Há algum tempo Fidel lançou uma reflexão sobre a 4° Frota de intervenção dos Estados Unidos, que tem por objetivo, segundo fontes ligadas ao governo do império, de combater o narcotráfico na América Latina, realizar ajuda humanitária e exercícios militares conjuntos com aliados.
Por conhecidência pouco depois de o Brasil descobrir grandes jazidas de petróleo a 300 km da costa marítima do Brasil, inúmeras discussões sobre a Amazônia ser patrimônio da humanidade.
E em um momento, histórico único na América Latina onde governos progressistas tentam seguir uma linha contrária a do império, em defesa de soberania, integração e paz.
Essa reflexão é um pouco grande, mas deve ser lida, a cada dia os E.U viram mais seus olhos para Nossa América em especial para a Amazônia, não podemos esquecer as décadas de ditaduras implantadas por eles e que tivemos de enfrentar ao custo de milhares de vidas. Menos ainda que há anos sob a justificativa de armas químicas, que nunca existiram, massacram o povo iraquiano em busca de seus recursos naturais.
ENQUANTO elaborava uma reflexão sobre as relações de McCain com a máfia terrorista anti-cubana de Miami e outros temas que se relacionam, de interesse histórico, chegaram notícias sobre esse personagem que os falcões do império projetam como substituto de Bush: sua visita à Colômbia e ao México, que iniciará amanhã. Não é possível pô-las de lado, porque, de fato, confirmam as opiniões que, até agora, sustentamos. "McCain estará dois dias na Colômbia a partir de amanhã, terça-feira, e depois viajará para o México", segundo informa o jornal panamenho La Prensa.
"A IV Frota dos Estados Unidos patrulha novamente as águas latino-americanas", publica El Clarín, o órgão de imprensa de maior circulação na Argentina, "nesta oportunidade sob o comando do contra-almirante Joseph Kernan. O currículo de Kernan, até agora máximo chefe do Comando de Tácticas Especiais de Guerra Naval, não é menos preocupante", comenta o diário. "O marinheiro pertence ao grupo SEAL, um comando de elite com homens escolhidos para as mais difíceis operações especiais, preparados para agirem nas condições mais adversas e exigentes. Operaram no Vietnã, Camboja e Laos. A escolha de Kernan para a IV Frota, segundo admitiu o próprio Pentágono, é absolutamente inusual..." "Além do mais, com esta decisão, o Comando Sul ganhou a mesma importância que o Comando Central que opera com a V Frota no Golfo Pérsico."
"Quais as razões dos Estados Unidos para enviar uma força naval tão poderosa para uma região em paz, sem poderio nuclear, sem conflitos nem ameaças militares reais?" pergunta o jornal. "Jamais vão admitir que é por causa dos recursos naturais, mas não é coincidência que esta decisão apareça quando começa uma mudança estrutural da economia mundial, na qual as reservas de água doce, os alimentos e os recursos energéticos ganham posição como um valor estratégico importante", responde o professor Khatchik der Ghougassian, especialista em temas de segurança da Universidade argentina de San Andrés.
O professor acrescenta que "não ocultam a grande importância que têm os mares do sul do Hemisfério Ocidental e admitem que será aumentada a capacidade de atuar, portanto, a IV Frota supervisará navios e aviões, incluindo os civis e comerciais, que naveguem pelo sul dos Estados Unidos".
"James Stavridis, o atual chefe do Comando Sul", prossegue El Clarín, "acrescentou ao narcotráfico, a luta contra o terrorismo e a possibilidade de responder à migração em massa de refugiados de países como o Haiti ou Cuba. James Stevenson, comandante da Marinha do Comando Sul, precisou que seus navios chegarão até o grande sistema de rios na América do Sul, navegando pelas águas marrons ainda mais do que pelas tradicionais águas azuis. Isto é, um amplo controle no interior do território latino-americano." O Comando Sul desenvolve uma atividade social, como distribuição de alimentos ou medicamentos, que lhe permite convencer o Congresso norte-americano de que esta intervenção é justificada", acrescentou o jornal argentino.Por seu lado, El Universal, do México, sob o título "John Mc Cain irá da Basílica a Iztapalapa", publica:"John Mc Cain não viajará ao México só para fazer política. Ou talvez não apenas política partidária. O candidato republicano visitará a Basílica de Guadalupe. “Também visitará um dos bairros corajosos da Cidade do México.”
"A visita que McCain fará à Colômbia e ao México mantém sua equipe de colaboradores trabalhando horas extras, inclusive os fins de semana" — comenta o jornal. "No sábado à noite, um evento que estava organizado como brinde de despedida, após o encerramento da Conferência Nacional da Associação de Oficiais Latinos Eleitos (NALEO, por suas siglas em inglês), converteu-se numa mesa de discussões sobre o alcance de sua viagem à América Latina... acordará cedo para participar de uma entrevista com o noticiário da Televisa. Depois irá para o norte da cidade, onde fará uma visita de meia hora à Basílica de Guadalupe... participará de um almoço com membros da Câmara Americana do Comércio no México. Mais tarde terá um encontro com empresários mexicanos e estadunidenses... terminará com uma visita ao bairro de Iztapalapa, onde conhecerá das estratégias de combate ao crime organizado e a favor da unidade comunitária."
Enquanto são inúmeros os comentários a respeito do candidato republicano, no sul da Flórida há assentadas 52.521 pessoas com mais de um milhão de dólares, segundo o último relatório detalhado de uma importante entidade pesquisadora. Quase todos os capitais provieram da América Latina.
McCain, homem que não é conhecido como piedoso acha que rezando na Basílica de Guadalupe enganará católicos, protestantes, brancos, negros, índios e mestiços, nos países onde, ao contrário, a pobreza extrema cresce dia após dia.O jornal Granma publicou hoje em sua primeira página: "Nos Estados Unidos multam linha aérea por violar bloqueio contra Cuba", entretanto um órgão de imprensa mexicano fala que por volta de 57 mil cubanos chegaram a esse país entre 2005 e 2007. Como é sabido, 20 mil cubanos de diversas idades, à exceção daqueles que cumprem algum dever social ineludível, são legalmente autorizados todos os anos a emigrarem para esse país; viajam de forma segura, tanto crianças quanto adultos receberam educação e gozam de boa saúde. É um sacrifício que, em favor da reunificação familiar, Cuba oferece.
Aqueles que, atraídos pela cínica Lei de Ajuste Cubano, o fazem diretamente ou por terceiros países, de maneira clandestina ou sob qualquer manto legal, não só cometem uma falta desprezível de ética, mas privam a economia de nosso país, de especialistas e pessoas qualificadas. É o roubo descarado de cérebros e de braços produtivos que nossa pátria, em sua luta heróica, está no dever de combater firmemente.Nos próximos dias publicarei a reflexão que tinha preparada. Vale a pena conhecer a verdadeira história.
Fidel Castro Ruz
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