Aniversário Revolução Cubana: Cubanos querem ver Fidel na festa dos 50 anos

O 50º aniversário do triunfo da Revolução Cubana será celebrado na próxima quinta-feira, em Santiago de Cuba, onde o presidente Raúl Castro discursará, enquanto a população espera ver Fidel Castro, pois acredita que "ou (Fidel) será visto agora, ou nunca mais".
Visto em público pela última vez no dia 26 de julho de 2006, Fidel Castro, de 82 anos, renunciou à presidência por problemas de saúde no último mês de fevereiro, deixando o cargo ao seu irmão.
O presidente Raúl Castro discursará no mesmo lugar de onde Fidel, em 1959, anunciou ao mundo a vitória sobre Fulgencio Batista, antes de ir para Havana, onde chegou no dia 8 de janeiro daquele ano.
"A revolução começa agora, a revolução não será uma tarefa fácil, a revolução será uma empreitada dura e cheia de perigos", declarou Fidel em Santiago de Cuba, quando tinha 32 anos. Naquele dia estavam no palco sua amiga inseparável Celia Sánchez, seu irmão, Raúl Castro, e Vilma Espín, esposa do atual governante.
Para os festejos, foi restaurado o edifício da prefeitura local, seguindo um projeto de 1738 de inspiração colonial, que nunca foi executado.
Apesar de toda a preparação, para a população cubana a festa estará completa somente com a presença de Fidel. María Ferrer, dona da casa de 48 anos, declarou à ANSA que "seria uma grandíssima surpresa a presença de Fidel".
Da mesma opinião é a economista Magdalena Chacón, de 50 anos. "Está previsto que fale do palco a máxima autoridade. Todos gostaríamos que fosse Fidel", explicou.
A cidade de Santiago fica a 900 quilômetros de Havana e tem 500 mil habitantes, que viram Fidel pela última vez no dia 26 de julho de 2003, no aniversário da invasão fracassada ao Quartel Moncada. A invasão frustrada, liderada por Fidel, é considerada o episódio de fundação da revolução.

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Aniversário da Revolução Cubana: PCdoB saúda cinquentenário da Revolução Cubana

O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), saudou, em mensagem enviada nesta terça-feira (30) ao presidente de Cuba, Raul Castro, e ao Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, os cinqüenta anos da Revolução Cubana.
''O cinqüentenário da primeira revolução popular vitoriosa na América Latina, que resultou na construção do socialismo em seu país, agiganta-se diante da hedionda e intolerável realidade do mundo capitalista'', afirma a saudação.


''A Revolução Cubana deixou importantes lições para as atuais gerações de lutadores. Desde o início, foi marcada pelo despertar das energias criadoras das massas populares na construção da nova sociedade. Por isso, desde a origem, é radicalmente democrática, estimula a mobilização e a participação organizada das massas'', continua.

Leia abaixo a íntegra da saudação.


Saudação do Partido Comunista do Brasil por ocasião do 50º Aniversário da Revolução Cubana

Ao Comandante Raul Castro

Ao Comitê Central do Partido Comunista de Cuba

Por ocasião do transcurso do 50º aniversário da Revolução Cubana, em 1º de janeiro de 2009, o Comitê Central do Partido Comunista do Brasil, em nome de todos os seus militantes e dirigentes, envia uma vibrante e calorosa saudação ao povo cubano, em especial aos comandantes Fidel Castro e Raul Castro e ao Partido Comunista de Cuba.

O cinqüentenário da primeira revolução popular vitoriosa na América Latina, que resultou na construção do socialismo em seu País, agiganta-se diante da hedionda e intolerável realidade do mundo capitalista. O contundente fracasso do neoliberalismo e do próprio capitalismo, ainda que não faça cair de maduro esse sistema baseado na opressão e exploração dos trabalhadores e dos povos, representa duro golpe na ideologia dominante, ressalta a justeza do caminho do socialismo e faz emergir uma nova situação no mundo, a um só tempo repleta de tensões e de potencialidades para a luta dos povos. Esta nova situação ressalta ainda mais a atualidade da Revolução Cubana e o significado do seu cinqüentenário.

De dimensões épicas e caráter antiimperialista e popular, a Revolução Cubana de 1959 constitui um acontecimento dos mais importantes na longa e sinuosa trajetória dos povos e nações do mundo pela emancipação dos explorados e oprimidos, pela libertação nacional e social, pela democracia, a paz, a justiça e o socialismo. Inspirou milhões de pessoas na América Latina e em todo o mundo a seguir o caminho revolucionário, em especial a juventude ávida por mudanças.

Desde o período colonial, o povo cubano deu contribuições às causas mais avançadas na América Latina e Caribe. A figura do patriota cubano José Marti, pensador e lutador da causa da independência, perfila na galeria de grandes libertadores e independentistas latino-americanos como Simon Bolívar, Antonio José de Sucre, José Rodriguez de Francia, José de San Martin, José Artigas, Bernardo O’Higgins e José Bonifácio de Andrada e Silva.

Para o povo cubano, como sempre ressalta o Partido Comunista de Cuba, a Revolução de 1959 é a sua segunda e definitiva independência. O socialismo, ao unir amplamente o povo e a nação no sentido do progresso material e espiritual, é a garantia da manutenção da soberania e independência de Cuba, sempre ameaçada pela superpotência imperialista estadunidense. Muito precocemente, apenas dois anos após a independência de Cuba do domínio espanhol em 1898, os Estados Unidos no limiar do século 20 se auto-outorgavam o direito à intervenção na Ilha, com a Emenda Platt, sucedendo-se a partir daí inúmeras medidas visando a recolonizar Cuba.

Mais de meio século depois, ainda se fazem sentir as repercussões do heróico gesto dos revolucionários cubanos, quando em 26 de julho de 1953, realizou-se o assalto ao Quartel de Moncada, sob comando de Fidel, numa corajosa reação à instauração da ditadura batistiana em 1952. Era o ato inaugural da luta revolucionária que triunfaria em 1º de janeiro de 1959. Depois de encarcerado devido ao assalto a Moncada, o próprio Fidel Castro defende-se em seu julgamento. “A História me absolverá”, texto que se tornou mundialmente célebre, é uma bela peça da literatura política em favor da libertação do povo cubano, um libelo impregnado de ética revolucionária, que até hoje inspira as lutas de libertação pelo mundo.

Foi também de significação transcendental a fundação, por Fidel e outros jovens, como Raul Castro e Ernesto Che Guevara, do Movimento 26 de Julho, de inspiração revolucionária e patriótica, que organiza a instalação de um agrupamento guerrilheiro na ilha a partir do desembarque do Iate Granma, proveniente do México, que chega ao leste de Cuba em dezembro de 1956. Surge então o Exército Rebelde, uma guerrilha com força crescente e complementada pelas greves e lutas populares nos centros urbanos. Baseadas inicialmente na Sierra Maestra, próxima a Santiago de Cuba, as forças guerrilheiras em não muitos meses se expandem e ganham prestígio, logrando derrotar as forças batistianas já em meados de 1958. A partir de então, promovem uma ofensiva final que resulta na derrubada da ditadura em 1º de janeiro de 1959.

Fidel Castro, comandante-em-chefe do vitorioso Exército Rebelde, entra em Havana em 08 de janeiro de 1959. A vitória da luta guerrilheira e popular em Cuba, removendo uma sanguinária ditadura e o domínio dos Estados Unidos sobre o país, inspira os povos latino-americanos e abre nova fase na luta pela libertação no continente.


As provocações e ações terroristas contra Cuba, com o intuito de derrubar o novo governo revolucionário, não tardam a se manifestar. Já em março de 1960, o cargueiro belga La Coubre, carregado de armamentos, explode na Baía de Havana, causando a morte de mais de cem pessoas, numa ação da CIA. No dia seguinte ao ataque, Fidel Castro proclama: “agora, nossa disjuntiva será pátria ou morte”, consigna que permanece atual. Desde então, não houve um só momento ao longo destas cinco décadas em que não tenham ocorrido atentados terroristas e outros tipos de provocações a partir dos Estados Unidos.


A Revolução Cubana, na medida em que aprofundava e consolidava sua opção pela independência e soberania e pelo progresso social, mais se aproximava do socialismo, cuja edificação se incrementou a partir da proclamação do caráter socialista da Revolução em abril de 1961. Imediatamente depois, um numeroso e bem armado exército mercenário, treinado nos Estados Unidos, promove um desembarque em Playa Giron, na Baía dos Porcos, ação que, a despeito da magnitude, é derrotada em três dias, numa grande vitória das forças revolucionárias, mercê da clarividência e espírito de decisão de Fidel e do heroísmo popular.


A Revolução Cubana deixou importantes lições para as atuais gerações de lutadores. Desde o início, foi marcada pelo despertar das energias criadoras das massas populares na construção da nova sociedade. Por isso, desde a origem, é radicalmente democrática, estimula a mobilização e a participação organizada das massas, como demonstrou, já nos primeiros anos, a vitoriosa Campanha de Alfabetização de 1961, que em pouco tempo erradica o analfabetismo, com a mobilização de milhares de jovens voluntários. Também as mulheres desempenharam papel destacado nesta e em outras vitoriosas realizações da Revolução. Outra marca constitutiva fundamental da Revolução Cubana é o internacionalismo, expresso na solidariedade do povo cubano aos trabalhadores e povos de todo o mundo, mesmo nos períodos de maiores dificuldades materiais.


Papel destacado na consolidação das vitórias da Revolução e na construção do socialismo tem sido desempenhado pelo Partido Comunista de Cuba, síntese de três organizações revolucionárias, reunidas inicialmente no Partido Unido da Revolução Socialista de Cuba: o Movimento 26 de Julho (a organização-base do Exercito Rebelde), o Diretório Revolucionário 13 de Março e o Partido Socialista Popular, nome que havia tomado o Partido Comunista Cubano fundado por Julio Antonio Mella, ainda em 1926. Desde então, o Partido Comunista de Cuba, patriótico, martiano e marxista-leninista, herdeiro do Partido Revolucionário Cubano de José Martí, é a força de vanguarda que conduz a heróica luta de resistência e de construção do socialismo cubano.


Desde os primeiros anos, a Revolução Cubana enfrenta vitoriosamente o desafio de construir o socialismo num contexto de brutal hostilidade e rígido bloqueio econômico promovido pela superpotência estadunidense. Não obstante esta pesada condicionante, ao longo de cinqüenta anos a Revolução Cubana conquistou inúmeros progressos civilizatórios para o povo cubano, em suas condições sociais e culturais e na formação de importante capital humano.


Cuba socialista enfrentou altaneiramente também as novas condições criadas pelo fim do campo socialista, que provocou duros impactos econômicos sobre o País e alterou negativamente a correlação de forças no campo internacional, gerando condições propícias à contra-revolução e à ofensiva do imperialismo. Com a instauração do domínio unipolar no mundo e a hegemonia das idéias neoliberais, Cuba passou a defrontar-se com obstáculos adicionais. Esse ambiente de grandes dificuldades, no início dos anos 1990, marca o início da vigência do “período especial”. O povo cubano, com o Partido Comunista e Fidel no comando, enfrentou heroicamente a nova situação, manteve suas conquistas, sua dignidade e a independência nacional.


A resistência do povo cubano foi um dos fatores decisivos para a mudança do quadro político na região da América Latina e do Caribe. De uma década para cá, a partir da vitória bolivariana na Venezuela, os povos latino-americanos e caribenhos têm alcançado importantes conquistas de sentido democrático, progressista e antiimperialista. O quadro começou a mudar. Do prolongado período de resistência durante as décadas de absoluta hegemonia neoliberal, os povos de nossa região passaram a viver um período de esperança e de mudanças, com ritmos diferenciados, mas com sentido comum, de conquista de mais soberania, mais desenvolvimento econômico e social e mais democracia e direitos para nossos povos.


Exemplo mais recente disto foi a realização em dezembro último, em Salvador da Bahia, no nordeste brasileiro, da Conferência da América Latina e do Caribe, que contou com a presença do presidente Raul Castro. Na ocasião, os países latino-americanos e caribenhos deram nova demonstração de unidade e de firme determinação em fazer avançar a integração, em oposição aos planos neocolonialistas e hegemonistas do imperialismo estadunidense. A presença do presidente cubano Raul Castro em nosso país e as reuniões que manteve com o presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva assinalam o excelente momento nas relações bilaterais entre os dois países.


Ao comemorar o cinqüentenário da Revolução Cubana, não poderíamos deixar de reiterar a solidariedade do Partido Comunista do Brasil e do povo brasileiro ao povo cubano na justa luta pela libertação dos cinco heróicos patriotas cubanos presos nos Estados Unidos. Outrossim, somamo-nos às numerosas vozes que em todo o mundo demandam o imediato e incondicional fim do bloqueio econômico dos Estados Unidos a Cuba. A necessidade de pôr fim ao injusto, ilegítimo e criminoso bloqueio ganha ainda mais atualidade, tendo em vista os devastadores prejuízos causados pela passagem de três furacões sobre a ilha, em 2008.


No último período temos observado com grande interesse o chamamento da direção máxima do Partido Comunista de Cuba pelo aprofundamento e aperfeiçoamento do socialismo cubano, como se pôs em relevo nos discursos dos camaradas Fidel Castro na aula-magna da Universidade de Havana, em 17 de novembro de 2005, e Raul Castro, por ocasião das comemorações do aniversário do 26 de Julho, em Camaguey, em 2007 – ambas intervenções de conteúdo e sentido revolucionários, dialéticos e marxistas-leninistas. Nesta perspectiva, desejamos pleno êxito ao VI Congresso do Partido Comunista de Cuba, anunciado publicamente para ocorrer em 2009, que sem dúvidas será um marco no aprofundamento do caminho cubano para o socialismo.


Neste momento de comemorações do cinqüentenário do feito épico do povo cubano, a Revolução de 1959, o Partido Comunista do Brasil congratula-se com o povo cubano pelas vitórias alcançadas e deseja novos êxitos sob o comando do presidente Raul Castro.


Na oportunidade, reiteramos o nosso desejo de fortalecer e aprofundar ainda mais as relações de camaradagem e fraternidade internacionalistas entre os nossos dois Partidos, como expressão da nossa unidade de ideais e objetivos, assim como dos sentimentos de amizade e solidariedade entre os nossos povos.


Viva o 50º aniversário da Revolução Cubana!
São Paulo, 30 de dezembro de 2008
O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil

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Enquanto isso...

O governo da Venezuela expressou neste domingo (28) sua "profunda indignação" com o "criminoso ataque" de Israel à Faixa de Gaza e pediu à comunidade internacional para "empreender uma campanha em massa de rejeição a estas infames ações violentas".
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela manifestou sua "solidariedade para com o povo palestino", e acusou o governo do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de ser o "único cúmplice" do ataque.
Caracas destacou que a posição oficial de Washington de que "para que acabe a violência na região (de Gaza) devem cessar os ataques a Israel (...) poderia constituir o invariável 'selo de ouro' da criminosa gestão do Governo dos EUA" que deixa o poder.
O governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, desafiou "a ONU a exercer sua autoridade e aplicar as múltiplas resoluções adotadas em favor do povo palestino e contra a violência de Estado praticada pelo Governo de Israel".
Isso, por considerar que é o "único caminho para garantir uma paz duradoura e o fim de fatos como estes, que são absolutamente contrários à Carta das Nações Unidas e às demais normas internacionais".

Fonte: G1

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Educação é arma contra programas ruins na TV

Feit, que trabalha diretamente com rádios comunitárias, diz que localmente as emissoras têm mais audiência do que as redes de TV. No entanto, perdem na análise mais global, de todo o país. Um dos motivos é que os programas televisivos considerados "de baixaria" acabam estimulando a violência e a sexualidade no espectador, que assim fica preso à TV.

"Se a gente fizer uma medição de audiência de rádios comunitárias que transmitem produção local, das comunidades onde estão instaladas em comparação á mídia televisiva, você vai ter uma audiência muito maior na comunitária", diz.

A educação é uma forte arma contra a chamada "ditadura da TV". O advogado e coordenador da campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania, Augustino Feit, aposta na mudança cultural da população para forçar as emissoras a tirarem do ar os programas violentos, de forte exposição sexual ou que humilham as pessoas.

Feit refuta o argumento das emissoras, de que as pessoas assistem aos programas porque querem. Ele diz que a população, principalmente a mais pobre, acaba não tendo alternativa como ir ao parque e ao cinema ou teatro, e assim acaba restrita à televisão.

"Não querem não. O que acontece é que falta alternativas. As televisões dizem que se você não gosta de um programa você tem a possibilidade de pegar o controle remoto e mudar de canal. Mas se você pegar a TV aberta, que chega a 90% da população, são obrigados a assistir aquilo que é levado pelas grandes tvs", afirma.

A campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania tem um ranking de reclamações da população sobre os programas considerados de má qualidade. A Rede TV lidera a lista.

FONTE: Agência Chasque

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Governo boliviano vive sob o fogo cruzado da direita

O governo do Movimento ao Socialismo (MAS) impulsiona transformações políticas, econômicas e sociais que tropeçam com a agressividade da direita boliviana, que recebe o respaldo de influentes fatores internos e externos. Desde setores radicais da oposição chegam permanentes ataques contra a Revolução e o fazem sobre qüestões sensíveis para a cidadania, advertiu o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana.

Numa entrevista concedida para a Prensa Latina, Quintana denunciou falsas acusações de corrupção e manipulações em torno dos temas do fornecimento de combustíveis e o combate ao narcotráfico.
Também buscam nos enfrentar a Igreja e aos meios em massa de comunicação, precisou.
Segundo o titular, tais ações são apenas a cara visível de uma descomunal campanha.
Hoje em dia a direita utiliza esses temas para desacreditar ao governo e aos seus líderes, mostrando-os ante a opinião pública como entes autoritários, carentes de transparência e descumpridores de promessas, expôs.
A refundação boliviana lançada pelo MAS tem atualmente seu pilar numa nova mas assediada Constituição Política do Estado, sujeita a referendo no próximo 25 de janeiro.
Um texto garante do respeito dos direitos humanos e as autonomias departamentais, defensor de um Estado multinacional sem exclusões e promotor do acesso aos serviços básicos constitui a aposta do presidente Evo Morales, apoiada pela imensa maioria da população.
Trabalhamos de maneira incansável e com múltiplas estratégias para socializar as virtudes do projeto, explicou Quintana.
Isso significa -apontou- ter em conta as particularidades da cada lugar e tratar de vincular a Lei Suprema com as expectativas de mudança das pessoas.
De acordo com o ministro da Presidência, a nova carta magna encontra uma forte rejeição da oposição respaldada por entidades não governamentais financiadas dos Estados Unidos.
Organizações como a Agência estadunidense para o Desenvolvimento Internacional, conhecida por suas siglas em inglês USAID, chegam a remotos lugares de nossa geografia em função de semear instabilidade e confusão, fustigou.
Quintana expressou que a presença desses agrupamentos estrangeiros é maior no oriente, onde a direita é mais ativa e violenta.
A cumplicidade estrangeira chegou de Washington, postura que obrigou ao presidente a expulsar ao embaixador norte-americano em La Paz, Philip Goldberg, e à Agência Antidrogas desse país.
Outro fator acompanhante nos ataques dos inimigos das transformações sociais é a confabulação de alguns jornais, emissoras de rádio e canais de televisão, disse à Prensa Latina.
Segundo o titular, ditos meios com freqüência dão a impressão de ser um partido político, amparados -alegou- na liberdade de expressão vigente na Bolívia.
Na últimas semanas, portadas como “Evo negociou luz verde com os contrabandistas” e outras dirigidas a desacreditar ao MAS inundaram os jornais locais.
A campanha é de desgaste, a médio e longo prazos, alertou o servidor público, considerado um dos homens de confiança de Morales.
Para o ministro, primeiro buscam debilitar os resultados da consulta, mas admitem a iminente derrota nas urnas e portanto têm ademais os olhos nas eleições gerais de 2009, que ocorrerão se o Sim ganhar no referendo.
Apesar de tantas agressões nos mantemos firmes, analisando respostas e uma contra-ofensiva, adiantou.
De acordo com Quintana, há otimismo no triunfo da nova Constituição e em futuras batalhas.
Contamos com o povo e sua capacidade de resistir os embates opositores, afirmou.

Fonte: Prensa Latina

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Sobre os pedágios...

Após mandar e-mails aos deputados para que votem contra a renovação do Duplica-RS recebi um e-mail interessante no dia 15 de dezembro, do deputado Elvino Bohn Gass, segue uma cópia para todos que acompanham o blog. Um ótimo final de ano para todos!


Yeda faz chantagem para renovar

o suplício dos pedágios no Estado

BOHN GASS VOTA CONTRA

No dia 13 de novembro, o colunista Paulo Sant`Ana, do jornal Zero Hora, publicou uma carta de um caminhoneiro favorável aos pedágios. O deputado Elvino Bohn Gass aproveitou o mote para tratar deste tema que é tão caro (nos dois sentidos) ao povo gaúcho e também enviou uma carta ao colunista. Sant`Ana publicou-a na íntegra no dia seguinte, sexta, 14/11, na página 63. Para quem não leu (ou não lê) ZH, reproduzimos aqui a opinião de Bohn Gass sobre o projeto de Yeda que pretende renovar os contratos dos pedágios por mais 15 anos. A carta sintetiza a opinião do deputado que é ABSOLUTAMENTE CONTRA O PROJETO DE YEDA.

O que disse Bohn Gass:

"O que temos hoje? Contratos draconianos assinados lá no governo Britto e cujo prazo encerra somente em 2013. Diga-se que são contratos juridicamente perfeitos, mas absolutamente pérfidos porque impuseram aos usuários um preço altíssimo de tarifas, muito acima dos praticados pelo mercado (veja o exemplo das últimas licitações nacionais) e ainda, praticamente manietaram a parte concedente (leia-se o Estado) de modo a fazê-la quase uma refém de suas cláusulas.

Mesmo a justa discussão dos reajustes dos preços, a lógica cobrança de melhorias nas estradas concedidas ou a sua manutenção, são itens que impõem, sempre, novas contrapartidas financeiras muito dolorosas ao Estado.

Não tenho dúvida, e a população gaúcha também não (pesquisas recentíssimas o provam), de que os contratos originais foram um péssimo negócio.

Buenas, mas no raciocínio dos caminhoneiros com quem tu conversaste (e que, estranhamente se mostraram favoráveis aos pedágios)... Será que estão totalmente enganados ou a serviço de algum interesse? Não creio. Afinal, benefícios por certo há. A questão é saber se estes benfícios se dão ou tem se dado na proporção devida. Isto, defitivamente, não sabemos porque até hoje, mesmo com uma CPI na Assembléia Legislativa, não conseguimos desvendar a caixa-preta das concessões.

Quero dizer com isso, caríssimo, que os consórcios a quem o Estado concedeu a exploração das praças, são formados, em sua grande maioria, por empresas que... prestam serviços a estes consórcios. Ou seja, não há possibilidade de avaliação isenta quando uma fatura de determinado serviço de melhoria, por exemplo, é emitida por pessoas jurídicas do mesmo grupo econômico que deve pagar por ela. Assim, o que as concessionáras apresentam como despesa para justificar eventuais reajustes, estará sempre sob suspeita, compreendes?

Então, fica óbvio que uma nova licitação garantiria muito mais benefícios para os usuários. E não é demais lembrar que o compromisso com a transparência dos contratos é um princípio do qual um governo democrático não pode abrir mão.

O governo Yeda, entretanto, quer é que nós, deputados, renovemos por mais 15 anos estes mesmos contratos. Viveremos então, não 15, mas 30 anos como reféns das concessionárias.

De outra parte, o que o governo está fazendo com os parlamentares não tem outro nome: é chantagem! Explico: na tentativa (apressada, extemporânea e, portanto, suspeitíssima) de renovar os contratos, o governo condiciona a realização de obras asfálticas (estradas, acessos, trevos, pontes...) há muito reivindicadas por várias comunidades regionais. Pela tese extorsiva do governo, se rejeitarem a renovação dos contratos, os parlamentares serão responsáveis pela continuidade do mau estado das estradas. Mas se votarem sim, os mesmos deputados devem assumir o ônus pela manutenção de contratos cheios de cláusulas leoninas que a experiência já provou serem lesivos aos cofres públicos e ao povo gaúcho.

E neste debate pode-se (deve-se), por exemplo, incluir as vantagens dos pedágios comunitários cujas virtudes têm sido decantadas por usuários, comunidades, prefeitos e pelo próprio DAER e que, no entanto, no projeto do governo são olimpicamente desconsiderados.

Sant`Ana, vou votar contra a renovação não apenas porque tenho convicção de que ela seria ruim para o povo gaúcho, mas também por saber que, neste tema, há mais mistérios do que quer nos fazer supor a vã argumentação do governo Yeda.

Fraternalmente

Deputado Elvino Bohn Gass

Vice-líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa





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Lula pede à AL que "aposte no Bloco" para enfrentar a crise


"O Mercosul, juntamente com nossos amigos da América Latina e Caribe, não assistirá passivamente ao debate sobre a crise mundial. Teremos um papel importante a jogar na construção de uma nova arquitetura política e econômica internacional, multipolar e multilateral", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao abrir na Bahia nesta terça-feira (16) a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul. Lula tratou como "companheiros" os 16 chefes de Estado presentes, destacando a presença do cubano Raúl Castro.



Esta foi a 36ª Cúpula do Mercosul, e será seguida, na quarta-feira, pela 1ª Cúpula da América Latina e do Caribe. O descompasso entre os números dá uma noção do passo que será dado na Bahia, quando os governantes latino-americanos se reunirão pela primeira vez sem a tutela de uma potência estrangeira.
No discurso de abertura, Lula destacou que "conjunturas de crise como esta revelam as perversões do sistema econômico dominante". Mas voltou a frisar em seguida que "elas são, também, oportunidades para grandes mudanças que requerem clareza de análise e redobrada vontade política".
"Nossa resposta coletiva deve ser dobrar a aposta em nosso Bloco, numa integração voltada para o desenvolvimento e a superação de desigualdades regionais", frisou o presidente brasileiro.




Veja a parte mais substantiva do discurso de abertura:



"Eu acho que merece um destaque especial aqui entre nós a presença do nosso amigo Raúl Castro, na sua primeira viagem ao Brasil e certamente à Bahia, que parece muito com Santiago de Cuba. É muito importante para nós, Raúl, a sua presença nesta reunião, e espero que seja a primeira de uma série de reuniões que você participará conosco.
É com grande satisfação que os recebo na Bahia. Quero saudar muito especialmente os presidentes de Cuba, Guiana, México, Panamá e Suriname. Suas presenças numa reunião do nosso Mercosul simbolizam um compromisso em torno da união da América Latina e Caribe. Estaremos dando um passo sem precedentes nessa direção logo mais, quando reuniremos os líderes de toda nossa região.
Enfrentamos um cenário internacional marcado por novas ameaças. Conjunturas de crise como esta revelam as perversões do sistema econômico dominante. Mas elas são, também, oportunidades para grandes mudanças que requerem clareza de análise e redobrada vontade política.
A voz do Mercosul começa a ser ouvida nos foros internacionais. Temos de aprofundar nossas propostas para enfrentar a grave crise da economia global. Vejo, com satisfação, que nossos países têm dado, nacionalmente, respostas muito coincidentes.
A preocupação central de nossos governos está em proteger o emprego e a renda dos trabalhadores e em continuar impulsionando a inclusão social. Nossa resposta coletiva deve ser dobrar a aposta em nosso Bloco, numa integração voltada para o desenvolvimento e a superação de desigualdades regionais. Foi essa a agenda que promovemos durante a Presidência brasileira.
De janeiro a outubro de 2008, o fluxo de comércio entre o Brasil e seus sócios no Mercosul foi de US$ 32 bilhões, e importou cerca de quatro vezes o valor de 2002. Na Aladi, os números são impressionantes. Este ano, as trocas intra-regionais poderão chegar a US$ 140 bilhões, o triplo de cinco anos atrás. O comércio de bens e serviços, assim como o desenvolvimento de nossa infra-estrutura física, depende de sólido apoio financeiro.
Neste momento de forte restrição ao crédito, é preciso diversificar fontes de recursos e reduzir a dependência de divisas internacionais. É o que estamos fazendo ao lançar mecanismo de pagamento em moedas locais, começando com Argentina e Brasil. Ao eliminar a intermediação financeira, as empresas reduzem seus custos de transações. O Mercosul não realizará seu pleno potencial enquanto os produtos não puderem circular livremente. Continuaremos a trabalhar, sob a Presidência paraguaia, para a eliminação da dupla cobrança da Tarifa Externa Comum.
Para isso, é fundamental estabelecer um mecanismo justo, confiável e, tanto quanto possível, automático de redistribuição da renda aduaneira. A eliminação da dupla cobrança da TEC é essencial para integrarmos cadeias produtivas e aprofundarmos acordos de associação com outros países e blocos.
A atual crise financeira, com seus reflexos no comércio, sublinhou a importância de diversificarmos nossos mercados. Saudamos a ratificação do Acordo Mercosul-Índia e a assinatura do Acordo Mercosul-Sacu. O desenvolvimento do comércio Sul-Sul é fundamental para o nosso crescimento.
Em nossa região, a ampliação do acordo com o Chile, de modo a abarcar o setor de serviços, foi um importante passo para maior integração. Em breve, estaremos iniciando negociações semelhantes com a Colômbia.
O Estatuto do Fundo de Garantias para Micro, Pequenas e Médias Empresas do Mercosul vai ajudar a realizar o potencial do espaço econômico continental que estamos consolidando. Com acesso ao crédito, nossos empresários buscarão com mais confiança parcerias do outro lado da fronteira.
Ampliar o horizonte de atuação das empresas é essencial à integração produtiva.
Projetos para integrar os setores automotivo, de petróleo e gás, de madeira, de móveis e do turismo gerarão milhares de empregos. Para capacitar empreendedores, em particular no Paraguai e no Uruguai, a beneficiarem-se dessas oportunidades, vamos recorrer ao Focem e à solidariedade de nossas comunidades empresariais. Estamos, assim, ampliando o acesso a mercados. O Brasil tem consciência de suas responsabilidades perante os sócios menores, ainda mais em contexto de forte desaceleração econômica mundial.
Mas não podemos restringir o Mercosul à sua dimensão comercial. É preciso investir em projetos que reforcem as economias menores. Por isso, tomei a decisão de que, a partir de 2009, o Brasil dobrará sua contribuição ao Focem.
O Mercosul só estará completo quando nossos povos sentirem em seu cotidiano e em seu trabalho os frutos da integração. A perspectiva de eleições diretas em todos os nossos países para nosso Parlamento é passo decisivo nessa direção. Quero saudar, na figura de seu presidente – o companheiro deputado Doutor Rosinha – aqueles que se dedicam a essa tarefa.
Foi este também o sentido da criação do Conselho do Programa Brasileiro do Mercosul Social e Participativo. Estabeleceu um canal de diálogo entre o governo e a sociedade civil sobre os rumos da integração.
O Conselho do Mercado Comum fez ontem um debate extremamente importante sobre os efeitos da crise financeira, em particular para os setores mais vulneráveis de nossas sociedades.
Vamos impedir retrocessos na melhoria das condições de vida de nossas populações. Temos de manter, e mesmo ampliar, programas sociais que protegem os mais pobres, os trabalhadores de baixa renda e a agricultura familiar.
Precisamos continuar investindo na produtividade e competitividade de nossas economias. Mas nossa força para enfrentar a recessão global não está apenas no desempenho de nossas economias, está no vigor das nossas democracias. Uma crise como a atual exige transformações profundas na forma de decidir as grandes questões econômicas e políticas do mundo. É por isso que afirmei, reiteradamente, ter chegado a hora da política.
O Mercosul, juntamente com nossos amigos da América Latina e Caribe, não assistirá passivamente ao debate sobre a crise mundial. Teremos um papel importante a jogar na construção de uma nova arquitetura política e econômica internacional, multipolar e multilateral."


FONTE: Vermelho

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Cuba, 50 anos de Revolução Socialista (1)

Por Augusto César Petta

Há exatamente 62 anos, em dezembro de 1946, o Hotel Nacional de Havana abrigou uma reunião de pouco mais de duas centenas de famílias do crime organizado estadunidense. Os chefões da máfia estiveram presentes, com exceção de Al Capone que com sérios problemas de saúde, não tinha condições para sair de sua mansão, na Flórida.


Foto: Fulgêncio Batista; Fidel Castro; Raul Castro; Ernesto Chê Guevara; Cienfuegos; Abel Santamaria; Haydeé Santamaria


Para animar as noites do encontro, o contratado foi o famoso Frank Sinatra. Desde 1930, paulatinamente, Cuba se transformou no paraiso dos cassinos e do crime organizado, em contraste com a miséria e a segregação racial. Enquanto a maioria da população vivia uma terrível situação de fome, de falta de saneamento básico, com baixos níveis de escolaridade e condições de saúde muito precárias, os burocratas dos Estados Unidos e a elite branca local viviam em comunidades fechadas, em residências, ruas e jardins muito bem cuidados. A Revista História, publicada recentemente pela Editora Abril, que se refere aos 50 anos da Revolução Comunista em Cuba, traz alguns detalhes sobre esse período sombrio vivido pelo povo cubano.


Destaca-se desde 1933 Ruben Fulgêncio Batista que de forma autoritária exerceu o poder político em Cuba durante 25 anos, seja como presidente ou como eminência parda. Como fazia o jogo da máfia e dos interesses do Governo dos Estados Unidos, Fulgêncio Batista, logo após o golpe de Estado de 1952, recebeu apoio irrestrito do Presidente Eisenhower. Ambos tinham em comum ódio brutal aos comunistas. Ele fugiu de Cuba no dia 31 de dezembro de 1958, como decorrência da Revolução comandada por Fidel Castro. E como era de se esperar foi abrigado pelos ditadores Salazar e Franco, vivendo em Portugal e na Espanha.


Em 26 de julho de 1953, um grupo de revolucionários comandado por Fidel Castro - que na época tinha 26 anos tentou ocupar o Quartel Moncada, considerado uma das maiores fortalezas do Exército de Fulgêncio Batista. A tentativa não atingiu seu objetivo e os irmãos Castro, Fidel e Raul, foram presos, juntamente com mais de 60 participantes. Registraram-se 18 mortes de revolucionários. Entre os presos estavam os irmãos Abel e Haydée Santamaria. Na prisão Haydèe recebeu uma encomenda que continha os olhos do irmão e os testículos do namorado Boris Luis La Coloma que também havia participado da tentativa de ocupação do Quartel Moncada. Este fato tornou-se símbolo do sistema de tortura implantado por Fulgêncio Batista.


Após saírem da prisão, Fidel e Raul foram para o México e em 1955, encontraram-se pela primeira vez com Che Guevara. Em 1967 Che afirmou ao Jornal Granma que conheceu Fidel ''durante uma daquelas noites mexicanas frias,e lembro que nossa primeira discussão foi sobre política mundial. Poucas horas depois, de madrugada, eu já era um dos futuros expedicionários (...) Era hora de fazer, de combater, de planejar. De deixar de chorar para começar a lutar''. Por sua vez, Fidel num discurso pronunciado em 1967 disse que Che ''era dessas pessoas por quem tomamos afeto no primeiro momento pela simplicidade, caráter, naturalidade, companheirismo, personalidade e originalidade, mesmo quando ainda não conhecemos as virtudes singulares que o caracterizam''.


Tanto para Fidel, quanto para Raul e Che, era fundamental organizar o movimento revolucionário que desembocasse na tomada do poder político em Cuba, tendo como objetivo a transformação profunda da sociedade que era tão desigual e que levava a maioria da população ao sofrimento cruel. Sérgio Tauhata no artigo ''Ano Novo, Vida Nova'' descreve a reação do povo cubano, há 50 anos: ''Que reveillon foi aquele em Havana! Na passagem de 1958 para 1959 uma festa sem precedentes tomou conta da cidade. Pedestres agitavam bandeiras e carros buzinavam, como se todos comemorassem a conquista de uma Copa do Mundo... ora de jipe, ora sobre um tanque de guerra, o comandante percorreu 700 quilômetros e foi saudado por multidões pelo caminho. No dia 8 de janeiro, finalmente entrou na capital, conduzido por um tanque do regime que ele acabara de derrubar. Ao seu lado, estavam Cienfuegos e outro heróis da Revolução. Para a maioria do povo cubano, começava ali não apenas um novo ano, mas uma nova vida - plena de esperança de um futuro melhor.''


Esta grande festa popular foi uma demonstração da participação e da aprovação da grande maioria do povo cubano em relação ao processo revolucionário. O movimento comandado por Fidel, Che Guevara, Raul Castro, Cienfuegos e tantos outros, correspondia a uma necessidade premente do povo cubano que desejava alcançar melhores condições de vida.



Hoje, os porta-vozes das classes dominantes no Brasil e nos vários países capitalistas continuam criticando duramente Fidel e o sistema político implantado em Cuba. Aliás, deles não se poderia esperar outra coisa, já que como defendem interesses de minorias, não podem admitir o sucesso de uma experiência que está voltada para a defesa dos interesses da maioria.


Num próximo artigo, pretendo abordar algumas das maiores conquistas do povo cubano nesses 50 anos de socialismo.



Fonte: Vermelho

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Grécia rebelde: a revolta dos jovens se alastra

Se esta é a era da "midiatização" da vida quotidiana, assim como da política (e o é faz tempo), as últimas 24 horas na Grécia transmitem um péssimo sinal para o poder sobre a gravidade da revolta em curso – seu alcance e a profundidade do seu significado.


Por Anubis D'Avossa Lussurgiu, enviado a Atenas do diário italiano Liberazione*




Em Atenas, o tribunal rejeitou a tese da polícia, apoiada por baixo dos panos pelo ministro do Interior, sobre o assassinato do adolescente Alexis Grigoropoulos, na maldita noite de São Nicolau em Exarchia. A encenação dos dois tiros para o ar e o terceiro no chão, que desafortunadamente "ricocheteou", disparados pelo "suspeito Alfa" (um dos dois policiais envolvidos e preso, o que de fato usou a arma) foi desmentida pelo Ministério Público.


O Ministério deu razão aos pais de Alexis, que solicitam um processo por homicídio premeditado: sob esta acusação o "suspeito Alfa", foi formalmente acusado ontem. Isto na quarta-feira, após 12 horas da defesa e do governo martelando uma estória sobre fantasmagóricos testes balísticos que inocentariam o agente. Eis um só exemplo da verdadeira devastação em curso na Grécia: a queda da credibilidade dos atuais detentores do poder.


Outros exemplos, concretíssimos, surgiram ao longo do dia. Este foi pródigo em surpresas, todas arrasadoras máquina de propaganda e "filtragem" midiática, posta para trabalhar desesperadamente nos últimos dias visando delimitar, confinar, subverter a realidade da revolta grega.





Sigamos por ordem, a começar pelas primeiríssimas notícias da manhã. Fora veiculada, ecoando em todo o "main stream" internacional, a versão de que a revolta estava amainando. Depois, quando os sindicatos paralisaram o país em uma greve geral contra o governo, a "divisão do movimento" foi dada como um fato definitivo. O "violentos", "devastadores", os "encapuzados" (versão grega dos "todos negros", termo tão popular em Gênova, e depois em toda a Itália) já foram descritos como confinados apenas nas Escolas Politécnicas de Atenas e Salônica, rodeados por um pequeno número de estudantes transviados, alienados do universo e do senso comum.



Esta quinta-feira pós-greve desmentiu cada uma de tais descrições. Às 7 horas da manhã, em Atenas, na realidade, uma multidão de estudantes do ensino médio e até mais jovens amontoou-se em frente à principal prisão da capital, em Korydallos, um bairro periférico. É uma prisão que há meses, assiste a mobilizações dos presos contra as condições desumanas de superlotação, mais ainda que na Itália: dois domingos atrás começou ali uma dura greve da fome. Os adolescentes que se manifestaram ontem pela manhã em Korydallos assumiram também essa luta, como fizeram cinco dias atrás nas ruas do centro histórico, perto da Politécnica.


Com a superior insensatez dos imberbes, a tropa policial presente na prisão, que tentou intervir contra a concentração espontânea, foi atacada a pedradas por esses meninos de olhos em chamas, todos com os rostos descobertos. Não se dispersaram, mesmo quando começaram as prisões, as cargas, um violento espancamento de crianças, um deles registrado pela televisão. Só foram embora quando decidiram ir.


Isto depois de dias de bombardeio mídiático sobre a "destruição" e da ênfase dada pelo governo, na noite anterior, ao número de pessoas presas até o momento: 200 no país, pouco mais de 100 em Atenas, passíveis de indiciamento em acusações de "terrorismo", como se denomina na Grécia o equivalente de "devastação e saque".

Mas o que aconteceu em Korydallos foi só a primeira revelação: ao longo do dia não era possível ocultar o envolvimento dos secundaristas. Aconteceram protestos em inúmeros pontos na capital, desde Glyfada, subúrbio marítimo na costa sul, até Aghiu Dimitriu, onde a prefeitura local foi ocupada. Os ataques com pedras foram dezenas.
Estas notícias, lentamente, foram pavimentando uma outra, já anunciada pelos episódios da véspera – a greve geral e a enorme participação de secundaristas na manifestação e nos confrontos em torno do Ministério do Interior, em Atenas: pelo menos 80 colégios da capital foram ocupados pelos alunos, outros 120 (mais uma vez, pelo menos) no resto da Grécia.


Em Patras, onde dois dias antes tinha se testado o primeiro ensaio de convergência de esquadrões fascistas com policiais, no ataque a manifestações, ontem saíram às ruas mais de 500 jovens a gritar o brado que ainda ecoa em todas as ruas da revolta: "To ema kyllai ke dykisi sizai" ("O sangue (de Alexis) corre e pede vingança").


Em Salônica o cortejo, aberto pelos ocupantes da Escola de Teatro da Universidade, atraiu milhares de secundaristas, universitários, jovens em situação de risco e trabalhadores não qualificados na cidade.


Em Komotini, na Trácia, a Politécnica foi ocupada, recebendo reforço dos estudantes da cidade vizinha de Xhanti: aqui o casamento fascistas-polícia foi confirmado pelo ataque a uma concentração fora da Universidade, que resultou em um verdadeiro cerco, usando jatos d'água para dispersar os jovens. Quem fez o trabalho, dessa vez, foram os nazistas da Golden Dawn: os mesmos neonazis que no início da noite de 3 de setembro, esfaquearam em Atenas dois estudantes albaneses durante uma interminável batalha que começou ao cair do sol: o episódio, devido à proveniência das vítimas, foi solenemente ignorado pelos meios de comunicação oficiais gregos.


A propagação da revolta foi sempre mais ampla do que aquilo que conseguia penetrar na malha da mídia ontem. Em Creta, tinham dito que voltara a "calma" depois dos primeiros dias de manifestações contra o assassinato estatal. Bem, ontem a notícia era que todas as escolas de Iraklion [a maior cidade cretense]estavam ocupadas. E manifestações, confrontos com a polícia, ocupações se repetiram em toda a Grécia, desde as regiões ao norte da Ática até as ilhas Jônicas. O que só fez alimentar e estimular o protagonismo das rebeliões em Atenas e Salônica.


Só na manhã de quinta-feira, 22 delegacias de polícia foram atacadas com coquetéis molotov, em todas as áreas da capital. Em Salônica as manifestações espontâneas e confrontos com a polícia se repetiram, enquanto em Atenas ocorreram duas passeatas.


fonte: www.liberazione.it/

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FHC: Nunca fui Neoliberal

Estava lendo o Conversa Afidada, sitio do jornalista Paulo Henrique Amorim e achei essa entrevista do Fernando Henrique, acho que vão achar bem interessantes as declarações dele, pelo visto além de dar aulas e palestras no exterior ele também da certas entrevistas que podem comprometer a sua imagem. Já que qualquer um que parar e analisar o seu governo pode faze-lo, ainda mais quando se compara sua gestão com a do presidente Lula...







Fonte: www.paulohenriqueamorim.com.br

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'Ou caem os juros, ou cai Meirelles', protestam centrais


Para pressionar a última reunião do ano do Copom (Comitê de Política Monetária) a reduzir os juros, seis centrais sindicais foram às ruas em São Paulo e em Brasília nesta quarta-feira (10). Na capital do país, as lideranças distribuíram sardinhas em frente ao Banco Central (BC) para simbolizar o futuro da população brasileira caso a Selic continue nas alturas. “Cai os juros ou cai (Henrique) Meirelles [presidente do BC]”, diziam as faixas das manifestações.


“As manifestações são uma conseqüência da grande Marcha da Classe Trabalhadora, realizada no último dia 3, e reforçam o pedido de baixar os juros e o superávit. O Copom tem sido sabotador do desenvolvimento nacional e não permitiremos que Meirelles, que é o principal defensor da sabotagem, continue à frente do BC. Queremos a sua imediata saída”, declarou ao Vermelho o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes.
A última reunião do Copom começou nesta terça (9) e deve anunciar nesta noite de quarta qual será a nova taxa básica de juros. A expectativa dos analistas de mercado é que o colegiado mantenha a Selic em 13,75%. Mas os manifestantes pedem que os juros diminuam em dois pontos percentuais, passando para 11,75%.


Sardinha em Brasília


A Força Sindical e a NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) seguiram em passeata do Congresso Nacional até o BC, onde promoveram uma “sardinhada”. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, a sardinha é o símbolo da miséria.
“A idéia é mostrar aos conselheiros do Banco Central que essa será a situação do povo brasileiro se os juros não baixarem”, afirmou. Segundo o presidente da Força Sindical, para que a população possa consumir mais, o governo precisa sinalizar que o país está seguro diante da crise financeira internacional. “Se nós pudéssemos sair de 13,75% e passar para 11,75%, a sociedade iria entender que o país está bem, iria comprar e nós poderíamos salvar o primeiro trimestre de 2009.”
Participantes da passeata exibiram faixas pedindo a queda dos juros e a saída do presidente do BC. Para Paulinho da Força Sindical, “se o Brasil entrar em recessão, a situação de Meirelles fica insustentável”.



SP tem protesto na Avenida Paulista


A manifestação aconteceu na tarde de hoje, em frente ao prédio do BC, que fica na Avenida Paulista, símbolo financeiro do país, com a participação de trabalhadores de diversas categorias.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), afirma: “A redução dos juros vai incentivar o consumo, gerando produção e mais emprego. Isso ajudaria o Brasil a enfrentar a crise financeira”.
O presidente da CGTB-SP (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Paulo Sabóia, declarou: “Meireles representa a resistência dentro do Banco Central a baixar os juros. Ele veio do Banco de Boston, onde a especulação desencadeou essa crise financeira. Queremos que ele saia para por fim a essa política que só tem prejudicado o País”. Além das centrais citadas, também mobiliou as manifestações a CUT e a UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Fonte: Vermelho

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Copom afronta Lula e mantém juro; Fiep pede mudança no BC


O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ''ainda'' manter a taxa básica de juro (Selic) em 13,75% ao ano, sem viés nem de alta e nem de baixa. A decisão, condenada por protestos das centrais sindicais e uma ''calamidade inaceitável'' por entidades patronais, é também uma afronta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo os rumores que chegaram à imprensa nos últimos dias.
A decisão veio após quatro horas de reunião. A lacônica nota oficial de praxe admite desta vez que ''a maioria dos membros do Comitê discutiu a possibilidade de reduzir o juro'', mas anuncia que a decisão tomada, ''ainda'', foi ''por unanimidade''. Veja a íntegra da nota:
''Tendo a maioria dos membros do Comitê discutido a possibilidade de reduzir a taxa básica de juros já nesta reunião, em ambiente macroeconômico que continua cercado por grande incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, ainda manter a taxa Selic em 13,75% a. a., sem viés, neste momento. O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação com vistas a definir tempestivamente os próximos passos de sua estratégia de política monetária.''


Finanças dizem amém, indústria não

Conforme a liturgia do Banco Central, a ata desta reunião será divulgada em 18 de dezembro, próxima quinta-feira, às 8h30. A próxima reunião do Copom ocorre nos dias 20 e 21 de janeiro de 2009.
A taxa Selic está em 13,75% desde 10 de setembro de 2008, após sucessivas majorações que a elevaram em 2,5 pontos. Essa é a segunda estabilidade seguida da taxa, após a do fim de outubro.
Entre os analistas das chamadas instituições financeiras, esta era a previsão amplamente majoritária. De 60 dessas instituições consultadas pelo AE Projeções, 58 esperavam a manutenção da taxa e apenas duas aguardavam redução, com o menor índice conforme a praxe do Copom, de 0,25 ponto porcentual.

Já na esfera do chamado capital produtivo, a primeira reação foi francamente crítica: o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, afirmou que é preciso mudar a condução do Banco Central. “Ao manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano a equipe do Banco Central se mostrou obsoleta para lidar com o cenário e os efeitos da crise”, disse.
Horas antes, as manifestações promovidas pelas centrais sindicais na tentativa de sensibilizar o Copom insistiram nesta mesma tecla: 'Ou caem os juros, ou cai Meirelles', foi a palavra-de-ordem (clique aqui para ver mais).


''Uma verdadeira calamidade''

Na avaliação do dirigente da Fiep, deixar a taxa neste nível representa a validação de uma política recessiva. “Não podemos aceitar a decisão do Copom. Ela se mostra uma verdadeira calamidade ao não agir para evitar a destruição do espírito empreendedor que fez o país crescer nos últimos anos. O governo precisa agir rápida e pesadamente em favor da produção, ajustando a política monetária e cambial para que tenhamos capacidade de financiar o setor produtivo”, destaca.
“Não se justifica o uso da pseudo-ortodoxia em vigor em nome de uma suposta ameaça inflacionária que só é enxergada pelos `guardiões da moeda`. Em termos do balanceamento de riscos entre inflação e recessão, não há nenhuma dúvida de que o risco de recessão é muitíssimo maior e possui, caso se confirme, conseqüências mais negativas para a economia como um todo”, argumentou Rocha Loures.

Fonte: Vermelho


Opinião:

Mais uma vez o BC contribui para o não crescimento do nosso país, já não bastasse a crise afeta que afeta nossa economia, ainda tem o Meirelles(PSDB) que faz o possível para impedir o desenvolvimento do Brasil. Muito nos lembra as posições de determinados parlamentares do DEM e o PSDB que parecem torcer pela crise, já que vêem suas bandeiras esgotadas e o aumento da já esmagadora popularidade do presidente Lula.

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'O Capital', de Karl Marx, ganha versão em mangá no Japão

A editora japonesa East Press lançará, neste mês de dezembro, uma versão em mangá de O Capital, obra-prima do filósofo alemão Karl Marx. Das Kapital — Manga de Dokuha (O Capital — Através do Mangá) usará a fórmula dos traços orientais para tentar explicar um pouco dos conceitos presentes no livro de Marx a respeito da crítica à economia política capitalista.

O lançamento vai integrar a coleção Clássicos da Literatura em Mangá — que já adaptou para o mangá outras obras conhecidas da literatura e da filosofia. É o caso de O Príncipe, de Maquiavel; Assim Falou Zaratustra, de Nietzsche; Crime e Castigo, de Dostoiévski; Fausto, de Goethe; Rei Lear, de Shakespeare; e Guerra e Paz, de Tólstoi.
A versão de O Capital em mangá não poderia vir em um momento mais apropriado. Muitos no Japão culpam o capitalismo — principal alvo de crítica na obra de Marx — pela atual crise financeira global.
Entre os principais conceitos da obra de Marx estão a exploração do trabalhador, as diferenças de classes sociais e o surgimento da moeda geradora do lucro. "Com a recessão econômica que o país enfrenta agora, esperamos uma boa saída de O Capital", disse o editor-chefe Kosuke Maruo à BBC Brasil.
Maruo garante, porém, que não foi proposital o lançamento da obra neste atual momento de crise. "Já estava nos planos da editora", disse ele, ao lembrar que um mangá, para ficar pronto, demora até cinco meses.


Sucesso de vendas



Apesar da East Press ser uma das poucas no mercado a trabalhar com clássicos da literatura mundial, o segmento de mangás no Japão já vem usando há anos os traços orientais dos desenhos para explicar diversos temas. Relações diplomáticas com a China, degustação avançada de vinhos, epidemia da gripe aviária, parábolas da Bíblia e até a capoeira já viraram mangá no país. O formato compacto, o baixo custo e a linguagem popular ajudam a transformar esse tipo de publicação em sucesso de vendas.
Da série Clássicos da Literatura em Mangá, outros dois títulos já estão no forno e devem chegar às livrarias no começo de 2009: Os Miseráveis, de Victor Hugo; e O Desespero Humano — Doença até a Morte, do teólogo e filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard.
Atualmente, o campeão de vendas da coleção é Kanikousen, inspirado na obra do escritor japonês Takiji Kobayashi. Em plena recessão japonesa, já foram vendidos mais de 500 mil exemplares da obra — que reconta a dura vida do proletariado que trabalhava nos barcos de pesca de caranguejo. Na seqüência de vendagem, vem Os Irmãos Karamasov, de Dostoiévski.

"Os títulos da série são obras que as pessoas conhecem — mas não têm muita paciência para ler até o fim", explica Maruo. Daí o sucesso de vendas. Ao todo, segundo o editor-chefe, já foram impressos 1,2 milhão de exemplares da coleção toda, com 27 títulos lançados até agora, sendo 13 de autores estrangeiros. O mangá de O Capital chega ao mercado com 30 mil cópias.


Fonte: Vermelho

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© 2008 Por Giovane D. Zuanazzi , Douglas T. Finger