Educação é arma contra programas ruins na TV

Feit, que trabalha diretamente com rádios comunitárias, diz que localmente as emissoras têm mais audiência do que as redes de TV. No entanto, perdem na análise mais global, de todo o país. Um dos motivos é que os programas televisivos considerados "de baixaria" acabam estimulando a violência e a sexualidade no espectador, que assim fica preso à TV.

"Se a gente fizer uma medição de audiência de rádios comunitárias que transmitem produção local, das comunidades onde estão instaladas em comparação á mídia televisiva, você vai ter uma audiência muito maior na comunitária", diz.

A educação é uma forte arma contra a chamada "ditadura da TV". O advogado e coordenador da campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania, Augustino Feit, aposta na mudança cultural da população para forçar as emissoras a tirarem do ar os programas violentos, de forte exposição sexual ou que humilham as pessoas.

Feit refuta o argumento das emissoras, de que as pessoas assistem aos programas porque querem. Ele diz que a população, principalmente a mais pobre, acaba não tendo alternativa como ir ao parque e ao cinema ou teatro, e assim acaba restrita à televisão.

"Não querem não. O que acontece é que falta alternativas. As televisões dizem que se você não gosta de um programa você tem a possibilidade de pegar o controle remoto e mudar de canal. Mas se você pegar a TV aberta, que chega a 90% da população, são obrigados a assistir aquilo que é levado pelas grandes tvs", afirma.

A campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania tem um ranking de reclamações da população sobre os programas considerados de má qualidade. A Rede TV lidera a lista.

FONTE: Agência Chasque

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© 2008 Por Giovane D. Zuanazzi , Douglas T. Finger