Recado do FSM ao mundo: Unidade, Integração e Socialismo






Na atividade mais importante de todas as edições do Fórum Social Mundial, os presidentes da Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai e Brasil debateram na noite desta quinta-feira (29) a América Latina e os desafios da crise econômica internacional fazendo o mais contundente contraponto da história do FSM à realização da reunião de Davos. Os presidentes fizeram um chamado à unidade e integração da América Latina para fortalecer os países diante da crise.

De Belém, Renata Mielli

Falou-se em “sepultar o capitalismo para que o capitalismo não sepulte o mundo”, e na necessidade de se construir o socialismo do século 21. Os países ricos foram culpados pela crise e seus representantes reunidos em Davos foram chamados de “moribundos”. No FSM, neste dia 29, os presidentes deram o recado: ''Um outro mundo é possível, necessário e está nascendo hoje na América Latina”.


O sentido do encontro


A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa iniciou a atividade registrando que aquele era um momento histórico. “Todos os olhos de quem acredita que um outro mundo é possível estão voltados para cá, porque a presença desses presidentes é a demonstração de que construir esse novo mundo é possível. Essa é a vitória da democracia, esse momento enche o nosso coração de esperança porque nós estamos escrevendo um novo caminho”. E, de fato, a conferência, que reuniu mais de 10 mil pessoas em Belém, entra para a história como o evento mais importante de todas as edições do Fórum Social Mundial.


O FSM, que nasceu em 2001 para ser um contraponto à reunião de Davos, na Suiça, ao reunir cinco presidentes de países importantes da América Latina, nesta 9ª edição, demarca um importante campo político com o modelo econômico mundial vigente. Mostra que uma alternativa não apenas é viável, mas já está sendo construída através das experiências latino-americanas.


O mediador do encontro dos presidentes, Cândido Grzybowski, diretor-geral do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), que ao lado do Instituto Paulo Freire e da CUT co-promoveu a atividade, iniciou afirmando que “queremos abrir pontos de diálogo com governantes, inclusive com Barack Obama, se for o caso; mas com aqueles que neste momento estão em Davos nós não temos nada para trocar, e sim cobrar porque eles são os artífices da crise''. E apontou o objetivo do encontro dos presidentes: “É um esforço mútuo de indagar questões e mapear convergência e divergências”.


Sepultura para o capitalismo


Evo Morales foi o primeiro presidente a se dirigir ao público, onde havia índios de várias regiões da Pan-Amazônia, participantes de mais de cem países do mundo, que representavam movimentos sociais e organizações não-governamentais. Ele afirmou que “esse é o início de uma série de encontros dos presidentes antineoliberais contra o capitalismo”.


Morales falou do referendo na Bolívia, que aprovou a nova Constituição por 61,5% dos votos válidos. “No último domingo, abrimos uma nova página em nosso país para que nunca mais privatizemos nossos recursos naturais, e para reconhecermos os direitos das populações originárias numa demonstração da consciência do povo boliviano”.


Ao referir-se à crise, que é parte da crise do capitalismo, o presidente da Bolívia foi taxativo: “Se nós – o povo do mundo – não conseguirmos sepultar o capitalismo, o capitalismo vai sepultar o mundo”.


Ele propôs a criação de quatro campanhas para combater a crise, fortalecer a economia e a soberania das nações pobres. Uma campanha mundial pela paz, que julgue os responsáveis por guerras nos tribunais de justiça e que acabe com o direito de veto no Conselho de Segurança da ONU, “porque não é possível que um país tenha mais direito que 160 nações”. A luta por uma nova ordem econômica e social de justiça e desenvolvimento, que reforme os organismos internacionais e que paute o mundo por indicadores de distribuição de riqueza seria a segunda campanha.



Ele defendeu ainda uma campanha para salvar o planeta, alterando os padrões de consumo da sociedade; e outra campanha que valorize a humanidade através da diversidade e respeito cultural. “Só uma humanidade que valoriza a si mesma pode sepultar o capitalismo”.


Os moribundos de Davos


O presidente do Equador, Rafael Correa, foi duro ao se referir ao Fórum Econômico Mundial. “Os representantes do capitalismo estão reunidos neste momento em Davos para traçar as linhas de ação do mundo frente à crise. Eles que são os responsáveis por essa crise querem nos dar lições”, ironizou e em seguida, não poupou palavras: “Lá estão reunidos os moribundos”.


Correa, que é economista, caracterizou esta crise como sendo uma crise de todo o sistema capitalista, “uma forma imoral de acumulação de riquezas que levou os países à miséria”. Ele denunciou o fato de os defensores da primazia do capital financeiro sobre o capital produtivo recorrerem agora ao Estado para salvar suas economias.


“No Equador temos resistido ao neoliberalismo, estamos pondo fim à noite neoliberal. É hora de algo novo e felizmente esse novo está surgindo aqui na América Latina”, disse Correa ao iniciar uma exposição sobre o nascimento do socialismo do século 21, que exige uma ação conjunta e coletiva e atribui um papel importante ao Estado.


“Não somos estatistas, mas o que é necessário é uma ação coletiva para superar as dificuldades do povo e o Estado pode ser o estruturador dessas ações”, e informou que “no Equador temos um Plano Nacional de Desenvolvimento que articula todas as políticas públicas do Estado para impulsionar o desenvolvimento da economia e a diminuição das misérias e desigualdades sociais”.


Socialismo do século 21


Rafael Correa conclamou a todos para contestarem a idéia de que o socialismo é um regime incompetente. “Socialismo é muito mais justiça, mas é muito mais eficiência também”. Mas alertou: “Temos que ter os olhos bem abertos e os pés na terra ao aplicar o socialismo para não cometermos erros que outras experiências cometeram”.


Correa avaliou como um desses erros o fato de que o socialismo tradicional apresentou apenas uma nova forma de produção e desenvolvimento mais acelerados e com mais justiça social, mas baseada no mesmo conceito de consumo do capitalismo, o consumo de massa. “O socialismo do século 21 vai propor um novo modelo de desenvolvimento, estamos com a oportunidade de criar algo novo e melhor”.


O presidente equatoriano apontou como principal caminho para enfrentar a crise acelerar a integração da América Latina. “Como nunca antes temos que estar unidos, buscar intercâmbio para criar políticas conjuntas de infra-estrutura energética, de saúde, de educação. Temos que acelerar o Banco do Sul, que pode servir para nos proteger um pouco da crise . Só com a organização dos Estados Latino-americanos vamos fazer frente ao capitalismo.


Concluiu dizendo que é preciso ter cuidado com a crise, porque ao mesmo tempo que ela pode gerar oportunidades, “pode também ser usada para desestabilizar os nosso governos”. Ao se despedir do público de Belém, usou a saudação imortalizada por Che “Até a vitória, sempre!''.


A peste econômica


Usando uma retórica mais poética e cheia de simbolismos, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, saudou o Fórum dizendo que via com muita alegria “esse espírito humanista e a solidariedade inteligente para enfrentar os nossos desafios com dureza e ternura. Estamos ensinando para todos que existe uma alternativa, que sim é possível transformar o planeta. Os que perguntam para que serve o FSM não aprenderam a olhar ao seu redor – há mudanças na América Latina e a esperança de que haja mudanças no norte também”, disse, referindo-se indiretamente à eleição de Barack Obama.


Lugo nomeou a crise econômica como resultado da ação inconseqüente dos países ricos, o neoliberalismo, “a peste econômica que atingiu a América latina nos anos 90”. Para ele, uma das formas de enfrentar esse momento é a ação conjunta e soberana das nações latino-americanas. “Nós temos os Andes, a Amazônia, temos a maior fonte de energia renovável do mundo, um banco diversificado de plantas medicinais, então, o que nos falta? Falta muito e pouco. Falta usar esses recursos para fortalecer nossas economias”, avaliou.


Denunciou os crimes cometidos no Oriente Médio. “Como é possível, nesse momento em que a humanidade domina a tecnologia, haverespaço para as mortes mais cruéis?”, indagou, referindo-se aos ataques de Israel à faixa de Gaza. “Não podemos ser apenas observadores diante a ameaça planetária de guerra”.


“As mudanças já se vêem, já se respiram nos ares do Fórum Social Mundial”, afirmou e, citando o cantor brasileiro Geraldo Vandré, conclamou a todos para que continuemos “caminhando e cantanto e seguindo a canção – aprendendo e ensinando uma nova lição”.


Vamos apurar nossa unidade


Num dos discursos mais rápidos que já proferiu, Hugo Chávez usou cerca de 15 minutos para expressar sua crença de que “a cada ano que passa o evento político mais importante do mundo é o Fórum Social Mundial”. Para Chávez a criação do FSM foi muito oportuna porque aconteceu num momento de efervescência política no continente.


“A América Latina foi o laboratório do neoliberalismo que, como disse Eduardo Galeano, arrasou nosso continente. Assim como a América Latina recebeu a maior dose de veneno neoliberal, foi também onde brotaram com mais força as mudanças que vão transformar o nosso planeta. Outro mundo é possível, necessário e está nascendo hoje na América Latina”, afirmou com a contundência que lhe é peculiar o presidente da Venezuela.


Chávez disse que 2009 vai ser duro para o mundo, “segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho, se perderão 50 milhões de postos de trabalho e a fome deverá crescer e chegar à casa de 1 bilhão de pessoas. Não podemos esperar nada dos outros, mas de nós mesmo”.


O líder bolivariano fez um apelo pelo aprofundamento da unidade. “Diante dessa crise temos que apurar nossa unidade, com o Banco do Sul, com o fortalecimento das nossas empresas energéticas, com estratégias de articulação de um projeto latino-americano. Nesse projeto unitário está o coração do novo continente”, avaliou.


Para Chávez, ''o socialismo é o único caminho, porém ele não pode ser cópia, tem que ser criação. Nós somos presidentes graças ao despertar dos nossos povos, e por isso vocês têm que continuar lutando”.


Mudanças em curso


Lula optou pela informalidade e deixou de lado o discurso que iria ler. Começou fazendo um pedido: “Guardem esta fotografia porque hoje a gente pode até reclamar dos presidentes que nós temos, mas até bem pouco tempo os que ousavam discordar de seus presidentes eram perseguidos e mortos, muitos jovens pegaram em armas para lutar pela democracia e hoje nós estamos aqui fazendo o que eles sonharam. O mundo mudou tanto que era impossível dizer que um bispo da Igreja Católica seria presidente do Paraguai, que um jovem economista ia chegar à presidência do Equador, impossível pensar que um índio com cara de índio e jeito de índio chegasse à presidência da Bolívia e, aqui no Brasil, era impossível pensar que um torneiro-mecânico seria presidente. Mas as coisas não param por aqui, quem podia pensar, que teórico poderia prever, que o país do apartheid que matou Martin Luther King, ia eleger um negro para presidente dos Estados Unidos?”, disse Lula.


Ao falar da crise, ele recordou como até bem pouco tempo os ricos e “yuppies” norte-americanos ficavam ditando regras para os países mais pobres. “Parecia que eles eram infalíveis e nós os incompetentes”, ironizou; e lembrou que agora eles estão calados porque a crise eclodiu justamente lá.


A crise do “deus mercado”


“A crise nasceu porque eles venderam a idéia de que o Estado não servia para nada e o “deus mercado”, que tudo pode e é soberano, podia tudo. Só que esse deus mercado quebrou por irresponsabilidade deles. Agora eu quero ver o FMI ir dizer para o Obama como é que eles vão consertar a crise que eles criaram”, falou, sob fortes aplausos.


Lula listou as medidas que os organismos internacionais impunham aos países em desenvolvimento: “Eles nos obrigaram a fazer ajuste fiscal, mandar trabalhadores embora, reduzir o Estado e os serviços sociais; e agora, quando eles entraram em crise, qual foi o deus a quem eles pediram socorro? Ao Estado que já injetou milhões de dólares para salvar empresas mundo afora”.


O presidente alertou que a crise é grave e que ainda não se conhece o fundo dela, mas foi contundente ao dizer que os países em desenvolvimento estão em melhores condições de enfrentá-la do que os ricos. Disse que já passou da hora de se discutir discutir o controle do mercado financeiro e foi taxativo: “Aqui o povo pobre não será o pagador dessa crise”.

Fonte: Vermelho

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Mídia, demos e a tragédia da Renascer











Por Altamiro Borges


O sempre atento Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB e ex-deputado estadual, postou no seu blog uma notinha reveladora do caráter da mídia. “O Bispo Gê Tenuta, o responsável pela Igreja Renascer, já foi deputado estadual e hoje é suplente de deputado federal pelo DEM/SP. Parece, inclusive, que vai assumir o mandato. Não vi uma única linha que tocasse nesta condição política do religioso. A mídia não quer associar a tragédia, que resultou na morte de nove pessoas, com a prefeitura. Kassab e Bispo Gê são do mesmo partido. Tanto a prefeitura como os responsáveis da igreja descuidaram de itens essenciais à segurança dos fiéis”, registra o texto “empresário da fé”.

A manipulação da mídia, como alerta Nivaldo, é realmente impressionante. Se o tal bispo tivesse apoiado Marta Suplicy na eleição paulistana, com certeza o vínculo seria manchete dos jornalões e das revistas. O “colunista” Arnaldo Jabor, cuja esposa, Suzana Villas Boas, presta assessoria ao governador José Serra, teria feito suas gracinhas na TV Globo. Mas como o líder evangélico é do demo (ex-PFL), nem a sigla partidária aparece quando citam seu nome. As imagens de Kassab e Bispo Gê juntos em campanha sumiram do ar. Talvez nem as centenas de pessoas soterradas nos escombros do prédio inseguro da Igreja Renascer façam a devida ligação bispo-prefeito-demos.

TV Globo esconde a sujeira

A Renascer fez ativa campanha para Gilberto Kassab, apadrinhado do presidenciável José Serra. Engajado na campanha, o diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, deu até uma trégua na guerra liderada pela emissora contra as igrejas evangélicas. Para livrar a cara do demo, ela deixou de alardear a prisão, nos EUA, dos fundadores da igreja, Sônia e Estevam Hernandes, acusados de desvio ilegal de dinheiro. Também abafou as investigações que apontaram Fernanda Hernandes, filha dos fundadores da Renascer, como “funcionária fantasma do deputado estadual Geraldo Tenuta, conhecido como Bispo Gê”, segundo relato do casal global no Jornal Nacional.

Para interferir na batalha eleitoral, a mídia deixou de lado a “imparcialidade” nas apurações das irregularidades da Igreja Renascer – inclusive as que denunciaram o uso indevido de entidades assistenciais para enriquecer a instituição “religiosa”. Faz o mesmo agora, diante dos escombros do prédio e dos nove mortos, omitindo as relações do Bispo Gê com o DEM e o prefeito reeleito da capital paulista. A cada dia que passa, a mídia hegemônica se transforma no principal partido da direita no Brasil. O que ela chama de cobertura jornalística é, de fato, manipulação política.

Aero-Yeda e o silencia midiático

Outro caso emblemático desta distorção é o tratamento dado pela mídia à compra de um jato para governadora do Rio Grande Sul, Yeda Crusius. A tucana, que chafurdou o governo em inúmeros casos de corrupção, anunciou a aquisição do avião executivo orçado em US$ 26 milhões. Diante das críticas, ela rebateu: “Podem chamá-lo de Aero-Yeda, de Queen Air, do que quiserem”, em mais uma prova de inabilidade e arrogância políticas. A mídia, porém, parece que inocentou a governadora. Na Folha de S.Paulo foram publicadas apenas três notinhas, não houve destaque no Jornal Nacional. Bem diferente do escarcéu promovido contra o chamado “Aero-Lula”.

Até o blogueiro Ricardo Noblat estranhou as reações diante desta nova aquisição. “Quatro anos depois de criticar duramente o governo do presidente Lula pela compra do Airbus presidencial, integrantes do comando do PSDB se esquivaram de comentar a decisão da governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, de também adquirir um jato para vôos internacionais”. O blogueiro, que também é colunista do jornal O Globo, só não criticou o vergonhoso silêncio da mídia hegemônica – por motivos óbvios.

Fonte: Blog do Miro

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Plenária da UJS em Salvador define rumos para o primeiro semestre de 2009

Plenária da UJS em Salvador define rumos para o primeiro semestre de 2009

Nessa sexta-feira (23) na Escola Parque e no ICEA em Salvador, locais do alojamento dos estudantes da 6a Bienal da UNE, aconteceu uma plenária com a participação do Diretor de Formação da UJS, Ossi Ferreira; a Presidente da UNE, Lúcia Stumpf e o Diretor Jurídico da entidade, André Tokarski.

Na opinião de Ossi o êxito do CONEB mostra que foi unido um amplo campo de conceitos principalmente no que diz respeito à educação. “Nós nos saímos muito bem e precisamos construir a opinião da UJS para, posteriormente, ter um CONEG da UNE que definirá questões relacionadas ao Congresso da entidade”, afirma.

O 51º Congresso da UNE acontecerá no meio do ano de 2009 e, portanto, é preciso que a UJS construa sua política universitária para o próximo período. Nos dias 20 e 21 será o CONEG da UNE e nos dias 23 e 24 do mesmo mês um encontro do Movimento Universitário da organização irão auxiliar nessa construção.

Para a Presidente da UNE, Lúcia Stumpf, esse CONEB marcou a história da entidade com a participação de sete mil pessoas. Durante o encontro foi aprovada a reforma universitária para ser colocada em pauta na Conferência de Educação.
“Temos que conduzir uma frente em favor da universidade pública, que peça a ampliação do PROUNI, REUNI e fim do vestibular. As avaliações das instituições de ensino devem ser dadas por estudantes e diretores e não por meio de provas”, diz.

Porém a grande marca do 12º CONEB, na opinião da Presidente, é o projeto de reforma universitária que é resultado das lutas educacionais e o acompanhamento referente à questão da meia-entrada que deverá vencer os empresários de cultura, contrários ao tema.

Outro ponto citado por Lúcia é quanto o início das obras da reconstrução da sede da entidade cujo financiamento, em reparo ao ataque à sede da UNE em 1964, está para ser liberado no início do ano.

Fonte: UJS

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MST: 25 anos de teimosia

João Pedro Stedile


Em janeiro de 1984, havia uma processo de reascenso do movimento de massas no Brasil. A classe trabalhadora se reorganizava e acumulava forças orgânicas. Os partidos clandestinos já estavam na rua, como o PCB, PcdoB, etc. Tínhamos conquistado uma anistia parcial, mas a maioria dos exilados tinham voltado. Já havia se formado o PT, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CONCLAT (Coordenação Nacional da Classe Trabalhadora). Amplos setores das igrejas cristãs ampliavam seu trabalho de formiguinha, formando consciência e núcleos de base em defesa dos pobres, inspirados pela Teologia da Libertação. Havia um entusiasmo em todo lugar, porque a ditadura estava sendo derrotada e, a classe trabalhadora brasileira, na ofensiva, lutando e se organizando.

Os camponeses no meio rural viviam o mesmo clima e a mesma ofensiva. Entre 1979 e 1984, se realizaram dezenas de ocupações de terra em todo o país. Os posseiros, os sem terra e os assalariados rurais perderam o medo - e foram à luta. Não queriam mais migrar para a cidade como bois marcham para o matadouro (na expressão de nosso saudoso poeta uruguaio Zitarroza).

Fruto de tudo isso, nos reunimos em Cascavel, em janeiro de 1984, estimulados pelo trabalho pastoral da CPT, lideranças de lutas pela terra de 16 estados brasileiros. E lá, depois de cinco dias de debates, discussões, reflexões coletivas, fundamos o MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os nossos objetivos eram claros: organizar um movimento de massas a nível nacional, que pudesse conscientizar os camponeses para lutarem por terra, por reforma agrária (mudanças mais amplas na agricultura) e por uma sociedade mais justa e igualitária. Queríamos, enfim, combater a pobreza e a desigualdade social. A causa principal dessa situação no campo era a concentração da propriedade da terra, apelidada de latifúndio.

Não tínhamos a menor idéia se isso era possível. E nem quanto tempo levaríamos na busca de nossos objetivos. Passaram-se 25 anos, muito tempo. Foram anos de muitas mobilizações, muitas lutas e de uma teimosia constante, de sempre lutarmos e nos mobilizarmos contra o latifúndio. Pagamos caro por essa teimosia. Durante o governo Collor fomos duramente reprimidos, com a instalação inclusive de um departamento especializado na Policia Federal para o combate aos sem-terra. Depois, com a vitória do neoliberalismo do governo FHC, foi o sinal verde para os latifundiários e suas polícias estaduais atacarem o movimento. Tivemos em pouco tempo dois massacres: Corumbiara e Carajás. Ao longo desses anos, centenas de trabalhadores rurais pagaram com sua própria vida o sonho da terra livre.

Mas seguimos a luta. Brecamos o neoliberalismo elegendo o governo Lula. Tínhamos esperança de que a vitória eleitoral pudesse desencadear um novo reascenso do movimento de massas, e com isso a reforma agrária tivesse mais força de ser implementada. Não houve reforma agrária durante o governo Lula. Ao contrário, as forças do capital internacional e financeiro, através de suas empresas transnacionais, ampliaram seu controle sobre a agricultura brasileira.

Hoje a maior parte de nossas riquezas, produção e distribuição de mercadorias agrícolas está sob controle das empresas transnacionais. Elas se aliaram com os fazendeiros capitalistas e produziram o modelo de exploração do agronegócio. Muitos de seus porta-vozes se apressaram a prenunciar nas colunas de jornalões burgueses que o MST se acabaria. Lêdo engano. A hegemonia do capital financeiro e das transnacionais sobre a agricultura não conseguiu, felizmente, acabar com o MST. Por um único motivo: o agronegócio não representa solução para os problemas dos milhões de pobres que vivem no meio rural. E o MST é a expressão da vontade de libertação desses pobres.

A luta pela reforma agrária, que antes se baseava apenas na ocupação de terras do latifúndio, agora ficou mais complexa. Temos que lutar contra o capital, contra a dominação das empresas transnacionais. A reforma agrária deixou de ser aquela medida clássica: desapropriar grandes latifúndios e distribuir lotes para os pobres camponeses.

Agora, as mudanças no campo para combater a pobreza, a desigualdade e a concentração de riquezas depende de mudança não só da propriedade da terra, mas também do modelo de produção. Se agora os inimigos são também as empresas internacionalizadas, que dominam os mercados mundiais, significa também que os camponeses dependerão cada vez mais das alianças com os trabalhadores da cidade para poder avançar nas suas conquistas. Felizmente, o MST adquiriu experiência nesses 25 anos: sabedoria necessária para desenvolver novos métodos e novas formas de luta de massa, que possam resolver os problemas do povo.

Artigo publicado originalmente na revista Caros Amigos

Fonte: CTB

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Centrais e federações lançam 'Manifesto contra a Crise'


Com ataques dirigidos à elevadíssima taxa básica de juros (Selic) adotada no Brasil, foi laçado nesta segunda-feira um Manifesto contra a Crise, assinado por “centrais, federações e sindicatos de trabalhadores e as federações de sindicatos empresariais”. As entidades cobram a redução da Selic dos atuais 12,75% para “um patamar de 8% ao ano”, além de um intervalo menor entre as definições das taxas “enquanto perdurar a crise”.

O texto contém a assinatura de todas as centrais sindicais legalizadas no Brasil, com exceção da CUT, que mais uma vez procura um caminho alternativo e isolado. Em contrapartida, os presidentes das federações paulistas da Agricultura, do Comércio e das Indústrias aderiram à carta.


MANIFESTO CONTRA A CRISE

Na Seqüência dos entendimentos que as Centrais, Federações e Sindicatos de trabalhadores e as Federações de sindicatos empresariais, têm promovido desde o ano passado no sentido de analisar a crise Internacional e os seus efeitos negativos no Brasil — sempre objetivando oferecer sugestões capazes de manter o nível de emprego no País —, as entidades que assinam este documento estabelecem um histórico entendimento com foco em quatro pontos principais:

– Que seja acelerada a queda na taxa básica de juros (Selic), alcançando, o quanto antes, um patamar de 8% ao ano, (aproximadamente 3% de juros reais);
– Que as reuniões do Copom, do Banco Central (BC), destinadas a debater e determinar a Selic, sejam a cada 15 dias – enquanto perdurar a crise;
– Que sejam reduzidos drasticamente os spreads bancários, em especial os dos bancos estatais que, hoje, estão entre os mais altos praticados no País; e
– Que seja ampliado o número de integrantes do Conselho Monetário Nacional (CMN), de três para sete membros, abrindo o órgão à participação de outras áreas do Governo, da área acadêmica e das forças produtivas.

A sociedade brasileira espera do Governo medidas práticas e imediatas para combater a crise, evitando a ampliação de suas conseqüências sobre o nosso país. Precisamos impedir o desemprego e defender o futuro do Brasil.

São Paulo, Capital, 26 de janeiro de 2009.

Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB
Antonio Fernandes dos Santos Neto – Presidente

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Wagner Gomes – Presidente

Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – FAESP
Fabio Meirelles – Presidente

Federação do Comércio do Estado de São Paulo – Fecomercio
Abram Szajman – Presidente

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp
Paulo Skaf – Presidente

Força Sindical
Paulo Pereira da Silva (Paulinho) – Presidente

Nova Central Sindical de Trabalhadores
José Calixto – Presidente

União Geral dos Trabalhadores
Ricardo Patah - Presidente


Fonte: Vermelho

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REFERENDO DÁ INÍCIO À 'NOVA BOLÍVIA', DIZ MORALES


O presidente Evo Morales disse neste domingo (25) à noite que, com a nova Constituição aprovada por meio do referendo encerrado horas antes, "começa uma nova Bolívia, um novo estado-nação para chegar à igualdade de todos os bolivianos e bolivianas".

"Os neoliberais, os vende-pátria, estão sendo derrotados permanentemente", afirmou Evo, falando para milhares de militantes reunidos em frente ao palácio do governo em La Paz.


O presidente também celebrou o fim do "latifúndio" e dos "grandes proprietários de terra", lembrando a aprovação da proposta, contida na nova Constituição, de limitar para 5 mil hectares as dimensões das propriedades.


Segundo Evo, "terminou o estado colonial, acabou o colonialismo interno e o colonialismo externo, também terminamos com o neoliberalismo, acabou o leilão dos recursos naturais".


O presidente, no entanto, afirmou que o desafio do governo agora será "aplicar" a nova carta constitucional e agradeceu o apoio dos movimentos sociais e da Central Operária Boliviana no processo.


Evo indicou que será preciso "mais comunicação" com governadores e prefeitos, a quem fez um apelo para que formem um "conselho de autonomias" para ajudar a implementar a nova Constituição.


O presidente boliviano ressaltou a importância da aprovação do referendo para o "campesinato indígena", que foi a população "mais excluída" na história do país. "Com o apoio do povo, seguiremos aprofundando as transformações estruturais e sociais para o bem de todos os bolivianos", disse.


Evo pediu que a população "se organize para levar em frente a nova Constituição" e convidou os governadores a iniciarem o processo de implementação.


O presidente agradeceu especialmente o apoio dos Estados de La Paz, Oruro, Potosí e Cochabamba, onde, segundo a pesquisa de boca-de-urna, a vitória do governo foi determinante para garantir a aprovação do referendo.


Fonte: Ansa Latina

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Para Emir Sader, FSM 2009 precisa enfrentar a luta real

Em sua nona edição, o Fórum Social Mundial (FSM) tem como desafio atualizar-se frente à “luta real” contra o neoliberalismo e à nova configuração política da América Latina. É o que espera o cientista social e filósofo Emir Sader, figura importante das edições anteriores do evento. Na avaliação de Sader, o fórum ficou atrasado ao se posicionar apenas como um “espaço de resistência”.


“Ele ficou girando em falso na medida em que se colocou apenas como fórum de crítica ao neoliberalismo. Desde que ele se fundou, a luta contra o neoliberalismo passou de resistência à construção de alternativas, do que a América Latina é a melhor expressão”, defende o especialista que durante o evento lançará o livro A Nova Toupeira, sobre as mudanças nos rumos da política latino-americana.


Para Sader, os movimentos sociais do fórum não se reconectaram às mudanças políticas e por isso esvaziaram-se. Ele crítica ainda a falta de participação de políticos, governantes e de outras autoridades no evento, que é essencialmente promovido por entidades da sociedade civil. O filósofo acredita que este é o momento de o fórum romper a barreira do discurso e passar para a apresentação de modelos alternativos de organização social e econômica.


“Antes, o que nos restava era anunciar que um outro mundo era possível. Desde então há alternativas concretas sendo construídas. Se ele [o Fórum] não tiver propostas para a crise do neoliberalismo de hoje, se ele não tiver propostas para a paz no mundo, se ele não tiver propostas de construção de modelos alternativos, ele vai ficar para trás. Espero que não seja apenas como uma análise crítica, mas propostas de uma alternativa”, avalia.


A presença confirmada de cinco presidentes latino-americanos no fórum é vista pelo sociólogo como uma boa chance para o evento se atualizar. “A carta original do FSM falava na participação só de movimentos sociais e expressamente excluía forças políticas. O problema é que as alternativas passam por governos. É preciso rearticular de uma maneira nova a luta social com a luta política”, aponta.

Fonte: Vermelho

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"O encontro com Fidel fechou com chave de ouro minha visita a Cuba"


O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz, despediu ao pé da escada do avião, a presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ao concluir sua visita oficial de três dias à Ilha.

Sob o céu nublado que ameaçava chuva e temperatura relativamente baixa, a imprensa nacional e estrangeira esperou no aeroporto internacional José Martí a partida da ilustre hóspede, que, antes de subir ao avião que a levaria a Caracas, Venezuela, se dirigiu aos jornalistas.

A uma pergunta do jornal Granma sobre sua estada aqui disse que ia embora "muito contente" e que "não podia terminar melhor minha visita a Cuba que com uma entrevista com o comandante Fidel Castro Ruz".

Visivelmente empolgada, a chefa de Estado explicou que puderam conversar. "Eu o vi bem", afirmou.

Apontou que Fidel lhe comentou que havia acompanhado com atenção a tomada de posse do presidente Barack Obama.

Também precisou que "revemos a política da região, falamos certamente das relações argentino-cubanas. Na verdade, este encontro fechou com chave de ouro minha visita a Cuba".

Após despedir a presidenta da Argentina, Raúl dialogou com os jornalistas. A respeito da insistência da imprensa estrangeira em relação à saúde do líder da Revolução, assinalou: "Passou bom tempo com a presidenta, muito bom. Está fazendo exercícios, pensando muito, lendo muito, assessorando-me e ajudando".

Em resposta ao jornal sobre a visita de vários presidentes latino-americanos à maior da Antilhas no atual contexto internacional assinalou que se evidencia o apoio a Cuba.

Mais adiante, respondendo à última pergunta de outro jornalista, expressou que o resultado da visita de Cristina Fernández de Kirchner foi "ótima em todos os sentidos".

Na Escola Latino-Americana de Medicina

A Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) é uma prova dessa ânsia da região por uma nova realidade, "mais um testemunho do projeto coletivo que impulsionamos", disse à imprensa a dignitária argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que chegou, com o general-de-exército Raúl Castro Ruz, à instituição, horas antes de terminar sua visita a Cuba.

O entusiasmo com que foram recebidos por mais de 800 jovens argentinos que estudam na Ilha anunciou um encontro jubiloso. E foi assim. Depois de um intercâmbio com o reitor da ELAM, Juan Carrizo, os aplausos e os ritmos latino-americanos invadiram o anfiteatro.

Em nome dos bolsistas, o estudante Camilo Zenón deu as boas-vindas oficiais aos presidentes.

Fernández de Kirchner retribuiu a ação com palavras: "Nesta época de pós-modernidade, de vaidades da mídia, e de discursos sem idéia de futuro, a presença de vocês aqui demonstram que as coisas estão mudando. Gostaria agradecer a Cuba, em nome destes jovens, de suas famílias e do povo da Argentina, este esforço, que além de possibilitar-lhes o acesso ao conhecimento, é também um exercício de integração latino-americana", assinalou a presidenta.

Além disso, convocou os estudantes a continuarem trabalhando "e a pensarem sempre no próximo, que é a chave para fazer parte desse processo coletivo".

Durante o ato, ao qual assistiram também o membro do Bureau Político e ministro da Saúde Pública, José Ramón Balaguer; o secretário do Conselho de Estado, José Miyar Barrueco; e a vice-ministra das Relações Exteriores, Yiliam Jiménez, e outros convidados, a presidenta recebeu uma bata de médico e um estetoscópio como símbolo, segundo disseram os futuros médicos, do compromisso que eles têm de contribuir com as mudanças para o setor da saúde no seu país.

Ao terminar a cerimônia, com abraços para Cristina e Raúl, os jovens conseguiram dilatar o intercâmbio. O empolgante encontro concluiu entre anedotas do Che e sorrisos. (Miriela Fernández Lozano)

Fonte: Granma Internacional

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QUEM SÃO OS TERRORISTAS?

Recebi um e-mail noite passada de uma organização chamada ASS. JOSE MARTÍ RG (Rio Grande - RS). Repassei para todos os meus contatos e passando para o blog também pode ter uma disseminação maior.
O objetivo desta é prestar uma asessoria de imprensa tornando o acontecimento mais democrático, mostrando o lado que a mídia não nos mostra em questões como a Guerra na Palestina e apoio à Cuba...

Este vídeo amador logo abaixo mostra o momento após um bomba israelense atingir um grupo de civis e militantes do HAMAS, mas pelo que se pode ver, os ditos terroristas são os que estão socorrendo a população, enquanto os heróis estão assassinando sem piedade.

AUTO MODERAÇÃO - AS CENAS SÃO FORTES E PERTURBANTES, MAS INFELIZMENTE É A REALIDADE DE NOSSOS IRMÃOS, ASSISTA POR SUA CONTA E RISCO.

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA VER O VÍDEO

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Operários de Caxias em luta

Na manhã desta quinta-feira (22) o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realizou uma assembléia em frente à Randon, no bairro Interlagos. O ato faz parte da série de mobilizações que o Sindicato está promovendo nas fábricas em defesa do emprego e salário.

Cerca de mil trabalhadores e trabalhadoras acompanharam o discurso do presidente Assis Melo. Ele destacou que a Randon tem sido intransigente, esquecendo que o trabalhador tem direitos e fazendo apenas o que pensa sua diretoria. “Não pode ser apenas do jeito que a Randon quer, reduzindo jornada e salário,’ afirmou.

Vale lembrar que no começo deste mês, um dos diretores da Randon disse que as empresas do grupo estavam fazendo dispensas temporárias, o que considera normal. Hoje, durante a manifestação, Assis melo questionou se era normal demitir 40 funcionários por semana.

A Randon apresentou proposta de reduzir em um dia a jornada semanal de trabalho e quer pagar 50% do valor correspondente ao dia parado. O crescimento da Randon em 2008 ficou acima dos 20%. Em 2007, o lucro foi de 30%. O que a empresa não pode fazer é manter este lucro às custas de milhares de famílias, demitindo ou reduzindo salário, e desta forma comprometer toda a comunidade caxiense.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul

Vale lembrar que ocorreram ações do sindicato caxiense também em outras empresas pólos contra a demissão em massa, rapidamente justificada pela crise mundial, que já passam de 2 mil demitidos só em Caxias. Estas demissões afetam toda a estrutura social (e comercial) que há tempos já estava comprometida devido aos embargos do capitalismo contra as classes trabalhadoras. Outras cidades, por exemplo, Horizontina, somente uma empresa (John Deere) desde janeiro, demitiu cerca de 700 funcionários.

Estamos em tempo de lutas, estamos em construção do

nosso futuro.

A UJS Caxias declara pleno apoio às classes trabalhadoras e aos sindicatos operários para que possamos combater as mazelas da crise (norteamericana) mundial.

Não deixaremos!

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Obama ordena o fechamento da prisão de Guantánamo


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta quinta-feira (22) o decreto que ordena o fechamento do centro de detenção de Guantánamo e proíbe os abusos durante interrogatórios, exigindo respeito à Convenção de Genebra.



O presidente havia se comprometido a fechar o polêmico campo de detenção durante a campanha eleitoral. ''O centro de detenção de Guantánamo objeto desta ordem será fechado o mais rápido possível e, no mais tardar, no prazo de um ano a partir da data da ordem'', diz um rascunho da ordem executiva, divulgado anteriormente no site da associação American Civil Liberties Union (ACLU) e confirmado pela fonte da Casa Branca.


Obama também ordenou a revisão de tribunais militares suspeitos de terrorismo e o fim dos métodos mais duros de interrogação. Entre as ações previstas no decreto do presidente norte-americano está a criação de uma força-tarefa que terá 30 dias para recomendar políticas para o tratamento de suspeitos de terrorismo que foram presos no futuro. O principal ponto é definir onde essas pessoas seriam presas, já que Guantánamo será fechada.


Na quarta-feira, um rascunho da possível ordem executiva de Obama circulou em Washington. Segundo o documento, o novo presidente queria fechar o centro de detenção e ''libertar ou transferir os prisioneiros para seus países de origem, para o sistema prisional americano ou para um terceiro país''.


''O centro de detenção de Guantánamo, para os indivíduos cobertos por esta ordem, deve ser fechado assim que possível, e não mais que um ano após a data desta odem'', dizia o rascunho, segundo a agência de notícias Reuters.


Suspensão


Também na quarta-feira, um juiz militar aprovou o requerimento de suspensão dos julgamentos dos presos mantidos na prisão de Guantánamo, solicitada pela administração do presidente Barack Obama, que fez o pedido através de promotores, em uma de suas primeiras medidas na Casa Branca.


No documento de duas páginas, o governo afirma que os “interesses da justiça” serão contemplados com a imediata suspensão dos julgamentos. Foi solicitado um adiamento de 120 dias nas audiências.


Segundo o documento, o adiamento “permitirá que o presidente e seu governo tenham tempo para revisar o processo das comissões militares”.



Fonte: Vermelho

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Bienal da UNE abre com homenagens a Honestino Guimarães



“A nossa história ninguém apaga. É UNE e Ubes de volta para casa”, foi o coro que embalou a abertura oficial da 6ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura da União Nacional dos Estudantes. O evento, aberto na noite desta terça-feira (20), reuniu estudantes de todo país no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), e contou com a presença de políticos e artistas. Honestino Guimarães, presidente da UNE mais uma vítima ''desaparecida'' do Golpe Militar, foi o grande homenageado da noite.

“A 6ª edição da Bienal entra para a história da UNE por conseguir reunir mais de 7 mil estudantes para debater cultura, fazer arte e canalizar o poder da juventude para transformar o Brasil”, destacou a atual presidente da UNE, Lúcia Stumpf, em discurso de abertura.A presidente da entidade ressaltou a importância da cidade de Salvador para o movimento estudantil, já que foi aqui, em terras soteropolitanas, há exatos 30 anos, o congresso que marcou a reconstrução da UNE, e a realização da 1ª Bienal de Cultura, em 1999. Lúcia rememorou os anos áureos do Centro Popular de Cultura (CPC), que aglutinou nomes como Arnaldo Jabor, Cacá Diegues e Ferreira Gullar. “Somos nós que estamos conquistando a vitória pela qual tantos morreram. A conquista é do tamanho dos nossos sonhos; e os nossos sonhos são infinitos”, finalizou sob aplausos. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), falou na abertura do evento da importância das antigas lideranças do movimento estudantil para a consolidação das mudanças sociais que hoje estão em curso no país e enfatizou a necessidade de mobilização da juventude para dar continuidade ao processo de afirmação da soberania nacional. “Essa é a hora de exercitar a nossa capacidade de insurgir. Quando caiu o Muro de Berlim, tentaram enterrar nossas esperanças e sonhos. Agora que caiu o ‘Muro de Wall Street’, não podemos ser apenas espectadores e ficarmos esperando por bons ventos”, afirmou Wagner. “É preciso dizer ao mundo que queremos um mercado financeiro regulado e controlado pelo Estado, porque a população não pode ficar à mercê daqueles que querem ganhar dinheiro sem ter que trabalhar”, definiu o governador. Anistia Representando o ministro Tasso Genro, Paulo Abraão, presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, lembrou que foi também há 30 anos a promulgação da Lei de Anistia, que permitiu que os refugiados políticos retornassem à pátria mãe. “Não foi um ato benevolente do Congresso Nacional, que ainda conservava senadores biônicos; tampouco simples coincidência a Lei ter sido sancionada quando da reconstrução da UNE. O movimento estudantil, com suas lideranças que não se calaram, aliado aos movimentos culturais e sociais, tomou às ruas e fez com que o Congresso aprovasse a Lei”, ressaltou. Para Aldo Arantes, ex-presidente da UNE, o que marca a juventude brasileira e latino-americana é, justamente, a inserção nas grandes lutas do povo. “Nenhuma sociedade pode avançar se não houver aqueles que submetem o individual ao coletivo”, afirmou, recordando as palavras de Honestino Guimarães, que foi dado como ''desaparecido” durante os anos de chumbo da ditadura.
Crise econômica “A UNE e o movimento estudantil estão ligados às raízes do povo brasileiro”, endossou Sérgio Mamberti, presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte) e representante do Ministério da Cultura. Ele aproveitou o teatro lotado para incentivar uma postura atuante da juventude diante do atual cenário de crise: “É a oportunidade de se efetivar mudanças. Este é o momento dos jovens se manifestarem claramente para que possamos transformar os sonhos em realidade”. Investimento na cultura O governo da Bahia investiu recursos da ordem de R$ 600 mil para a realização da Bienal - somente a Secretaria de Cultura, através do Fundo de Cultura, disponibilizou R$ 300 mil -, além da cessão dos diversos espaços e centros culturais da cidade sem qualquer custo adicional. O apoio ainda se deu a partir de um grupo de trabalho, alocado especialmente para acompanhar e dar suporte à comissão organizadora do evento. “Além da mobilização em torno da expressão da cultura em suas múltiplas linguagens, toda a mobilização para alcançar a Bienal, a energia com que a galera correu atrás de recursos, apoio e espaços, é tão ou mais importante que a própria realização em si, e demonstra a capacidade de mobilização da juventude brasileira para fazer e acontecer”, pontuou o secretário de Cultura da Bahia, Márcio Meirelles. Guitarra baiana Finda a abertura, Armandinho dedilhou os primeiros acordes da sua guitarra baiana, convocando os estudantes a seguiram atrás do trio elétrico em cortejo da Praça Campo Grande até a Praça Castro Alves. Na seqüência, a poesia cordelista de Lirinha e o Cordel do Fogo Encantado deu o tom da noite em show aberto ao público, no Largo do Pelourinho. A Bienal de Cultura da UNE segue com palestras temáticas; mostras em Artes Cênicas, Artes Visuais, Ciência e Tecnologia, Cinema, Literatura, e Música; oficinas; mini-cursos; e uma gama diversificada de atrações culturais, com shows gratuitos no Pelourinho, exibição de filmes, encenação de espetáculos teatrais, saraus literários e exposições. De Salvador,
Camila Jasmin

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Troca de presidentes EUA

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Manifestantes 'dão adeus' a Bush




O PIG não poderia silenciar diante das manifestações que ocorrem nos E.U, e como de costume, não deixam de tratar o povo que através de protestos expressa sua indignação contra Bush, com ironia e desdem. E o G1 segue sendo um dos carro-chefe da imprensa golpista na manipulação das notícias. Leia a seguir a "matéria"


Pacifistas lançaram sapatos e tênis contra a Casa Branca.
Os policiais, como de costume, só observaram.

Obviamente eles não poderiam faltar à festa. Os “pacifistas”, que batem ponto em frente à Casa Branca diariamente, fizeram nesta segunda-feira (19) uma passeata pelo centro de Washington.

O destino final era a Casa Branca. Nas mãos, a arma do momento: sapatos e tênis. Ao primeiro sinal do megafone, dezenas de manifestantes miraram os muros da Casa Branca e deram o seu adeus a George W. Bush. Os policiais, como de costume, apenas observaram.

Mas agora, com Obama na Casa Branca, quem será o inimigo dos pacifistas? “Nosso objetivo será condenar Bush e Dick Cheney como criminosos de guerra”, disse um senhor, trajado no melhor estilo hippie anos 70.

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Juro alto no Brasil já foi longe demais, diz professor de Cambridge


Esta é a hora de deixar de lado a cartilha neoliberal e adotar o pragmatismo, defende o economista sul-coreano Ha-Joon Chang, considerado o mais efetivo crítico da globalização. Ele não está pregando um grande e radical rompimento ideológico: quer só que o Brasil copie as medidas que no passado foram tomadas pelas nações desenvolvidas para crescer e hoje são rejeitadas por esses mesmos países, como a proteção da indústria nacional.

Chang, que é professor em Cambridge, entende que o sistema de comércio internacional também precisa ser reformado para aplicar um tipo de protecionismo assimétrico, permitindo que, de acordo com o seu grau de desenvolvimento individual, cada país mais pobre coloque determinadas barreiras tarifárias, o que daria a todos condições justas de competição.



Leia abaixo a entrevista concedida por Chang à Folha de S.Paulo:


A Coréia do Sul sempre é apontada como modelo entre as nações ditas "em desenvolvimento". Como o país conseguiu sobressair?

O Brasil lidera a América Latina, e seu progresso recente não deve ser desprezado. Porém a Coréia realmente cresceu mais rápido com uma estratégia basicamente de proteger a indústria local.


Isso é considerado um pecado capital pelo pensamento econômico dominante...

Do mesmo jeito que as crianças são mandadas à escola antes de procurar um emprego, é preciso que sejam dadas condições para que a indústria acumule capacidade tecnológica e seja capaz de competir com as empresas dos países ricos. O Brasil teve que subsidiar a Embraer no princípio -se ela tivesse sido abandonada na competição com a Bombardier e a Fokker, não teria sobrevivido. O problema é que em alguns países se dá a proteção e nunca se retira, o que deixa as empresas preguiçosas.


Embora o Brasil tenha progredido bastante nas últimas décadas, acredita-se que poderia ir mais longe do que efetivamente tem conseguido. O que o detém?

Existem países na África e em algumas partes da Ásia que realmente não sabem o que fazer, mas o Brasil não é uma nação pequena e pobre que não tem recursos. O Brasil construiu uma base industrial gigante, tem empresas de porte global em setores como o aeroespacial, o de álcool, o de petróleo, o de engenharia civil. O maior problema do país tem sido do lado da demanda, uma dificuldade criada pela política monetária excessivamente conservadora, com elevada taxa de juros e enorme superávit primário. Entendo o porquê de ela ter sido adotada no começo. Havia a hiperinflação, e o espaço para decisões econômicas racionais era pouco. Mas o país está fazendo isso tudo há tempo demais. O fato de uma política ter sido correta em 1996 não significa que ainda é em 2009.


A inflação é um trauma para a população, os empresários e os políticos.
Quem sofreu com a hiperinflação depois se torna excessivamente cauteloso, é compreensível. A Alemanha e Taiwan tiveram tal experiência. Mas o Brasil levou essa política longe demais. Se a taxa de juros de um país é alta demais, ninguém quer empreender, pois ter um negócio significa lidar com questões trabalhistas, de distribuição... É mais fácil comprar um título público. Então, as empresas se tornam conservadoras, não tomam nenhum empréstimo para investir, para incrementar sua atividade. As companhias brasileiras são as menos alavancadas do mundo – não que o endividamento seja necessariamente bom, mas ser a última em tomada de crédito mostra que tem algo errado. Na realidade, o Brasil não criou empresas novas nos últimos 10 ou 20 anos, enquanto os demais países seguem avançando rápido. Dez anos atrás, a China não era nada. Era grande, mas nem chegava perto do Brasil. Agora, compete com o país em muitos mercados. [Exaltado] Eu fico realmente com raiva, porque o Brasil está desperdiçando o grande potencial que possui. É de cortar o coração que esteja voluntariamente se atrasando. Do jeito que é feito, o controle da inflação mata o crescimento.


O senhor acha que os bancos centrais devem ser independentes para decidir essas políticas?
Não. Trata-se de uma instituição tão importante, precisa prestar contas. Dada a sua natureza, o banco central tende a favorecer o crescimento do sistema financeiro. Os seus executivos não estão deliberadamente aniquilando os outros setores, mas são naturalmente influenciados por outros banqueiros, com os quais se encontram regularmente. Sou contra a independência; porém, se ela é concedida, é preciso dar também os objetivos corretos. Na prática, tem sido um pouco diferente nos últimos anos, mas o mandato do Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] diz explicitamente que a instituição deve cuidar da estabilidade de preços no contexto de crescimento e geração de empregos. O Brasil está pagando um preço muito alto pelo trauma da inflação – é como um cidadão que vivia feliz e, depois de ser assaltado na rua, tranca-se em casa e não quer sair mais. Agora é a hora de seguir em frente, especialmente se os outros países estão baixando os juros. Pode-se reduzir o superávit primário para zero. Neste momento de crise, é difícil para as nações ricas apontar o dedo para o Brasil e falar "Oh, essas medidas estão erradas, você é mau", porque o Brasil se encontra em posição muito melhor que a delas. Esta é a grande chance. Se o país perder a atual oportunidade, quando vai diminuir os juros? Daqui a três ou quatro anos, quando os outros países voltarem a subir suas taxas, será tarde. Não sou antibanqueiro, é bom deixar claro. Concordo que banqueiros precisem ser mais conservadores que industriais. Para uma sociedade saudável, no entanto, é essencial equilibrar os interesses dos diferentes grupos.


Sobre comércio internacional, o sr. acha possível um entendimento? As negociações da Rodada Doha se mostraram infrutíferas.
O atual sistema representado pela OMC (Organização Mundial do Comércio) é totalmente contra os países em desenvolvimento. Deixe-me usar uma figura que sempre emprego para explicar essa idéia: em muitos esportes, existe a separação de classes por peso. No boxe, por exemplo, a divisão nas categorias mais leves é de um quilo -ou seja, avalia-se que é injusto colocar para lutar duas pessoas cuja diferença de peso seja maior que essa. No comércio internacional, entretanto, acha-se que Honduras deve competir no mesmo nível que os EUA. Forçar os países em desenvolvimento a empregar políticas que não lhes são apropriadas é matar a galinha dos ovos de ouro. Deixando-os crescer no seu ritmo, vão se tornar no longo prazo grandes mercados consumidores para os produtos dos países ricos. A propriedade intelectual, que é pesadamente protegida pela OMC, deveria ser flexibilizada. Quando precisavam de tecnologia, todos os países ricos se permitiam importar o conhecimento alheio. As cartilhas sempre enumeram regras: livre comércio, desregulação, privatização. Observando os casos de sucesso, entretanto, nota-se que sempre fizeram diferente do que agora defendem como correto. Ora, os países que julgam que não há diferenças de condições de competição deveriam mandar suas crianças para a guerra. É sério. Precisamos mudar radicalmente a nossa forma de encarar o assunto.


Qual é a sua proposta?
Um tipo de protecionismo assimétrico. Os países menos desenvolvidos têm mais proteções e, à medida que avançam, as barreiras diminuem até que possam participar do livre comércio em pé de igualdade com os demais. Um comitê técnico definiria as faixas. Colocar no mesmo jogo países que não têm forças equivalentes não é o único problema, porém. Os países ricos ainda asseguram proteção para as áreas em que são fracos, como a agricultura. Eles são rígidos em exigir que os países em desenvolvimento eliminem completa e indubitavelmente todas as barreiras aos seus produtos industrializados e em troca dizem que talvez, quem sabe, possam pensar em diminuir os subsídios dados aos seus fazendeiros. O Brasil teria que cortar tarifas a um ponto que não se vê desde a época do colonialismo. Não é surpresa, portanto, que as recentes negociações não tenham chegado a lugar nenhum.


A crise levará a um fechamento de fronteiras comerciais?

Acho que é um exagero. Eu critico a OMC, mas não estamos na década de 1930, quando não havia um sistema. Hoje, os países fazem de tudo para trapacear, mas pelo menos as regras estão colocadas.

Fonte: Vermelho

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Serra: Vou ficar 4 anos na prefeitura E não vote mais em mim se eu não fizer isso !

José Serrágio (de pedágio, os mais caros do Brasil), já havia assinado e registrado em cartório declaração de que cumpriria integralmente o mandato de prefeito, caso fosse eleito. Em debate na TV Record, nas eleições de 2004, foi além. Se comprometeu a pedir que seus eleitores não votassem mais nele, caso deixasse a prefeitura para disputar o governo do estado ou a presidência da República.




Fonte
: Conversa Afiada

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O que o Serra fala não se escreve e o que Serra escreve ele não cumpre


Das 161 promessas que Serra fez quando assumiu a Prefeitura de São Paulo, mais da metade – 87 promessas, ou 54% do total – não foram cumpridas. Esse é o balanço da final da administração de Gilberto Kassab, vice de Serra que assumiu a administração quando o tucano renunciou para concorrer ao governo estadual.

A informação, caro leitor, foi veiculada pelo insuspeito PiG (*), em reportagem publicada hoje na Folha.

Além disso, Kassab, principal cabo eleitoral de Serra, também deixou inacabadas obras avaliadas em R$ 5 bilhões, completa outro texto, do Estadão

A reportagem da Folha é emblemática. Mostra que o programa de governo de Serra-Kassab tinha 84 páginas. Mas poderia ser de umas 40 páginas só, pois a metade das promessas foi para o lixo, como a de criar um serviço Disque-Trânsito, por exemplo, ou acabar com o déficit das creches municipais – que ainda necessitam de 80 mil novas vagas.

Além disso, o leitor vai lembrar que não é o primeiro documento assinado por Serra que não é cumprido. Quando foi eleito prefeito de São Paulo, o tucano chegou a assinar uma declaração, registrada em cartório, de que cumpriria o mandato integralmente. “Só se Deus me tirar a vida. Só saio se houver uma desgraça que me envolva”, disse ele, ao responder se pretendia deixar o cargo para Kassab e usar a prefeitura paulistana como trampolim eleitoral, conforme reportagem publicada em 2004 pela Folha.

Como não aconteceu nenhuma desgraça e Serra continua vivo, ficou patente que ele mentiu, mesmo tendo assinado documento registrado em cartório. Saiu candidato e deixou Kassab em seu lugar. O sucessor, por sua vez, só cumpriu integralmente 28 das 161 promessas de Serra - o que dá cerca de 17%, conforme diz a Folha.

Daí a conclusão lógica: o que Serra fala não se escreve. Ainda bem, pois o que ele mesmo escreve, também não cumpre.

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UJS prepra Plenária para discutir atividades do primeiro semestre

O ano de 2009 começou e, com isso, a agenda da organização já está repleta de atividades. Exemplo disso é que, durante a Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), na Bahia, a UJS convocou seus militantes a participarem da Plenária que definirá alguns passos da luta do primeiro semestre. O evento será dia 20, às 9h.

Para o presidente da organização, Marcelo Brito, depois das vitórias de 2008, é preciso construir uma grande Plenária Nacional da UJS. "Os desafios desse novo ano são enormes e precisamos preparar nosso exército para as futuras batalhas, como a grande jornada de lutas, a mobilização para o Congresso da UNE e o fortalecimento da UJS para reeleger o projeto dirigido pelo presidente Lula, em 2010".

O secretário de organização da UJS, Ossi Ferreira, diz que esse será "um semestre carregado, temos que investir e organizar a participação dos estudantes no 51º Congresso da UNE, uma das principais atividades, que exige planejamento desde já", afirma.

As principais pautas que serão discutidas incluem, além da mobilização para o Congresso da UNE, a preparação para a jornada de lutas dos estudantes, que ocorrerá entre 28 de março e 4 de abril, cuja principal bandeira será o anseio por um Sistema Nacional de Educação e pelo fim do vestibular. Além disso, haverá uma discussão sobre algumas mudanças na Direção da entidade.

"Precisamos unir todas as frentes e teremos pautas com relação ao movimento da juventude trabalhadora, movimento hip hop, jovens mulheres, jovens cientistas, além das demais frentes atuantes na nossa organização. É o momento de nos unirmos por um único objetivo" conclui.

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Sindicato do Metalúrgicos de Caxias promove ato em defesa do emprego




No dia 30 de janeiro o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul vai promover um grande ato de mobilização em defesa do emprego e contra as demissões. A partir de segunda- feira, dia 19, terão início as assembléias e o trabalho de conscientização nas fábricas. A idéia é convocar não apenas os trabalhadores das indústrias metalúrgicas, mas toda a sociedade, já que é interesse de todos a defesa do emprego e do desenvolvimento.


Os empresários estão se aproveitando da crise e propondo a retirada de direitos conquistados arduamente pela classe trabalhadora. O trabalhador deve estar atento e não se deixar levar pela conversa fácil de que a crise é responsável pelas demissões em nosso município. Um bom exemplo é querer que os funcionários aceitem o banco de horas. Outra medida que já aparece como sugestão é a redução da jornada com redução de salário. Reduzir salário, como querem os patrões, é mais recessão, é aumentar a crise. O Sindicato quer medidas para proteger o trabalhador e não para proteger o capitalismo.
Nos últimos anos, empresas de Caxias do Sul, da região e do Brasil, bateram recorde de produção e de lucro. Em 2007, uma das grandes empresas da cidade, fabricante do ramo de transporte, teve lucro de 30%. E só nos seis primeiros meses de 2008, essa mesma empresa teve um faturamento de R$ 2,12 bilhões, um aumento de 25% sobre o mesmo período do ano passado.
O conceito de responsabilidade social das empresas faz parte de uma boa intenção, mas tornou-se apenas um argumento de comunicação, de promoção, de imagem. É responsabilidade social demitir quando se tem lucro recorde? Chamam demissões de ajustes operacionais, como se os trabalhadores fossem apenas números. Na hora de lucrar, contam com o suor do trabalhador. No momento de partilhar os lucros com a sociedade, demitem.


De Caxias do Sul
Márcio Schenatto


Fonte:Vermelho

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50 anos de Revolução Cubana




















Por Daniel Sabino:

São 50 anos de Revolução Cubana, solidariedade infinita, conseqüência, resistência, firmeza e vitórias, más também – e é de certa forma angustiante constatar seu impacto – 50 de calunias, difamações e as mais diversas tentativas de ocultá-la e isolá-la internacionalmente.

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Engendradas sempre em alguma agencia de noticias ou de inteligência estadunidense como parte de sua guerra incansável contra Cuba, essas informações tergiversadas – que são uma espécie de “verdade paralela” – acabaram gerando em muitas das cabeças que habitam a parte ocidental do planeta, ao longo dessa metade de século, preconceitos, conceitos equivocados e reflexos condicionados em relação ao charmoso arquipélago cubano, a Revolução Socialista e o seu povo heróico.
Não são poucos os intelectuais respeitados, grandes personalidades, lutadores e militantes do mundo inteiro que em algum momento deixaram-se arrastar pelas falácias nascidas e semeadas pela gigantesca rede midiática e propagandística controlada pelo governo imperial. E como fruto dessa cruel, ininterrupta e às vezes imperceptível estratégia, os “esquerdistas” ocidentais, compelidos pela força quase sobrenatural desse reflexo além da razão, visualizam e analisam Cuba desde uma perspectiva prepotente e fatalmente parcializada, sempre em busca de alguma critica, quais fossem verdadeiros competidores de tiro ao alvo moderno situados a dezenas de metros, com um dos olhos fechados e a boca salivante, ansiosos de apertarem o gatilho, verem o lugar que aparece o buraco e que pontuações obtiveram.
Provavelmente nem conheçam a profundidade a historia desse país, talvez nunca hajam lido, escutado e compreendido um discurso completo do companheiro Fidel, esquecem ou possivelmente não sabem que essa terra, a do Maceo, Martí, Mella, Villena, Echeverria, Che, Raúl e Fidel, onde milhares de compatriotas caíram defendendo os mais nobres ideais de justiça convertendo-a em Terra Santa dos oprimidos com seu sangue, é para os verdadeiros revolucionários desse continente seu templo mais sagrado; Tenochitlán ou Machu Picchu de séculos anteriores, quando livres, autóctones e soberanos, orgulho latinoamericano.
É uma mãe e um pai aos quais devemos acariciar e respeitar. Olharão para trás e dentro os que se acham no direito e pensam ter a estatura moral que os credenciem de esgrimir quaisquer reprochas ou apontar seu dedo acusador.
Acaso não recordam, ou é tamanha sua ignorância, que quando nasciam, Batista instalava uma sanguinária ditadura e afundava a ilha na pior das repressões e vexames; que quando deleitavam suas primeiras gotas de leite quente, o povo cubano já estava nas ruas combatendo e se organizando valentemente; que quando davam seus primeiros passos cambaleantes, um punhado de jovens assaltavam os quartéis Moncada e Céspedes na antiga província Oriente em busca de armas para acender a chama da insurreição; que quando balbuciavam suas primeiras palavras, Fidel fazia sua defesa e a da Causa com a “Historia me Absolverá”; que quando eram levados resmungões para um dia tumultuoso na creche mais próxima, os revolucionários cubanos partiam ao exílio azteca; que quando se preparavam para o primeiro dia na escola com nervosismo, 82 homens zarpavam num pequeno iate rumo a Cuba com esperança; que quando caíam incessantemente na tentativa falida de aprender a andar de bicicleta, o Exército Rebelde marchava triunfante sobre Havana; que quando se apropriavam das elementais noções do conhecimento humano, Cuba se declarava Primeiro Território Livre de Analfabetismo da América; que quando brincavam e corriam alegres pela rua com os amiguinhos sujando a roupa lavada com esmero, Cuba corria para as areias de Playa Girón para rechaçar a invasão mercenária-yankee; que quando, sapecas, botavam o dedinho para provar a cobertura do décimo bolo de aniversario, Cuba assumia soberanamente os riscos de um enfrentamento nuclear; que quando entravam na universidade, Cuba mandava seus melhores filhos para ajudar desinteressadamente o povo Africano na luta contra o colonialismo e o apartheid; que quando nascia seu segundo guri e a casa parecia mais cheia, Cuba ficava praticamente só, resistindo e mantendo a chama da revolução acesa apesar do desmoronamento do socialismo europeu; que quando realizavam uma viagem em família, fim de ano, com o carro apertado porque esse mesmo filho já havia crescido (tinha 10 anos), a Revolução Cubana saudava de cabeça erguida o novo milênio, depois de uma década de Período Especial padecendo as mais inimagináveis escassezes materiais...
A que ponto pode chegar a cegueira histórica de alguns e a força desse reflexo durante meio século semeado? Uma nação que teve de enfrentar durante esses 50 anos guerra econômica (bloqueio), atentados terroristas, guerra biológica, invasões ao seu território, isolamento internacional (que hoje começa a reverte-se), ocupação ilegal de uma zona que conta com uma das melhores baías do mundo por uma base militar estrangeira (onde se tortura e se comete as maiores atrocidades com a cumplicidade desse mesmo mundo ocidental) e que, apesar de tudo, em nenhum instante deixou de defender seus princípios nem se vendeu como muitos; não parou de dividir o que tinha em nome de um internacionalismo incondicional; enviou seus melhores galenos para salvar vidas na Ásia, África e America Latina; operou e devolveu a visão a mais de 1 milhão de pessoas pobres do Mundo Subdesenvolvido; alfabetizou a milhares com seu método “Yo Sí Puedo”, ajudando a erradicar essa ignomínia histórica na Venezuela e na Bolívia e forma como médicos a mais de 30 mil estudantes não-nascidos na ilha para que voltem a seus países de origem e trabalhem pelos despossuídos e marginados de sempre.
Porque olhar pro céu e ver o sol e, em vez de admirar sua maravilhosa capacidade de iluminar e dar calor, apontar suas manchas? Os únicos que possuem a talhe moral de dizer o que está certo ou errado dentro de Cuba, com todo o direito de quem lutou, sofreu e participou de cada etapa com heroísmo e firmeza, são exclusiva e unicamente os cubanos.
Olhemos para esse ocidente podre até a medula e esgrimamos as mais fortes criticas contra sua lógica destruidora, sejamos intolerantes com os absurdos que se comete a diário e lutemos incansavelmente para transformar a injustiça imperante, como fazem e fizeram os revolucionários cubanos do seu tempo.


Revolucionariamente saudando o primeiro meio século de Revolução Cubana!


V, N, 8 de Janeiro de 2009. RR
“Año del 50 Aniversario del Triunfo de la Revolución”.


Daniel Sabino é estudante de Medicina na Ecola Latino Americana de Medicina (ELAM) em Cuba.

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Altamiro Borges: Repórter da Globo é do exército de Israel?

Uma informação bombástica circula na globosfera: a jornalista Renata Malkes, correspondente da Globo News e do jornal O Globo em Gaza, seria uma sionista militante. A denúncia foi feita pelo blog Cloaca, que monitora as práticas do ''jornalismo esgoto''. Ele vasculhou e descobriu alguns textos da repórter da Globo, postados no seu blog pessoal Balagan - que, curiosamente, já foi deletado. No topo da página, a imagem de um palestino, associado à figura de um terrorista, e a chamada: ''Não lhes dê um estado''. Os textos revelam o mais abjeto preconceito racista.

Por Altamiro Borges

Entre outras sandices, Malkes escreveu: ''Parece piada! Eles querem criar um Estado Palestino independente e ainda entupir Israel com seus milhares de refugiados mortos de fome. Faça-me o favor''. Noutra postagem, considera ''patética'' até uma declaração de FHC favorável à criação do Estado Palestino. ''Tupiniquim tem mais é que cuidar de dengue''.

Ele também ataca o MST, que enviara uma delegação de solidariedade à região, e ridiculariza a Venezuela por ser ''amiga dos brimos''. Vários artigos tratam os árabes e os palestinos como ''burros'' e ''mentirosos''.
O ''sonho'' de ingressar no exército
O Balagan cumpriu um papel tão pernicioso que recebeu do jornal israelense Yediot Aharonot o epíteto de ''warblog'' por sua ''excelência na propaganda sionista''. Cloaca também traz a tona outras duas histórias sinistras da atual jornalista da TV Globo.

Numa de suas postagens, ela se mostra exultante com a possibilidade de realizar o seu ''sonho'' de ingressar no Exército de Israel - mas não há registros oficiais sobre o seu recrutamento. Cloaca revela ainda que a repórter foi presa por autoridades libanesas, em julho de 2007, por ''falsidade ideológica e espionagem''.
Com dupla cidadania, israelense e brasileira, ela teria ingressado no Líbano de maneira ilegal, sendo alvo de ''perseguição'' do Hezbollah. No seu próprio blog, ela se vangloria da peripécia e por ter sido citada em inúmeros veículos, como o jornal Daily Star, a TV Al Jazeera e em várias emissoras israelenses.

''Foi uma jornada longa e posso dizer que a mais difícil dos meus nove anos como jornalista. Mentir sobre a origem, evitar detalhes de vida em conversas informais e enganar pessoas que me ajudaram tanto foram tarefas terríveis'', confessa a repórter.

''Vergonha de determinadas posições''

Alvejada em cheio pelas denúncias, a jornalista logo postou um esclarecimento público no seu blog, O outro lado da Terra Santa, também hospedado nas páginas da Rede Globo. Segundo garantiu, ela nunca pertenceu ao Exército de Israel. ''Ao chegar a Israel, tive sim vontade de ingressar nas Forças Armadas para compreender melhor o funcionamento desta complexa máquina de guerra'', mas desistiu.

Com relação ao Balagan, explicou que o deletou, em meados de 2007, ''por motivos de segurança''. Quando ao seu conteúdo, afirma que eram ''textos escritos num espaço pessoal, entre os anos 2001 e 2006... antes de atuar como repórter de O Globo''.

Ela deixa implícito que teria se arrependido das coisas que escreveu no seu antigo blog. ''Quem pensa muda... Sempre admiti ter vergonha de determinadas posições que tive no passado. A vivência diária do conflito me fez abrir os olhos e ampliar minha percepção acerca dos fatos e do significado do sentimento de humanismo... Eu fazia parte desse mesmo grupo de pessoas que vêem a realidade com olhos maniqueístas e reagem com intensidade brutal... Por sorte, aprendi em seis anos de vivência aqui que a realidade do conflito israelo-palestino não é preta e branca''.

O maquiavélico Ali Kamel

Diante do exposto, a magoada Malkes diz que tem ''sido vítima constante deste tipo de ataques. Quando trabalhei como produtora de uma tevê israelense, acusaram-se de ‘trabalhar no governo israelense'''.

Na sequência, em 2007, um após o ataque israelense ao Hezbollah, ''mais uma vez fui difamada, já que os mesmos grupos acusaram-me de ter sido presa no Líbano por falsidade ideológica. Nunca trabalhei no governo de Israel, tampouco servi no exército israelense ou mesmo fui presa no Líbano'', jura a repórter.

Dadas as explicações, o mais crédulo dos humanos ainda achará muito estranho que a direção da TV Globo tenha enviado como correspondente da carnificina em Gaza uma jornalista com esta sinistra trajetória.

É evidente que o maquiavélico diretor-executivo de jornalismo da emissora, Ali Kamel, batizado de Ratzinger pelos jornalistas que o conhecem, sabia deste passado militante e que ele interferiria na cobertura do atual genocídio. Uma repórter com este histórico sionista estaria talhada para manipular a cobertura da maior emissora privada de televisão do Brasil.

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Venezuela rompe relações diplomáticas com Israel

Caracas, 14 jan (EFE).- O Governo da Venezuela anunciou hoje que "rompe relações diplomáticas" com Israel, dada a "gravidade das atrocidades contra o povo palestino".

A medida é tomada poucos dias depois de o embaixador israelense em Caracas ter sido expulso do país.

Em comunicado divulgado pela Chancelaria, o Governo venezuelano disse que "insistirá junto à comunidade internacional para que os crimes de lesa-humanidade cometidos" por Israel "sejam denunciados no Tribunal Penal Internacional".

"O Governo da República Bolivariana da Venezuela torna pública, perante os povos e Governos do mundo, sua indignação pelo reiterado desacato e desconhecimento do Estado de Israel das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", diz a nota.

O texto acusa ainda Israel de se colocar "cada vez mais à margem do direito internacional" e diz que "o comportamento infame do Governo israelense se traduziu em 19 dias contínuos de bombardeios, no assassinato de mais de mil pessoas, e na destruição da infra-estrutura de Gaza".

"Uma catástrofe humana está acontecendo perante os olhos do mundo inteiro", disse o Governo venezuelano no comunicado, no qual anunciou a ruptura de relações com Israel, poucas horas após que fizesse o mesmo o presidente da Bolívia, Evo Morales.
Fonte: EFE

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Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel

LA PAZ (Reuters) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou na quarta-feira o rompimento de relações diplomáticas com Israel por causa dos ataques à Faixa de Gaza,

"Frente a estes graves fatos de atentado à vida e à humanidade, a Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel," disse Morales em discurso

"Não é possível que, como comunidade internacional, possamos permitir que haja este genocídio na Palestina", afirmou Morales sobre os ataques na Faixa de Gaza.

Ele sugeriu que o Tribunal Penal Internacional "julgue os principais responsáveis por este massacre que já custou mais de mil vidas, um terço delas de meninos e meninas". Afirmou que o primeiro-ministro Ehud Olmert e seu gabinete deveriam ser réus no processo.

Morales também criticou o Conselho de Segurança, a que chamou de "Conselho de Insegurança", por sua demora e ineficiência em reagir à crise.

O presidente anunciou, finalmente, que solicitará a cassação do Prêmio Nobel da Paz concedido em 1994 ao hoje presidente de Israel, Shimon Peres, que segundo ele "não fez nada" para impedir o "massacre" em Gaza.

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Chávez diz que revolução cubana é 'mãe' de movimentos de libertação



O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, declarou nesta quinta-feira (1º) que a Revolução Cubana, que completou hoje 50 anos, é a 'mãe' de todos os movimentos de libertação na América Latina.Para homenagear a data, Chávez realizou uma cerimônia oficial e levou flores e uma bandeira cubana para a sepultura de Simón Bolívar, no Panteão Nacional de Caracas. Para o presidente, a revolução representou 'vanguarda da dignidade dos povos' do continente.

Chávez fez um discurso lembrando do fim da ditadura do general Marcos Pérez Jiménez na Venezuela, que foi causada por um movimento totalmente inspirado pela revolução cubana que, um ano depois, derrubou o ditador Fulgencio Batista.O presidente venezuelano ressaltou, entretanto, que aqueles que o precederam no governo 'traíram o povo', ao contrario do que aconteceu em Cuba. Para Chávez, os seus predecessores no poder não passavam de 'marionetes' dos Estados Unidos.Um dos comandantes da revolução em Cuba, Ramiro Valdés, e o embaixador cubano em Caracas, Germán Sánchez, compareceram à cerimônia.


Fonte: EFE

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Correa pede a Obama para colocar fim ao "absurdo bloqueio" contra Cuba

Quito, 27 dez (EFE).- O presidente equatoriano, Rafael Correa, elogiou hoje a Revolução Cubana, que completará 50 anos em 1º de janeiro, e pediu que o líder eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, coloque fim ao "absurdo bloqueio" contra a ilha.
"Um imenso abraço solidário a todo o povo cubano, a seguir em frente com essa Cuba soberana, Cuba livre.... Tomara que o novo presidente dos EUA acabe com esse embargo absurdo", disse Correa em seu programa semanal transmitido por rádio e televisão aos sábados.O presidente equatoriano criticou as pessoas que minimizaram os sucessos econômicos e sociais em Cuba, sem analisar o embargo comercial e financeiro imposto por Washington há meio século.Alguns dos críticos dizem: "olhem o fracasso econômico de Cuba, as pessoas pobre... Que país da América Latina resistiria três meses de embargo com os EUA?", questionou Correa."Cuba resistiu 50 anos de embargo, mas o momento de ser levantado esse embargo absurdo está chegando, com a tecnologia que Cuba tem, com o talento humano, com a coesão social, que Cuba vai ser um dos países mais prósperos da América Latina", afirmou Correa.O presidente elogiou a revolução cubana e a qualificou como um dos fatos mais importantes na história dos povos latino-americanos.


Fonte: EFE

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Parcial, o silencioso e prepotente parcial.


A Anistia Internacional denunciou a posição "parcial" dos Estados Unidos em relação à resposta "desproporcional" de Israel na Faixa de Gaza, e pediu que o país pare de fornecer armas aos israelenses.

Em uma carta dirigida à secretária de Estado Condoleezza Rice, a organização de defesa dos direitos humanos diz estar "particularmente consternada diante da parcialidade da reação do governo dos Estados Unidos e sua falta de esforços para ajudar na crise humanitária em Gaza".


"Sem minimizar a responsabilidade do Hamas e de outros grupos armados palestinos nos ataques indiscriminados e deliberados contra civis israelenses, o governo dos Estados Unidos não deve ignorar a resposta desproporcional e as políticas de longo prazo que deixaram Gaza à beira do desastre humanitário", afirma o texto.


A Anistia se declara ainda "muito preocupada, porque os armamentos e equipamentos militares fornecidos pelos Estados Unidos a Israel também foram utilizados nos recentes ataques israelenses contra áreas residenciais de Gaza altamente povoadas por civis".


"Os Estados Unidos", acrescenta, "devem suspender a transferência de armas a Israel e investigar imediatamente se as mesmas são utilizadas para cometer abusos contra os direitos humanos". Por último, a organização faz um apelo aos Estados Unidos para "ir além da retórica e exercer uma pressão real sobre as duas partes para que os ataques ilegais parem imediatamente".



Fonte: G1



Agora lhes pergunto: que tipo de ataque ou fornecimento de armas pode ser considerado legal? Por que temos um embargo econômico logo embaixo da América do Norte e um fornecimento de armas monstruoso para o outro lado do globo?

Aliás, quem poderia dizer que um dia David se transformaria em Golias?


Para apoio da causa palestina existe um site interessante, porém com uns links quebrados com a tradução para língua portuguêsa.


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© 2008 Por Giovane D. Zuanazzi , Douglas T. Finger