seletivos de instituições diferentes, inclusive em anos diferentes porque o teste poderá ser comparado ao longo do tempo.


O ministro explicou que a adesão de uma universidade ao novo modelo não inibe que a instituição use outros instrumentos de ingresso, como os que levam em conta as políticas afirmativas ou nos moldes do Programa de Avaliação Seriada (PAS) aplicado pela Universidade de Brasília.


A proposta também não inviabiliza que as instituições complementem o processo seletivo com provas específicas. "Isso é muito comum em cursos como arquitetura e medicina", exemplificou Haddad.


O ministro adiantou que o Inep tem condições de reformular o Enem ainda este ano. "Vamos atender os reitores sob encomenda", enfatizou. O cronograma de aplicação do novo processo seletivo dependerá da resposta dos reitores à proposta. Na próxima terça-feira, 7, os dirigentes universitários devem se manifestar sobre o assunto. As instituições de ensino superior privadas e estaduais também podem aderir ao sistema.


Enem


criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.


O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

fonte: www.vermelho.org.br

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© 2008 Por Giovane D. Zuanazzi , Douglas T. Finger