Em entrevista à página da UJS (www.ujs.org.br) Marcio Cabral, responsavel pelo ME universitário fala do CONEB da UNE...
O que é o movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'', que mensagem que ele procura passar?
Márcio Cabral: O movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'' é inspirado na linda música O Homem falou, composta por Gonzaguinha e depois regravada pela Maria Rita. Acho que esse nome tem tudo a ver com a conjuntura política e aponta perspectivas. Veja só: o neoliberalismo vive uma crise gravíssima que tem origem nos EUA. Quem aponta a saída da crise são justamente os países que têm questionado as políticas neoliberais, as nações em desenvolvimento que não caíram na cantilena de que o mercado se auto-regula e apontam para o enfrentamento aos especuladores, por garantia dos direitos sociais, por geração de empregos e investimentos em políticas sociais. Em última análise, a crise mostra que o neoliberalismo fracassou e nós, que o combatemos, vamos vencer, pois a união dessas nações pode trazer a novidade, um mundo novo. O Brasil e outros países da América Latina estão engajados na construção desse mundo novo.
Qual a correspondência dessa novidade para a educação?
MC: Na educação a palavra chave, a novidade é democracia. A democracia no sentido amplo, que abra a universidade aos interesses da nossa nação e do nosso povo. Teremos em 2010 um Conferência Nacional para construir o Plano Nacional de Educação que vai vigorar de 2011 a 2020, portanto, é um momento de luta política que pode efetivamente trazer uma nova concepção para a universidade. Por isso, o movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'' vai chamar os centros acadêmicos para um grande debate educacional, pautado numa radical ampliação do acesso com garantia de qualidade, com garantia de financiamento público. Queremos pelo menos 50% de vagas no ensino superior gratuito até 2020, entre vagas em universidades públicas e no ProUni. É preciso também resolver o problema da permanência do estudante, para o que propomos a criação de um fundo nacional de assistência estudantil.Também queremos democratizar a estrutura acadêmica, reestruturação curricular e do corpo docente. Queremos paridade de representação, instituição do ciclo básico e fortalecimento da pesquisa e da extensão. E tem mais. É preciso que se regulamente o ensino privado a partir da concepção de que a educação é serviço público, embora nesse caso em regime de concessão. Mas o princípio é atender à necessidade pública. Por isso, o ensino deve ter qualidade, não pode ter capital estrangeiro porque é ofensivo à soberania do país. Tem que ter mensalidade justa e tem que haver punição a quem trata a educação como mercadoria, como aconteceu no absurdo caso do SPC da Educação.
Qual a expectativa para o Coneb?
MC: Temos as melhores expectativas. Do ponto de vista político, o movimento estudantil universitário tem demonstrado força, tanto através das ocupações de reitorias nas universidades públicas, quanto pela maior organização de entidades nas instituições privadas. Além disso, o movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'' pretende fazer uma ampla aliança, a partir de muito debate de propostas, para lutarmos todos por uma universidade capaz de responder aos anseios da sociedade e do país. O Coneb também pode ser compreendido como um início de construção do Congresso da UNE. Por isso, nosso movimento vai dialogar com centro acadêmicos em todo o Brasil, especialmente os organizados nas maiores universidades e nos centros políticos.
O que é o movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'', que mensagem que ele procura passar?
Márcio Cabral: O movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'' é inspirado na linda música O Homem falou, composta por Gonzaguinha e depois regravada pela Maria Rita. Acho que esse nome tem tudo a ver com a conjuntura política e aponta perspectivas. Veja só: o neoliberalismo vive uma crise gravíssima que tem origem nos EUA. Quem aponta a saída da crise são justamente os países que têm questionado as políticas neoliberais, as nações em desenvolvimento que não caíram na cantilena de que o mercado se auto-regula e apontam para o enfrentamento aos especuladores, por garantia dos direitos sociais, por geração de empregos e investimentos em políticas sociais. Em última análise, a crise mostra que o neoliberalismo fracassou e nós, que o combatemos, vamos vencer, pois a união dessas nações pode trazer a novidade, um mundo novo. O Brasil e outros países da América Latina estão engajados na construção desse mundo novo.
Qual a correspondência dessa novidade para a educação?
MC: Na educação a palavra chave, a novidade é democracia. A democracia no sentido amplo, que abra a universidade aos interesses da nossa nação e do nosso povo. Teremos em 2010 um Conferência Nacional para construir o Plano Nacional de Educação que vai vigorar de 2011 a 2020, portanto, é um momento de luta política que pode efetivamente trazer uma nova concepção para a universidade. Por isso, o movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'' vai chamar os centros acadêmicos para um grande debate educacional, pautado numa radical ampliação do acesso com garantia de qualidade, com garantia de financiamento público. Queremos pelo menos 50% de vagas no ensino superior gratuito até 2020, entre vagas em universidades públicas e no ProUni. É preciso também resolver o problema da permanência do estudante, para o que propomos a criação de um fundo nacional de assistência estudantil.Também queremos democratizar a estrutura acadêmica, reestruturação curricular e do corpo docente. Queremos paridade de representação, instituição do ciclo básico e fortalecimento da pesquisa e da extensão. E tem mais. É preciso que se regulamente o ensino privado a partir da concepção de que a educação é serviço público, embora nesse caso em regime de concessão. Mas o princípio é atender à necessidade pública. Por isso, o ensino deve ter qualidade, não pode ter capital estrangeiro porque é ofensivo à soberania do país. Tem que ter mensalidade justa e tem que haver punição a quem trata a educação como mercadoria, como aconteceu no absurdo caso do SPC da Educação.
Qual a expectativa para o Coneb?
MC: Temos as melhores expectativas. Do ponto de vista político, o movimento estudantil universitário tem demonstrado força, tanto através das ocupações de reitorias nas universidades públicas, quanto pela maior organização de entidades nas instituições privadas. Além disso, o movimento ''Da Unidade Vai Nascer a Novidade'' pretende fazer uma ampla aliança, a partir de muito debate de propostas, para lutarmos todos por uma universidade capaz de responder aos anseios da sociedade e do país. O Coneb também pode ser compreendido como um início de construção do Congresso da UNE. Por isso, nosso movimento vai dialogar com centro acadêmicos em todo o Brasil, especialmente os organizados nas maiores universidades e nos centros políticos.
Fonte: http://www.ujs.org.br/
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