A Ubes é da nação, mas nasceu carioca. Fundada em 1948, na Praia do Flamengo, número 132, ainda 'criança', na década de 50 e ao lado da UNE, foi uma das protagonistas da vitoriosa campanha “O Petróleo é nosso”, que culminou em uma das maiores conquistas do nosso povo: a Petrobras. A entidade destacou-se nas lutas pelo fim da ditadura militar e pela redemocratização do país.
Nos anos 80, lá estava a Ubes nas articulações pela aprovação do voto aos 16 anos. Essa conquista, somada a outras, possibilitou à juventude maior poder de protagonismo nas eleições, elegendo inúmeros candidatos - jovens ou não - à diversos espaços institucionais no país. Isso contribuiu para a elaboração, proposição e execução de projetos de seu interesse junto à sociedade e à governos. Graças a lei do voto aos 16, milhares de jovens com até 17 anos poderão dar o seu primeiro voto nestas eleições municipais de 2008.
Em 1992, a luta pela derrubada de Fernando Collor do governo central foi majoritariamente impulsionada por milhares de estudantes secundaristas que brotavam, como estrelas, das mais diferentes ruas do país. Fernando Henrique Cardoso também experimentou o espírito dessa onda de mobilizações nos difíceis anos do seu governo neoliberal.
Uma nova escola para um novo Brasil
A Ubes teve papel destacado na eleição e reeleição do presidente Lula e hoje, nos marcos desse momento de maior democracia, a entidade luta incessantemente por uma nova escola, bem diferente daquela que ainda temos hoje no país.
Defendemos uma escola que, além de valorizar a cultura e a história afro-brasileira, ensine sociologia e filosofia no ensino médio, que garanta materiais didáticos aos estudantes, bibliotecas, laboratórios de ciências e de informática com acesso à banda larga, que seja um espaço onde a comunidade escolar (funcionários, estudantes, pais e professores) tenham o direito de eleger seu diretor e participar da gestão através dos conselhos escolares, dos grêmios estudantis e demais instrumentos de participação.
Lutamos por uma escola que valorize o profissional de educação com salários dignos e boas condições de trabalho e que sirva ao desenvolvimento nacional e à soberania do Brasil.
Também queremos uma escola que apresente futuro, que esteja aberta à toda a comunidade por período integral, com atividades extra-curriculares ligadas à ciência, ao lazer, ao esporte, à educação, à cultura e ao incentivo da profissionalização. Um lugar onde se possa sonhar grande, seja com um diploma de Medicina em uma universidade pública, seja com uma medalha para o Brasil nas Olimpíadas, seja com um espaço no mercado de trabalho digno e valorizado.
É no caminho dessa luta que a Ubes completa 60 anos. É se inspirando na história da entidade que nos sentimos preparados para superar os desafios do presente e construir os sonhos do futuro. Nos próximos 60 anos - que certamente serão de muitas conquistas na defesa de uma nova escola e de um país mais justo - como muitos antes de mim, acompanharei os passos dessa velha amiga e sei que nela sempre verei o sorriso da criança inquieta e traquinas, mas que também é séria e faz valer à pena uma vida de sonhos e de lutas.
Viva o Brasil, Viva a Ubes e os estudantes!
*Thiago Mayworm é diretor de Políticas Institucionais da Ubes.
Nos anos 80, lá estava a Ubes nas articulações pela aprovação do voto aos 16 anos. Essa conquista, somada a outras, possibilitou à juventude maior poder de protagonismo nas eleições, elegendo inúmeros candidatos - jovens ou não - à diversos espaços institucionais no país. Isso contribuiu para a elaboração, proposição e execução de projetos de seu interesse junto à sociedade e à governos. Graças a lei do voto aos 16, milhares de jovens com até 17 anos poderão dar o seu primeiro voto nestas eleições municipais de 2008.
Em 1992, a luta pela derrubada de Fernando Collor do governo central foi majoritariamente impulsionada por milhares de estudantes secundaristas que brotavam, como estrelas, das mais diferentes ruas do país. Fernando Henrique Cardoso também experimentou o espírito dessa onda de mobilizações nos difíceis anos do seu governo neoliberal.
Uma nova escola para um novo Brasil
A Ubes teve papel destacado na eleição e reeleição do presidente Lula e hoje, nos marcos desse momento de maior democracia, a entidade luta incessantemente por uma nova escola, bem diferente daquela que ainda temos hoje no país.
Defendemos uma escola que, além de valorizar a cultura e a história afro-brasileira, ensine sociologia e filosofia no ensino médio, que garanta materiais didáticos aos estudantes, bibliotecas, laboratórios de ciências e de informática com acesso à banda larga, que seja um espaço onde a comunidade escolar (funcionários, estudantes, pais e professores) tenham o direito de eleger seu diretor e participar da gestão através dos conselhos escolares, dos grêmios estudantis e demais instrumentos de participação.
Lutamos por uma escola que valorize o profissional de educação com salários dignos e boas condições de trabalho e que sirva ao desenvolvimento nacional e à soberania do Brasil.
Também queremos uma escola que apresente futuro, que esteja aberta à toda a comunidade por período integral, com atividades extra-curriculares ligadas à ciência, ao lazer, ao esporte, à educação, à cultura e ao incentivo da profissionalização. Um lugar onde se possa sonhar grande, seja com um diploma de Medicina em uma universidade pública, seja com uma medalha para o Brasil nas Olimpíadas, seja com um espaço no mercado de trabalho digno e valorizado.
É no caminho dessa luta que a Ubes completa 60 anos. É se inspirando na história da entidade que nos sentimos preparados para superar os desafios do presente e construir os sonhos do futuro. Nos próximos 60 anos - que certamente serão de muitas conquistas na defesa de uma nova escola e de um país mais justo - como muitos antes de mim, acompanharei os passos dessa velha amiga e sei que nela sempre verei o sorriso da criança inquieta e traquinas, mas que também é séria e faz valer à pena uma vida de sonhos e de lutas.
Viva o Brasil, Viva a Ubes e os estudantes!
*Thiago Mayworm é diretor de Políticas Institucionais da Ubes.
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