Anseios

"...Aqui no Brasil, somos discriminados e postos de escanteio. Amargamos o não aproveitamento do melhor de nossa criatividade e energia na imensa fila dos desempregados. A placa de "NÃO HÁ VAGAS" é a senha de nossa exclusão e marginalização. Somos milhões que não têm acesso ao ensino e por isso muitos de nós acabam lançados ao analfabetismo. Nas escolas e universidades encontramos um ensino elitista, atrasado e conservador, sem investimentos e democracia.

Os livros, peças, filmes e shows são acessíveis somente para quem tem grana .Os meios de comunicação, cada vez mais alheios à verdade, constroem um mundo falso no qual não cabemos senão como repetidores de uma moral que nos é estranha. Para nós, oferecem o individualismo, a mistificação religiosa, a banalização dos nossas desejos, a pornografia e a prostituição. Oferecem a discriminação e a exclusão social. Muitos dos nossos, não achando mais caminho, criam vício e dependência de drogas, enriquecendo os capitalistas do tráfico.

Sem casas para morar, somos jogados nas favelas e para debaixo das pontes. Excluídos, somos caçados e mortos como bichos pelos grupos de extermínios e pela polícia.

Nossa infância vende doces nas esquinas, cheira cola nas calçadas e sofre sem qualquer proteção.A prática esportiva e o lazer, para nós tão importantes na formação, são exceção em nossas vidas. O turismo é mercadoria de luxo.

Há tempos adoecemos. Somos campeões da cárie dentária e de epidemias, a rede pública de saúde vai sendo destruída e vão nos matando por falta de acesso. Não existe orientação sobre métodos anticonceptivos. São milhares de jovens que enfrentam uma gravidez sem nenhuma proteção e acompanhamento. O aborto em clínicas de fundo de quintal acaba sendo a única alternativa para interromper uma gravidez precoce e indesejada. Muitos jovens são vitimados pela Aids, por falta de informações e meios de prevenção. Alguns setores se utilizam dessa tragédia para fazer a cruzada moral e reprimir o despertar de nossa sexualidade.

Nosso meio ambiente é vítima da insanidade capitalista que o degrada, polui e destrói..."

Pequeno trecho do Manifesto da UJS

É com esses problemas que me pergunto todas as manhãs, será que isso vai mudar um dia?
Em todas as classes sociais, comunidades, organizações percebe-se o efeito capitalista na sua organização. Percebemos que o regime do capitalismo serve pra poucos e ao resto só serve a sarjeta, resumindo em frases dos mais reacionários: "Não há espaço para todos então trate de achar o seu logo! Custe o que custar!"

Porém essa afirmação, ao invés de converter meu pensamento, me faz acreditar que pode mudar. Acredito num mundo em que se possa ter a sua dignidade e felicidade explorando habilidades próprias e seguindo valores próprios, acredito também que o caminho para uma vida plena não é com status mas sim com ideais acima de tudo.

É com muito anseio que vos digo, a única coisa que permanece no mundo material é a mudança e então por que não começar a mudar?


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60 anos da UBES


A Ubes é da nação, mas nasceu carioca. Fundada em 1948, na Praia do Flamengo, número 132, ainda 'criança', na década de 50 e ao lado da UNE, foi uma das protagonistas da vitoriosa campanha “O Petróleo é nosso”, que culminou em uma das maiores conquistas do nosso povo: a Petrobras. A entidade destacou-se nas lutas pelo fim da ditadura militar e pela redemocratização do país.

Nos anos 80, lá estava a Ubes nas articulações pela aprovação do voto aos 16 anos. Essa conquista, somada a outras, possibilitou à juventude maior poder de protagonismo nas eleições, elegendo inúmeros candidatos - jovens ou não - à diversos espaços institucionais no país. Isso contribuiu para a elaboração, proposição e execução de projetos de seu interesse junto à sociedade e à governos. Graças a lei do voto aos 16, milhares de jovens com até 17 anos poderão dar o seu primeiro voto nestas eleições municipais de 2008.

Em 1992, a luta pela derrubada de Fernando Collor do governo central foi majoritariamente impulsionada por milhares de estudantes secundaristas que brotavam, como estrelas, das mais diferentes ruas do país. Fernando Henrique Cardoso também experimentou o espírito dessa onda de mobilizações nos difíceis anos do seu governo neoliberal.
Uma nova escola para um novo Brasil

A Ubes teve papel destacado na eleição e reeleição do presidente Lula e hoje, nos marcos desse momento de maior democracia, a entidade luta incessantemente por uma nova escola, bem diferente daquela que ainda temos hoje no país.

Defendemos uma escola que, além de valorizar a cultura e a história afro-brasileira, ensine sociologia e filosofia no ensino médio, que garanta materiais didáticos aos estudantes, bibliotecas, laboratórios de ciências e de informática com acesso à banda larga, que seja um espaço onde a comunidade escolar (funcionários, estudantes, pais e professores) tenham o direito de eleger seu diretor e participar da gestão através dos conselhos escolares, dos grêmios estudantis e demais instrumentos de participação.

Lutamos por uma escola que valorize o profissional de educação com salários dignos e boas condições de trabalho e que sirva ao desenvolvimento nacional e à soberania do Brasil.

Também queremos uma escola que apresente futuro, que esteja aberta à toda a comunidade por período integral, com atividades extra-curriculares ligadas à ciência, ao lazer, ao esporte, à educação, à cultura e ao incentivo da profissionalização. Um lugar onde se possa sonhar grande, seja com um diploma de Medicina em uma universidade pública, seja com uma medalha para o Brasil nas Olimpíadas, seja com um espaço no mercado de trabalho digno e valorizado.

É no caminho dessa luta que a Ubes completa 60 anos. É se inspirando na história da entidade que nos sentimos preparados para superar os desafios do presente e construir os sonhos do futuro. Nos próximos 60 anos - que certamente serão de muitas conquistas na defesa de uma nova escola e de um país mais justo - como muitos antes de mim, acompanharei os passos dessa velha amiga e sei que nela sempre verei o sorriso da criança inquieta e traquinas, mas que também é séria e faz valer à pena uma vida de sonhos e de lutas.

Viva o Brasil, Viva a Ubes e os estudantes!

*Thiago Mayworm é diretor de Políticas Institucionais da Ubes.

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UJS São Paulo lança moção de repudio a 4° Frota



4ª Frota dos EUA é uma afronta aos povos latino-americanos


A Direção Estadual de São Paulo da União da Juventude Socialista – UJS – em reunião no dia 13 de julho desse ano, a primeira após o congresso que a elegeu, discutiu e aprovou essa presente moção em repudio a ação dos EUA de reativar a 4ª Frota de Intervenção para patrulhar as águas da América Latina.
Nosso continente está passando por uma série de experiências que contestam a ação do imperialismo.
A ascensão de forças e personalidades progressistas aos governos de países da região e a derrota dos partidos neoliberais marcam um período promissor na vida dos povos latino-americanos. O eixo central de nossa estratégia de integração é a questão energética, dado que a região é rica em fontes de energia, como petróleo, gás, biomassa, urânio e energia hidroelétrica. A única guerra pela qual nos erguemos é contra a fome, a pobreza e a miséria gerada por muitos anos de dependência ao capital estrangeiro e domínio de setores cujo único interesse foi o enriquecimento de alguns em detrimento da maioria da população. Porém, como os Estados Unidos já não têm voz de comando naquilo que outrora era tido como o seu quintal, eles aumentam sua agressividade.
A história mostra até que ponto os EUA são capazes de ir para fazer valer seus interesses. Na segunda metade do século passado, quando os governos latinos - americanos não atenderam os interesses yankees, esse país apoiou e financiou golpes e regimes autoritários que perseguiram, torturaram e assassinaram diversos combatentes do povo. O imperialismo estadunidense esteve por trás do golpe militar de 1964 no Brasil; a CIA promoveu Pinochet, o assassinato de Salvador Allende e o golpe de 1973 no Chile.
E ainda, recentemente eles ajudaram a organizar o golpe contra Chávez em abril de 2002 e também orientam as ações da elite branca da Bolívia para retalhar o país e derrubar o presidente indígena, Evo Morales.
Um grande exemplo da agressividade desse império está na forma que invadiu o país e saqueia o petróleo do povo iraquiano. Como pretexto disseram que Saddam Hussein tinha acumulado um grande arsenal de armas de destruição de massa e estava financiando o terrorismo no Oriente Médio, mentiras desmascaradas pela história.
Agora a Casa Branca justifica o gesto hostil à América - Latina afirmando que seu objetivo ao reativar a 4ª Frota é combater o narcotráfico e praticar ações humanitárias.
Criada em 1943 para combater submarinos da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, a 4ª Frota constitui um poderoso instrumento de guerra. Foi desativada em 1950 porque perdeu o sentido, já que vivemos uma região pacífica.
Seja pelo seu poder bélico ou pela história de agressões aos povos do império norte-americano só uma coisa explica a reativação da 4ª Frota. O que está em jogo são os interesses de frear, através da intimidação militar, o processo de transformação política da região e disputar os recursos naturais e estratégicos dos povos destas latitudes do mundo. Trata-se, então, de uma séria ameaça aos governos progressistas e à soberania nacional dos povos latino-americanos.
É com preocupação, mais também com muita disposição para denunciar e lutar contra o imperialismo que os jovens socialistas de São Paulo apresentam essa moção. Por mais que os capitalistas e imperialistas tentem obscurecer nossos dias a primavera não deixará de chegar. Estamos erguidos para defender as mudanças em curso lutando por passos ainda mais largos rumo a dias onde a juventude e o povo possam desfrutar de paz e liberdade.


São Paulo, 13 de Julho de 2008
Direção Estadual da UJS

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De Emiliano Zapata aos povos e governos do mundo



"Irmãos que nasceram durante a noite
em que vivemos,
e morreremos na mesma.
mas a luz será amanhã para os demais,
para todos aqueles que hoje choram na noite
que recusam o dia.
Por toda a luz,
tudo para todos.
A nossa luta é para sermos ouvidos e o mau governo grita com arrogância e cobre seus ouvidos com metralhadoras.
A nossa luta é por um trabalho justo e digno e o mau governo compra e vende corpos e vergonha.
A nossa luta é para toda a vida e o mau governo oferece morte como futuro.
É nossa luta por justiça e o mau governo está cheio de criminosos e assassinos.
A nossa luta é pela paz e mau governo anuncia guerra e destruição.
Teto, terra, trabalho, pão, saúde, educação, independência, democracia, liberdade,
Estas foram as nossas demandas na longa noite dos 500 anos,
Estas hoje, são nossas exigências."
Manifesto Zapatista


Lutas por um lugar mais justo para todos, isso se repete em toda a História e também em todo o mundo. Aqui em Caxias não é diferente, precisamos cada vez mais unir nossa juventude para mostrar que podemos sim fazer a diferença.

Agora chegam as eleições e devemos cobrar efetivamente por mudanças nas perspectivas sociais do jovem caxiense. Não queremos apenas festas, queremos livros! Não queremos drogas, queremos oportunidades! Não queremos violência, queremos apenas o nosso devido valor! Por uma sociedade igual para todos.

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Dias de grandes conquistas










Os últimos dias têm sido marcados por boas notícias para a educação em nosso país: Piso nacional para os professores, fim da incidência da DRU nas verbas da educação, aumento de 133% da produção científica, além da implantação do Reuni que tem ajudado na expansão do ensino superior brasileiro.
Foi aprovada pelo senado a promessa da campanha presidencial de 2006 com relação ao piso salarial nacional de R$ 950,00 para professores do ensino básico. A proposta depende agora de sanção do Presidente Lula, a partir daí os professores que ganharem menos do que o piso receberão um terço da diferença neste ano, outro terço em 2009 e mais um em 2010. A expectativa é que 1,5 milhão de professores sejam beneficiados com a medida.
Essa é uma ação de grande importância para acelerarmos a construção de um projeto de país que dê à educação o tratamento que é devido. Não é possível conceber uma educação de qualidade com salários tão baixos como os que são praticados em várias partes do país. Sabemos também que apenas os aumentos salariais não resolverão por si só a situação calamitosa na qual a educação brasileira se encontra, contudo, afirmamos que estamos, nesse momento, dando um grande passo.
A construção de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade depende, sobretudo da capacidade da sociedade e dos governantes de perceberem que é mais do que necessária a construção de uma profunda reforma do nosso sistema educacional. Uma reforma que elabore métodos pedagógicos eficazes, que possa ampliar ainda mais os investimentos, incentivar e fortalecer a participação da comunidade, investir na formação e na qualificação dos professores e equipar nossas escolas com material capaz de colocar os milhares de jovens em contato com as novas tecnologias.
E para garantir tudo isso ter profissionais bem pagos é fundamental. Um piso salarial dará aos docentes o testemunho do valor que a sociedade confere a sua profissão e representa o início da construção de um processo de valorização do magistério. Nesse sentido nosso objetivo deve ser garantir as condições para construir uma carreira digna para atrair bons profissionais.
Ainda no sentido de garantir mais verbas para a área da educação podemos comemorar o resultado da votação no Senado da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que acaba com incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre os recursos da educação, o que poderá representar um aumento de sete bilhões no orçamento da educação.
Essa proposta foi aprovada por unanimidade em segundo turno e seguirá agora para a Câmara dos Deputados. A PEC prevê que a desvinculação será gradativa a partir de 2009 e sua suspensão em 2011. Vale lembrar que a DRU é um mecanismo que garante ao governo federal gastar 20% de qualquer arrecadação sem justificar a destinação dos recursos. Ou seja, com a aprovação dessa nova PEC o governo não poderá mais mexer nas verbas destinadas à educação.
Outra boa notícia a ser comemorada é a confirmação do aumento da produção científica aqui no Brasil. Medida em números de artigos publicados em periódicos internacionais, a produção científica brasileira cresceu 133% nos últimos 10 anos.
Dentre os países chamados "em desenvolvimento" o Brasil só não cresceu mais do que a China que por sua vez quadruplicou a publicação de artigos. Com esse resultado o Brasil segue ocupando o 16º lugar em um ranking que lista 233 países. Esse desempenho de 2007 representa mais da metade de toda a produção científica da América Latina.
Por fim podemos falar de vitórias também na luta pela expansão da educação superior. Depois de muitos debates começamos a colher os frutos por ter apoiado e aprovado em várias universidades o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e a expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica.
O Reuni é uma vitória dos que defendem a expo crescimento e a democratização das universidades. Por causa dele foram aprovados, também no Senado Federal, dois Projetos de Lei que criam cerca de 50 mil cargos em Instituições Federais de Educação Profissional Tecnológica e de Ensino Superior. Essas vagas serão abertas ao longo dos próximos três anos e segundo o Ministério da Educação, a criação dos novos cargos visa dar suporte a implementação do Reuni.
Ainda estamos longe de alcançar o modelo educacional que buscamos, contudo, nunca é demais afirmar que os dias de hoje em nada nos lembra a situação vivida por nós antes de 2002.
Não queremos parar por aí. Para que o Brasil possa continuar nesse rumo é preciso que o Governo Lula continue fazendo sua parte. É necessário que faça a sanção do piso nacional do professor, assim como apoiar na Câmara dos Deputados o fim da DRU na educação.


Marcelo Gavião - Presidente Nacional da UJS

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Lula cobra explicação para 4° Frota de Intervenção

O presidente Lula cobrou ontem do governo Bush, no encerramento da 35ª Cúpula do Mercosul, em San Miguel de Tucumán (Argentina), uma explicação convincente sobre a reativação da 4ª Frota de Intervenção dos Estados Unidos, que deve começar a patrulhar águas sul-americanas no próximo dia 12. O chanceler Celso Amorim aguarda uma resposta da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, acerca da questão.
“Descobrimos petróleo a 300 quilômetros da nossa costa marítima. Qual é a lógica dessa 4ª frota se vivemos numa região pacífica? Nossa única guerra é contra a fome e a pobreza”, salientou o presidente brasileiro.
Lula somou sua voz à do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o primeiro a levantar a questão durante a cúpula (*). “Qual é a razão para que nos enviem essa tropa?”, questionou o líder da revolução bolivariana. “Não vão admitir que seja pelos recursos naturais da região. Não tenho dúvidas de que é uma ameaça e precisamos que alguém nos explique o porquê”, acrescentou.
Analistas com espírito crítico acreditam que as explicações oficiosas do império não são convincentes e traduzem pretextos parecidos com os que foram usados para justificar a guerra imperialista contra o Iraque em 2003. Para quem não se lembra, cabe recordar que à época o presidente Bush e seus prepostos juraram que o país árabe, então governado por Sadam Hussein, tinha produzido um grande arsenal de armas de destruição em massa e financiava o terrorismo.
As duas mentiras foram desmascaradas pela história, mas convém rememorá-las ao investigar os reais motivos que estão por trás desta atitude imperialista, que causou desconforto no Mercosul e se revela francamente hostil aos povos e nações latino-americanas. A 4ª Frota foi criada em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, para combater submarinos da Alemanha nazista. Em 1950 já tinha perdido o sentido e foi desativada. É considerado um instrumental de guerra tão poderoso quanto a 5ª Frota estacionada no explosivo Golfo Pérsico.
Amazônia
O presidente venezuelano citou reportagem feita pelo jornal argentino “Clarín” com especialistas em segurança internacional cuja conclusão é de que a iniciativa do governo Bush é, na realidade, um recado belicista e intimidante aos governos progressistas que foram eleitos em países como Brasil, Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, Uruguai e Paraguai, entre outros. Recentemente ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, também externou opinião semelhante.
Chávez alertou para o fato de que “a frota do império” pode cercar a América do Sul pelo mar e navios de guerra também poderiam entrar na região pelos rios Amazonas, da Prata (indo até o Paraná) e Orinoco, as principais vias fluviais da região. A Amazônia muito provavelmente é um dos alvos eleitos pelos EUA. Não será preciso muito esforço intelectual para entender que a reativação da frota está interligada ao debate sobre a “internacionalização” da Amazônia, que nega a soberania do Brasil e outros países latino-americanos sobre a vasta floresta, rica em biodiversidade e minérios.
Petróleo
É ingenuidade imaginar, como fazem os analistas identificados com os interesses do imperialismo, que o propósito dos Estados Unidos é pacífico e generoso. Conforme destacou o presidente Hugo Cháves, a América Latina é rica em petróleo, gás e outros recursos minerais, que são fundamentais em tempos de crise energética e alimentar como o atual.
A iniciativa dos Estados Unidos também tem a ver com a ofensiva imperialista contra os governos progressistas da América do Sul, na qual se destaca a tentativa de partir a Bolívia de Evo Morales em pedaços, a invasão do território equatoriano pela Colômbia em março deste ano, a desestabilização do governo Cristina Kirchner na Argentina e reiteradas iniciativas golpistas na Venezuela. As forças e organizações progressistas e os patriotas que defendem a soberania nacional dos países latino-americanos devem se conscientizar da gravidade deste acontecimento e tomar iniciativas para denunciar os propósitos do imperialismo e defender o direito à autodeterminação das nações e os interesses dos povos que habitam a região. Vivemos um cenário político novo, de mudanças e transições, mas não devemos perder de vista a possibilidade de retrocesso.

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REFLEXÕES DE FIDEL - 4° Frota de Intervenção


Há algum tempo Fidel lançou uma reflexão sobre a 4° Frota de intervenção dos Estados Unidos, que tem por objetivo, segundo fontes ligadas ao governo do império, de combater o narcotráfico na América Latina, realizar ajuda humanitária e exercícios militares conjuntos com aliados.
Por conhecidência pouco depois de o Brasil descobrir grandes jazidas de petróleo a 300 km da costa marítima do Brasil, inúmeras discussões sobre a Amazônia ser patrimônio da humanidade.
E em um momento, histórico único na América Latina onde governos progressistas tentam seguir uma linha contrária a do império, em defesa de soberania, integração e paz.
Essa reflexão é um pouco grande, mas deve ser lida, a cada dia os E.U viram mais seus olhos para Nossa América em especial para a Amazônia, não podemos esquecer as décadas de ditaduras implantadas por eles e que tivemos de enfrentar ao custo de milhares de vidas. Menos ainda que há anos sob a justificativa de armas químicas, que nunca existiram, massacram o povo iraquiano em busca de seus recursos naturais.



ENQUANTO elaborava uma reflexão sobre as relações de McCain com a máfia terrorista anti-cubana de Miami e outros temas que se relacionam, de interesse histórico, chegaram notícias sobre esse personagem que os falcões do império projetam como substituto de Bush: sua visita à Colômbia e ao México, que iniciará amanhã. Não é possível pô-las de lado, porque, de fato, confirmam as opiniões que, até agora, sustentamos. "McCain estará dois dias na Colômbia a partir de amanhã, terça-feira, e depois viajará para o México", segundo informa o jornal panamenho La Prensa.
"A IV Frota dos Estados Unidos patrulha novamente as águas latino-americanas", publica El Clarín, o órgão de imprensa de maior circulação na Argentina, "nesta oportunidade sob o comando do contra-almirante Joseph Kernan. O currículo de Kernan, até agora máximo chefe do Comando de Tácticas Especiais de Guerra Naval, não é menos preocupante", comenta o diário. "O marinheiro pertence ao grupo SEAL, um comando de elite com homens escolhidos para as mais difíceis operações especiais, preparados para agirem nas condições mais adversas e exigentes. Operaram no Vietnã, Camboja e Laos. A escolha de Kernan para a IV Frota, segundo admitiu o próprio Pentágono, é absolutamente inusual..." "Além do mais, com esta decisão, o Comando Sul ganhou a mesma importância que o Comando Central que opera com a V Frota no Golfo Pérsico."
"Quais as razões dos Estados Unidos para enviar uma força naval tão poderosa para uma região em paz, sem poderio nuclear, sem conflitos nem ameaças militares reais?" pergunta o jornal. "Jamais vão admitir que é por causa dos recursos naturais, mas não é coincidência que esta decisão apareça quando começa uma mudança estrutural da economia mundial, na qual as reservas de água doce, os alimentos e os recursos energéticos ganham posição como um valor estratégico importante", responde o professor Khatchik der Ghougassian, especialista em temas de segurança da Universidade argentina de San Andrés.
O professor acrescenta que "não ocultam a grande importância que têm os mares do sul do Hemisfério Ocidental e admitem que será aumentada a capacidade de atuar, portanto, a IV Frota supervisará navios e aviões, incluindo os civis e comerciais, que naveguem pelo sul dos Estados Unidos".
"James Stavridis, o atual chefe do Comando Sul", prossegue El Clarín, "acrescentou ao narcotráfico, a luta contra o terrorismo e a possibilidade de responder à migração em massa de refugiados de países como o Haiti ou Cuba. James Stevenson, comandante da Marinha do Comando Sul, precisou que seus navios chegarão até o grande sistema de rios na América do Sul, navegando pelas águas marrons ainda mais do que pelas tradicionais águas azuis. Isto é, um amplo controle no interior do território latino-americano." O Comando Sul desenvolve uma atividade social, como distribuição de alimentos ou medicamentos, que lhe permite convencer o Congresso norte-americano de que esta intervenção é justificada", acrescentou o jornal argentino.Por seu lado, El Universal, do México, sob o título "John Mc Cain irá da Basílica a Iztapalapa", publica:"John Mc Cain não viajará ao México só para fazer política. Ou talvez não apenas política partidária. O candidato republicano visitará a Basílica de Guadalupe. “Também visitará um dos bairros corajosos da Cidade do México.”
"A visita que McCain fará à Colômbia e ao México mantém sua equipe de colaboradores trabalhando horas extras, inclusive os fins de semana" — comenta o jornal. "No sábado à noite, um evento que estava organizado como brinde de despedida, após o encerramento da Conferência Nacional da Associação de Oficiais Latinos Eleitos (NALEO, por suas siglas em inglês), converteu-se numa mesa de discussões sobre o alcance de sua viagem à América Latina... acordará cedo para participar de uma entrevista com o noticiário da Televisa. Depois irá para o norte da cidade, onde fará uma visita de meia hora à Basílica de Guadalupe... participará de um almoço com membros da Câmara Americana do Comércio no México. Mais tarde terá um encontro com empresários mexicanos e estadunidenses... terminará com uma visita ao bairro de Iztapalapa, onde conhecerá das estratégias de combate ao crime organizado e a favor da unidade comunitária."
Enquanto são inúmeros os comentários a respeito do candidato republicano, no sul da Flórida há assentadas 52.521 pessoas com mais de um milhão de dólares, segundo o último relatório detalhado de uma importante entidade pesquisadora. Quase todos os capitais provieram da América Latina.
McCain, homem que não é conhecido como piedoso acha que rezando na Basílica de Guadalupe enganará católicos, protestantes, brancos, negros, índios e mestiços, nos países onde, ao contrário, a pobreza extrema cresce dia após dia.O jornal Granma publicou hoje em sua primeira página: "Nos Estados Unidos multam linha aérea por violar bloqueio contra Cuba", entretanto um órgão de imprensa mexicano fala que por volta de 57 mil cubanos chegaram a esse país entre 2005 e 2007. Como é sabido, 20 mil cubanos de diversas idades, à exceção daqueles que cumprem algum dever social ineludível, são legalmente autorizados todos os anos a emigrarem para esse país; viajam de forma segura, tanto crianças quanto adultos receberam educação e gozam de boa saúde. É um sacrifício que, em favor da reunificação familiar, Cuba oferece.
Aqueles que, atraídos pela cínica Lei de Ajuste Cubano, o fazem diretamente ou por terceiros países, de maneira clandestina ou sob qualquer manto legal, não só cometem uma falta desprezível de ética, mas privam a economia de nosso país, de especialistas e pessoas qualificadas. É o roubo descarado de cérebros e de braços produtivos que nossa pátria, em sua luta heróica, está no dever de combater firmemente.Nos próximos dias publicarei a reflexão que tinha preparada. Vale a pena conhecer a verdadeira história.
Fidel Castro Ruz

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RESERVA DE VAGAS É APROVADA

Uma das bandeiras históricas do Movimento Estudantil foi aprovada pela Comissão de Educação do Senado ontem a tarde. Desde 2002 à UJS Caxias e também a União Caxiense de Estudantes Secundaristas (UCES) já organizavam debates e passeatas pela Reserva de Vagas.
Essa é mais uma prova de que as lutas da juventude e dos estudantes podem alcançar grandes conquistas.
A Reserva de 50% das Vagas de Universidade Pública e na educação profissional para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino fundamental em escolas públicas.
De acordo com o projeto, essas vagas deverão ser preenchidas, em cada curso e em cada turno, por estudantes que se declarem negros e índios, pelo menos em igual proporção à participação de negros e índios na população da unidade da federação onde for instalada a instituição de ensino. Por emenda apresentada pelo relator, senador Paulo Paim (PT-RS), pessoas com deficiência terão acesso às vagas reservadas independentemente do fato de terem cursado a educação básica em escolas públicas.

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© 2008 Por Giovane D. Zuanazzi , Douglas T. Finger